Vasos de Honra

sábado, 29 de dezembro de 2012

Evangelismo Pessoal


Leitura: João 1:40-51



“[André] ... Achou primeiro ao seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias ...”  (Jo. 1:41)

Esta leitura registra a chamada dos primeiros quatro discípulos. É instrutivo observar o método empregado na evangelização, assim como a prova de uma adesão a Cristo: ser uma testemunha.

1. A Primeira Mentalidade (João 1:40-42). Os primeiros dois discípulos foram frutos do testemunho de João Batista. Eles receberam uma boa instrução quanto à pessoa e obra de Jesus Cristo. Assim, com corações repletos de alegria, saíram a proclamar: Achamos o Messias, vinde e vede.

2. A Primeira Menção (João 1:43-44). Normalmente, a evangelização é realizada na base de pessoa a pessoa. Aqui, pela primeira vez, é Jesus que fala. A ordem é concisa: Segue-me. Ele mesmo afirmou: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” Filipe é um exemplo.

3. A Primeira Mensagem (João 1:45-51). O resultado do encontro com Cristo é sempre o mesmo. André achou seu irmão e Filipe encontrou Natanael. A mensagem é sempre a mesma: achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei ... Jesus.

Praticamos esta mesma espontaneidade?

Oração: Senhor, que Tu me dês aquela espontaneidade para sempre aproveitar as oportunidades de um evangelismo pessoal. Em nome de Jesus. Amém.


Rev. Ivan G. G. Ross

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O NATAL





O Natal é o pleno cumprimento de João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito.” Ao chegar ao mundo, Jesus foi comissionado com vários títulos, nomes que descrevem a sua missão e o seu relacionamento com Deus o Pai. Mencionamos apenas três:

O primeiro é: “E lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt. 1:21). O nome “Jesus” significa Salvador. Quando Jesus nasceu, foi anunciado aos pastores: “Hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc. 2:11). Jesus nasceu encarregado de realizar uma missão específica. Ele veio para “salvar o seu povo dos pecados deles.” Salvação inclui três passos distintos: redenção, libertação do povo da pena da morte; perdão de  todos os seus pecados; e a promessa da vida eterna. Jesus não salva, indiscriminadamente, todas as pessoas; Ele veio para “salvar o seu povo”, isto é, os que nele crêem.

O segundo é: “E ele será chamado de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mt. 1:23). Cristo veio para revelar a verdadeira natureza de Deus, o Pai (Jo. 1:18). Jesus, sendo “o resplendor da glória e a expressão exata de seu Ser” (Hb. 1:3) podia dizer a Filipe: “Há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (Jo. 11:9). De fato, Cristo é Deus conosco. Neste contexto, Ele disse “ Eu, eu sou o Senhor,  e fora de mim não há salvador” (Is. 43:11).

O terceiro é: “E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt. 3:17). Embora não seja um nome próprio, a designação indica a união inseparável entre o Pai e o Filho. Cristo declarou: “Eu e o Pai somos um” (Jo. 11:30). Ele é o Filho amado porque realizou tudo o que era necessário para que pecadores pudessem ser redimidos, perdoados e feitos herdeiros da vida eterna.

Que este Natal seja uma celebração de ação de graças por tudo o que Cristo é e faz.  Cantemos com os anjos: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na Terra entre os homens, a quem Ele quer bem” (Lc. 2:14).


Rev. Ivan G. G. Ross   

sábado, 15 de dezembro de 2012

2012 - O MUNDO VAI ACABAR?




Leitura: Bíblica: 2 Tessalonicenses 2:1-6

Introdução: A pergunta que paira sobre a mente de muitos é esta: O mundo vai acabar? Respondemos: Sim, com certeza haverá uma “Consumação do Século” (Mt 13:49), mas, somente depois de certos acontecimentos proféticos, então, virá o fim, (Mt 24:14). Há uma segunda pergunta de igual urgência: Quando é que o mundo vai chegar ao seu fim? Não sabemos! Devemos dar ouvidos à resposta terminante que o Senhor Jesus Cristo nos dá: “Mas a respeito daquele dia e a hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai” (Mt. 24:36). Uma árvore pode alcançar muitos anos de sobrevivência, porém, inevitavelmente, vai experimentar um processo de envelhecimento até que seja consumada pela morte definitiva. E o mundo que conhecemos não escapará do mesmo destino.

A “Consumação do Século” está sempre associada ao “ Dia do Senhor”, ou seja, à Segunda Vinda de Jesus Cristo. Os homens sempre tiveram uma preocupação em relação aos acontecimentos que acompanham o fim do mundo. Por isso os discípulos fizeram uma tríplice pergunta a Jesus (Mt. 24:3): a) “Quando sucederão estas cousas?” ( a destruição de Jerusalém, que aconteceu no ano 70 DC.) b) “E qual será o sinal da tua vinda?” c) “e da consumação do século?” Estas três perguntas foram respondidas magistralmente em Mt. 24 e 25; Mc 13:1-28, Lc 21:5-28. A destruição de Jerusalém seria precedida por certos sinais específicos (Mt. 24:1526; Lc. 21:20-24); e, semelhantemente, a Vinda de Cristo e a Consumação do Século serão também precedidas por sinais pré-estabelecidos (Mt. 24:3-14, Lc 21:7-19). Não haverá como não identificar estes sinais proféticos: “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do  Filho do homem” (Mt. 24:27).

Entre outras razões, Cristo voltará para “julgar vivos e mortos, pela sua manifestação”(2 Tm. 4:1). O aspecto de um Juízo Final é muito enfatizado na Bíblia: Deus “estabeleceu um Dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão (Jesus Cristo) que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (At. 17:31). No mundo existem muitos crimes que passam, aparentemente, impunes; por isso o Dia do Juízo final  é  uma verdade repleta de consolo para os retos de coração. A Bíblia ensina: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Co 5:10).

Qual será o estado do mundo imediatamente antes da vinda de Cristo? Podemos dizer, de modo geral, que tudo estará funcionando normalmente. Todos estarão vivendo sem qualquer preocupação ou preparo espiritual, como nos dias de Noé, antes do dilúvio. “Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé  entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também na vinda do Filho do homem.” (Mt. 24: 38-39). Por causa da certeza da Consumação do Século, Cristo fez este apelo: ‘Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt. 25:13).

Deixamos essa parte oferecendo uma palavra de orientação. Não devemos ficar amedrontados com as chamadas “revelações” (profecias) que se ouvem em nossos dias, nem com o uso de palavras chamativas que falam sobre o fim do mundo em 2012. A nossa única regra de orientação espiritual é a Bíblia. Ela não usa frases como: “ a iminente vinda de Cristo” e nem que “Jesus em breve voltará”. Não devemos tentar marcar um tempo cronológico para a vinda de Cristo, porque não sabemos se ela acontecerá em nossos dias ou se ela ainda está longe. Ninguém tem autoridade para especular sobre os propósitos de Deus que Ele ainda não revelou. O que a Bíblia enfatiza é a necessidade de estarmos preparados para um encontro com o Senhor, que “julgará vivos e mortos”. O aspecto de “repentinidade” não significa “iminência”. Repentinidade denota o ato de ser surpreendido, porque não houve nenhum aviso sobre a visitação. Por isso, Cristo explicou: “Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai também vós apercebidos, porque a hora em que não cuidais, o Filho do homem (Cristo) virá” (Mt 24:43-44). Novamente, a ênfase recai sobre a necessidade de estarmos preparados para um encontro com o Senhor, porque a hora da sua vinda é totalmente desconhecida. Como podemos aplicar essa orientação à nossa vida?   

1. Precisamos Praticar a Perseverança. A Consumação do Século e a Segunda Vinda de Cristo são partes essenciais da doutrina cristã; portanto, devemos estudar e acreditar nas seqüências envolvidas neste assunto, porque a palavra de Cristo é a nossa segurança. Devemos estudar os capítulos 24 e 25 de Mateus e os textos paralelos em Marcos e Lucas. Uma vez firmados neste ensino, temos que perseverar nele, isto é, continuando a seguí-lo sem vacilar, mesmo que haja opiniões contrárias. O Ap. Paulo escreveu: “Nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito (uma voz profética que foi ouvida), quer por palavra (alguém afirmando que ouviu a palavra que ele cita dos próprios lábios do Apóstolo), quer por epístola (um documento falso), como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. Ninguém, de nenhum modo vos engane, porque isto não acontecerá” sem que primeiro venha certos sinais estabelecidos nas Escrituras Sagradas ( 2 Ts. 2:2-3). O falso mestre usa toda sorte de artimanha a fim de estabelecer a sua própria interpretação. Cristo nos deu muitas advertências sobre estes enganadores que proferem fantasias sobre os acontecimentos finais. Por causa destas invenções, temos que praticar perseverança no ensino inconfundível das Escrituras Sagradas, “olhando firmemente para o autor e consumador da nossa fé, Jesus Cristo” (Hb. 12:2).

2. Precisamos Praticar a Percepção.  Já temos feito referência a “certos sinais” que precederão a segunda vinda de Cristo. São dois: “Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto (o Dia do Senhor) não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição” (2 Ts.2:3). Temos que praticar a percepção a fim de reconhecer a aproximação deste dois sinais. a) Uma “apostasia” geral tomará conta da Igreja de Cristo. b) A “revelação do homem da iniqüidade, o filho da perdição”. Qual é a atuação dessas duas figuras nos tempos que precederão a Segunda Vinda de Cristo?      

a) A apostasia. Este mal acontecerá dentro da Igreja visível. Apostasia significa o afastamento das doutrinas fundamentais da fé cristã; uma rebelião contra o senhorio de Jesus Cristo. Portanto, a fim de perceber a aproximação deste mal, temos que conhecer quais são as doutrinas das Escrituras que dirigem a vida da Igreja Cristã. A falta deste conhecimento insensibilizará o discernimento do que está acontecendo. Por causa da multiplicação de divisões na Igreja dos nossos dias e a implantação de novas denominações, sentimos que a profetizada apostasia está se aproximando. A causa destas divisões é basicamente uma rebelião contra o senhorio de Cristo sobre a sua Igreja, porque o homem está querendo estabelecer a sua própria vontade em seus atos espirituais. A história de Israel e o seu afastamento de Deus é um exemplo deste mal (1 Rs 12:25-33; 14:1-20).

b) O homem da iniqüidade. É um homem, e não uma instituição, que liderará esta apostasia. Quais são as características deste personagem? Ele “se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (1Ts. 2:4). Ele perverterá toda moralidade e espiritualidade das Escrituras Sagradas. Novamente, sentimos que esta perversão de princípios santos já está começando a se manifestar em nossa sociedade. Sim, precisamos praticar, urgentemente, a percepção. “Quando vier o Filho do homem (Cristo), achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18:8).

3. Precisamos Praticar a Perspicácia. Por causa da certeza destes acontecimentos vindouros precisamos praticar uma perspicácia para que o Dia do Senhor não nos apanhe despreparados. Mas esta urgência não é somente por causa da Segunda Vinda de Cristo, mas também por causa da inevitabilidade da nossa morte física. Pela morte, entramos em nosso lugar na eternidade, onde existem apenas dois destinos: o céu, ou o inferno. O Credo Apostólico nos ensina a confessar: “Creio em Jesus Cristo (...) crucificado, morto e sepultado; desceu ao Hades (ao estado dos mortos); ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao céu; está assentado à mão direita de Deus Pai Todo-Poderoso, de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos”. Assim vivemos na expectativa da Segunda Vinda de Jesus Cristo, a qual, naquela ocasião, iniciará a Consumação do Século. Que estejamos preparados para este encontro com o Senhor.

Rev. Ivan G. G. Ross
17 de Julho de 2012    

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

ATITUDES COMUNS DURANTE O NATAL




Leitura Bíblia: Mateus 2:1-12

Introdução: O Natal se aproxima! Todo mundo, de certa forma, tem uma noção básica dos eventos relacionados com o nascimento de Jesus Cristo. Afinal, a celebração anual do Natal mantém estes rudimentos vivos em nossa memória. Mas, vamos oferecer-lhes esclarecimentos maiores sobre dois pontos que não costumam receber muito destaque.

Quanto ao nascimento virginal de Cristo, ele aconteceria mediante a instrumentalidade de uma mulher virgem. “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um Filho, e Ele será chamando pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mt. 1:23). Assim, na plenitude do tempo, “o anjo Gabriel, enviado da parte de Deus,” comunicou à virgem Maria: “Eis que conceberás e darás à luz um Filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus.” Mas, quando Maria recebeu esta notícia, ela logo perguntou: “Como será isto, pois não tenho relações com homem algum?” Maria era virgem, exatamente como a profecia dissera. “Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lc.1:26-38). Esta doutrina se chama: “O Nascimento Virginal de Jesus Cristo”, e é uma verdade essencial para se compreender melhor o plano para salvar pecadores, porque destaca a intervenção de Deus na providência de um Salvador.

Quanto ao lugar humilde onde Jesus nasceu: A Bíblia ensina que Jesus “se esvaziou (deixou seus direitos celestiais de lado), assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou” (Fl. 2:7-8). O primeiro ato desta humilhação foi nascer de mulher, não num hospital bem equipado, antes, por um ato voluntário, sujeitou-se a ser deitado em manjedoura, (Lc. 2:12). Um das razões desta humilhação foi  demonstrar a sua acessibilidade. Ele é “manso e humilde de coração”. E, com amor, Cristo nos convida: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados (por uma consciência desorientada por pecados não perdoados) e eu vos aliviarei,”  (dando-lhes pleno perdão), (Mt. 11:28).

A nossa leitura nos mostra quais as atitudes de três grupos de personagens diante da notícia do nascimento de Jesus Cristo.

1. A Atitude de Herodes e, com ele, toda Jerusalém. São os inimigos de Cristo. Ficamos impressionados com o impacto da religião do Antigo Testamento sobre tantas pessoas, não apenas entre os judeus, mas, também, entre os gentios do Oriente. De modo geral, todo mundo aguardava a prometida intervenção na história humana, que seria o envio do Salvador, “que é Cristo, o Senhor” (Lc. 2:11). Simeão era um homem justo e piedoso, que esperava a vinda de Cristo, o qual seria “a Consolação de Israel” (Lc. 2:25). Foi o Nosso Senhor que disse: “Eu, eu sou aquele que vos consola” (Is. 51:12).

Entre as pessoas que acreditavam na prometida vinda de Cristo, encontra-se também o rei Herodes. Ao lermos o texto, não há como negar a sua convicção. Talvez os motivos dele fosse duvidosos, contudo, ele acreditou na notícia do nascimento de Jesus Cristo, e agiu de acordo. Mas em vez de alegrar-se  com esta boa nova, “alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém.” Todos ficaram  possuídos de grande medo das conseqüências desta intervenção divina. Qual foi a atitude que nasceu no coração de todos? Cristo tem que ser rejeitado e assassinado. Parece que estamos ouvindo o clamor do povo: “Não queremos que este reine sobre nós” (Lc. 19:14). Sentimos a contradição que o pecado provoca. Apesar da crença generalizada sobre a vinda de Cristo e os benefícios que Ele traria, o povo, de modo geral, não quis recebê-lo, porque não queria o seu senhorio. Cristo “veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo. 1:11). Assim, a partir da notícia de seu nascimento, Cristo passou a ser uma pessoa perseguida. “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado e dele não fizemos caso” (Is. 53:3). Ò profundeza da perversão humana!

Embora o advento de Cristo seja comemorado todos os anos nos países cristãos, a atitude do rei Herodes continua em nossos dias: a mensagem e a própria existência de Cristo devem ser eliminadas da face da terra. Contudo, sabemos que a Pessoa de Cristo não pode ser atingida, por isso, a oposição se dirige, incansavelmente, contra os seus seguidores, provocando todo tipo de perseguição, tais como: os divertimentos, as recreações e as atividades sociais não deixam o povo pensar nos valores espirituais; pressões anti-cristãs  encorajam a negligência dos padrões bíblicos, e o resultado é uma licenciosidade e a prática de todo tipo de perversão moral. E qual é o efeito desta perseguição sutil? A mortificação da consciência do povo que passa a considerar que tudo é normal, inclusive os desvios morais mais gritantes. Cristo adverte: “E por se multiplicar a iniqüidade, o amor (a Cristo) se esfriará de quase todos” (Mt. 24:12).Qual é a resposta para nós, que queremos permanecer fiéis a Cristo? A Bíblia nos aconselha: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef. 6:11-12). 

2. A Atitude dos Principais Sacerdotes e Escribas do Povo. São os espectadores de Cristo. Novamente, ficamos impressionados com o conhecimento bíblico desses líderes religiosos. Quando Herodes lhes perguntou sobre o lugar onde Cristo deveria nascer, eles, sem qualquer indecisão, logo responderam: Em “Belém, terra de Judá, sairá o Guia que há de apascentar o meu povo, Israel.” Sim, estes espectadores também aguardavam a vinda do prometido Messias. Mas, o que nos assusta é que, apesar deste conhecimento das Escrituras, eles não se levantaram para conhecer pessoalmente o Cristo quando receberam a notícia do seu nascimento. Um conhecimento que não produz a devida ação não tem nenhum valor. Num certo sentido, estes religiosos viviam perto do reino de Deus, gostavam de estudar a Bíblia e de falar sobre as suas verdades, porém, à semelhança das virgens néscias, eles não se prepararam para o Dia Final, (Mt. 25:1-13).

Infelizmente, a atitude desses espectadores continua em nossos dias. Tantas pessoas se enganam pensando que algum conhecimento de Deus é o suficiente para garantir um sossego espiritual. Sejamos advertidos, apesar do valor de um conhecimento bíblico, este não é suficiente, é necessário que tenhamos um encontro pessoal com Cristo, crendo nele para a salvação eterna da nossa vida. A Bíblia é clara quando enfatiza: “O Pai ama ao Filho, e todas as cousas tem confiado às suas mãos. Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho (recusando um encontro pessoal com Ele) não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo. 3:35-36). Somos exortados: “ Lançai de vós todas as vossas transgressões (inclusive a auto-confiança) e criai em vós, coração novo e espírito novo; pois, por que morreríeis ó casa de Israel? Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor teu Deus” (Ez. 18:31-32).

3. A Atitude dos Magos do Oriente. São os seguidores de Cristo. Mais uma vez, ficamos impressionados por causa da soberania de Deus que faz o evangelho produzir resultados nos lugares mais distantes dos centros onde existe a religião bíblica. Deus planejou a salvação eterna desses magos e, para comunicar-lhes o seu intento, providenciou uma estrela especial, que, quando interpretada  pelo Espírito Santo, anunciou-lhes o nascimento do esperado Salvador, Jesus Cristo. Ora, o conhecimento que é devidamente recebido sempre produz uma ação. Assim, estes homens foram tomados pela necessidade de conhecer, pessoalmente, o recém-nascido Salvador. Por isso, demonstraram a sua fé, deram inicio à viagem necessária para encontrarem-se com Ele. Não ficaram amedrontados pelos perigos desta missão.

O que acontece neste encontro espiritual? Os magos, quando viram o Menino, logo reconheceram a sua Divindade, e, sem qualquer vacilação prostraram-se  diante dele, e O adoraram. Esta disposição deve ser a nossa também. O culto verdadeiro nunca é um ato isolado, é sempre acompanhado por algo mais. Os magos  trouxeram ouro, incenso e mirra e depositaram tudo diante de seu Senhor e Salvador. E nós, que cremos e que temos recebido tantos benefícios do Senhor, inclusive o perdão de todos os nossos pecados e a esperança da vida eterna, como podemos demonstrar a nossa gratidão? Entregamos a nossa própria vida a Ele, confessando: “Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb. 10:9). Agora, doravante, queremos viver em plena obediência àquele que nos amou, e a si mesmo se entregou por nós, dando a sua própria vida como o preço necessário para a nossa salvação.

Conclusão: Qual será a sua atitude durante as festividades deste Natal? Não seja inimigo de Cristo e nem uma pessoa descomprometida. Seja um reconhecido seguidor de Jesus Cristo, demonstrando a sua fé mediante uma vida santa e irrepreensível. Que o Natal traga para você  um verdadeiro encontro salvador com  Jesus Cristo.

Rev. Ivan G. G. Ross             

sábado, 1 de dezembro de 2012

O Cordeiro de Deus




Leitura: João 1:29-39

“... Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo. 1:29)

Nesta leitura observamos a primeira transferência de ouvintes do Evangelho: de João Batista para Jesus Cristo. João trabalhou para este fim; não para receber seguidores da sua própria pessoa, mas, sim, para que Cristo pudesse receber um povo espiritualmente preparado para segui-Lo. O pensamento dominante de João foi: “Convém que Cristo cresça  e que eu diminua.”

1. Cristo é Apresentado (vs 29-31). Depois de Seu batismo, Jesus ausentou-se por um tempo. Aqui Ele reaparece, pronto para ser apresentado às primeiras pessoas. E João Batista, fiel ao seu ministério, O apresenta como o Cordeiro de Deus; aquele que daria a vida em resgate por muitos.

2. Cristo é  Apreendido (vs 32-34). A descida do Espírito Santo o atesta como o Salvador. João Batista apreendeu bem a missão do Mestre. É Ele quem batiza com o Espírito Santo. É Ele quem recebe pecadores como membros de Seu Corpo.

3. Cristo é Apreciado (vs 35-39). A declaração “Eis o Cordeiro de Deus” foi um convite para segui-lo.  Eles estão hesitantes a principio, mas outro convite os encoraja: “Vinde e vede”. Este primeiro encontro foi tão apreciado que os dois discípulos de João Batista ficaram com Jesus.  

Oração: Damos-te graças, Senhor, porque Tu nos deste um Salvador. Ajuda-nos a sermos fiéis a Ele em nosso testemunho cristão. Pedimos em nome de Cristo Jesus. Amém.

domingo, 25 de novembro de 2012

Palavras que consolam





Introdução: As palavras iniciais desta leitura são: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, credes também em mim.”  Não é suficiente crer somente em Deus, sem qualquer qualificação, temos que crer na plenitude da sua auto-revelação; temos que crer em Jesus Cristo, seu Filho unigênito, “que é o esplendor da  glória e a expressão exata do seu Ser” (Hb.1:3). Cristo pronunciou estas palavras solenes: “Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se não credes que EU SOU (Veja Ex. 3:13-14), morrereis nos vossos pecados” (Jo. 8:24).

Somos trinitarianos, isto é, cremos que “Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; estas três pessoas são um só Deus verdadeiro e eterno, da mesma substância, iguais em poder e glória, embora distintas pelas suas propriedades pessoais” (Cat. Maior 9) Podemos resumir a unidade dentro da Trindade, dizendo: O Pai é o Planejador de todas as coisas. “Há (...) um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Ef. 4:6) O Filho, Jesus Cristo, é o Realizador de tudo o que o Pai planeja: “Todas as coisas (a criação e a redenção do pecador) foram feitas por intermédio dele, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez” (Jo. 1:3). O Espírito Santo é o Aplicador das obras de Cristo ao coração e ao entendimento do homem. “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (Jo. 16:13-14). Portanto, as obras de Deus são as obras das três Pessoas da Trindade, cada uma agindo em plena harmonia com as outras, de acordo com as suas próprias atribuições. “Grandes são as obras do Senhor (o único Deus vivo e verdadeiro), consideradas por todos que nelas se comprazem” (Sl. 111:2). Este é o “Deus de toda consolação! É Ele que nos conforta em toda a nossa tribulação” (2 Co. 1:3-4). O Salmista confessou: “No Senhor, cuja palavra eu louvo, neste Deus ponho a minha confiança, e nada temerei” (Sl 56:10-11).

1 O Consolo na Perseverança. Temos que perseverar em nossa crença, porque é a fé que alimenta a nossa confiança. Confiamos na soberania de Deus que faz “todas as coisas (inclusive as mais incompreensíveis) cooperarem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). E, da mesma forma, confiamos em Jesus Cristo; pois nele, “temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”.      

O contexto do primeiro versículo é de tristeza e confusão emocional. Por isso Jesus disse aos seus discípulos estas palavras de encorajamento: “Não se turbe o vosso coração”. Não deixe a tristeza do momento abalar a sua esperança nos propósitos secretos de Deus. Eles perceberam que uma crise na vida de seu Mestre se aproximava, por isso, sentiram uma turbação. Esta insegurança ataca, em primeiro lugar, a nossa confiança espiritual. Esperamos mais atuação da parte de Deus, mas, esta, aparentemente, não vem. Qual é a resposta? Cristo responde: “Credes em Deus (mas, continue crendo); credes também em mim.” Credes que eu sou o seu Salvador, poderoso para socorrer em momento próprio. Não convém que vacilemos neste ponto. O apóstolo afirmou: “E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1Jo. 5:4). E o Salmista nos encoraja com estas palavras orientadoras: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará” (Sl. 37:5). E o Ap. Paulo aconselhou: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fl. 4:6-7).    

2. O Consolo na Permanência. O verbo “permanecer” aparece muitas vezes no Novo Testamento e, normalmente, descreve a nossa união vital com Jesus Cristo, de quem recebemos toda sorte de bênção espiritual (Ef. 1:3) Ele mesmo disse: “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.” (Jo. 15:7). Esse princípio sublinha todas as promessas oferecidas a nós nas Escrituras Sagradas, inclusive a esperança de habitar nas moradas celestiais.

Neste contexto, Jesus, vendo os seus discípulos entristecidos, e, querendo vivificar o ânimo deles, disse-lhes: “Na casa de meu Pai há muitas moradas.” Embora não possamos descrever estas moradas detalhadamente, a idéia central  é esta: O local é muito espaçoso, amplo lugar para  todos os redimidos e repleto de todos os meios necessários para o conforto total de cada um.

No Antigo Testamento, o povo de Deus se considerava como “estrangeiros e peregrinos sobre a terra”, aspirando “uma pátria superior, isto é, celestial”. Este povo, que estava disposto a sofrer todo tipo de privação, permaneceu firme “como quem vê aquele que é invisível”. Por que estavam tão dispostos? Porque “contemplavam o galardão”, a promessa de alcançar “uma pátria superior” (Hb. 11:8-29).  

E, no Novo Testamento, somos exortados a buscar “as cousas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (Cl. 3:1). Uma visão das moradas celestiais vivifica qualquer cristão entristecido. O Espírito Santo nos consola, trazendo à nossa memória as palavras de Cristo Jesus: “Na casa de meu Pai há muitas moradas” e, também, a esperança de “estarmos para sempre com o Senhor” (1Ts 4:17). Vamos permanecer arraigados e alicerçados em Cristo Jesus, a nossa segurança espiritual depende desta união vital com o nosso Salvador.

3. O Consolo na Pertença. É somente Cristo que tem a competência (pertença) para dizer: “Pois vou preparar-vos lugar”. O que significa esta frase, visto que as moradas já existiam? Com as palavras: “vou preparar-vos lugar”, Jesus estava dizendo: Vou para Jerusalém, “e o Filho do Homem será entregue aos sacerdotes e aos escribas; condená-lo-ão à morte e o entregarão aos gentios; hão de escarnecê-lo, cuspir nele, açoitá-lo e matá-lo; mas depois de três dias ressuscitará” (Mt. 10:33-34). Ele iria preparar um lugar para o seu povo mediante a sua morte substitutiva e ressurreição vitoriosa. A Bíblia faz uma pergunta séria: “Quem subirá o monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar?”  Eis a resposta: “O que é limpo de mãos e puro de coração, quem não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente” (Sl. 24:3-4).  Mas onde está o homem que tem esta irrepreensibilidade, visto que “todos pecaram e carecem da glória de Deus?” (Rm 3:23).

Mas há esperança para aqueles que crêem em Jesus Cristo, porque Ele veio para buscar e salvar pecadores – buscar mediante a pregação do evangelho; e salvar mediante a sua morte substitutiva. O resumo do evangelho é este: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8). “Aquele (Jesus Cristo) que não conheceu pecado, ele (Deus o Pai) o fez pecado por nós;  para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co. 5:21). Por sua morte vicária, Cristo satisfez todas as exigências da lei em favor do pecador, (Gl 3:13); e, por sua ressurreição, justificará a todos os que nele crêem (Rm. 4:5). “Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe. 1:11) “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (1 Ts 4:18).

4. O Consolo na Persuasão. “ E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.” Este versículo destaca três verdades preciosas. Somos persuadidos da realidade de cada uma, e, crendo nelas, “exultamos com alegria indizível e cheia de glória, obtendo a fim da nossa fé: a salvação da nossa alma” (1 Pe. 1:8-9).

a) Houve um sacrifício no passado. De fato, Cristo foi e deu sua vida em resgate por muitos, derramando o seu precioso sangue que nos purifica de todo pecado (1 Jo. 1:7). Somos persuadidos da eficácia deste sacrifício vicário.

b) Há uma esperança vivificante. Cristo nos deu esta promessa: “Voltarei”. Depois da sua morte, Cristo foi sepultado, mas, ao terceiro dia, ressuscitou dentre os mortos, subiu para o céu, de onde voltará. “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem (Jesus Cristo) vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mt. 24:30). Somos persuadidos da realidade deste dia momentoso.

c) Haverá um consolo eterno, quando se cumprirá a promessa do nosso Amado Salvador. “E vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também”. Que verdade estupenda! Que condescendência inefável! Sim, somos persuadidos do amor de Cristo, um amor que anseia por nossa presença.

Conclusão: Podemos resumir essas verdades dizendo: “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 Jo 5:11-12).   


Rev. Ivan G.G. Ross
25 de Novembro de 2012

sábado, 10 de novembro de 2012

O Espírito Santo como o nosso guia





(Mensagem enviada aos missionários da Junta de Missões Nacionais: Como podemos entender e reconhecer a liderança do Espírito Santo em nossa vida quando temos que tomar tantas decisões, tanto em nosso cotidiano pessoal, como também no exercício do nosso ministério?)

“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são os filhos de Deus” (Rm. 8:14). E, no mesmo sentido: “Andai no Espírito e jamais satisfarei à concupiscência da carne” (Gl. 5:16. Estes dois textos indicam que a liderança do Espírito Santo em nossa vida é uma preciosa realidade. O primeiro fala da nossa adoção e a certeza da salvação. O segundo indica um dos propósitos da liderança do Espírito Santo em nossa vida. Ele intenta a nossa conformação à prática da vontade de Deus, ou seja, a nossa santificação, uma vida santa e irrepreensível em todos os sentidos, Ef. 1:4. Mas a pergunta é: Como podemos entender e reconhecer a liderança do Espírito Santo em nossa vida? Nós vamos estabelecer alguns princípios básicos para um norteamento mais seguro, e, depois, alguns exemplos específicos de como o Espírito Santo guia os nossos passos.

1. A base da nossa experiência cristã. Devemos aceitar, de coração, a suficiência e a infalibilidade das Escrituras Sagradas, que são “a Palavra de Deus, a única regra de fé e obediência” (Cat. Maior, 3). Quando o Espírito Santo está guiando a nossa vida, Ele fala, sempre e unicamente, através do ensino das Escrituras Sagradas.

2. O modo de Deus revelar a sua vontade.  A história da revelação se divide em dois períodos distintos: durante o tempo do Antigo Testamento, antes da primeira vinda de Cristo; e, durante a formação do Novo Testamento, enquanto a Igreja de Cristo estava sendo estabelecida. Até a vinda de Cristo, Deus falava através de seus profetas. “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas.” Mas, com a vinda de Cristo, não houve mais necessidade de profetas para anunciar a vontade de Deus. “Nestes últimos dias (Deus) nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo” (Hb. 1:1-2).  A transição entre os dois períodos é clara. No Antigo Testamento, a revelação foi incompleta porque tudo estava aguardando a vinda de Cristo, que seria a revelação definitiva da vontade de Deus. Depois de ter dado o seu Filho, Deus não tem mais nada para oferecer à humanidade, nenhuma outra revelação, nenhuma palavra para as pessoas em situações difíceis. Tudo está nas Escrituras Sagradas. “O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos” (Jo. 3:35)

A nossa Confissão de Fé elucida este assunto: Depois de reconhecer que Deus foi servido, “em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja  aquela a sua vontade; depois ... foi igualmente servido fazê-la escrever todas. Isto torna a Escritura Sagrada indispensável, tendo cessado aqueles antigos modos de Deus revelar a sua vontade ao seu povo” (Confissão de Fé 1:1). Nós discernimos a vontade de Deus através do Espírito Santo falando pelas Escrituras. Quando confessamos que as Escrituras Sagradas são a única regra de fé e obediência, estamos declarando que não aguardamos e nem esperamos revelações particulares para resolver as circunstâncias difíceis de nosso cotidiano. Toda a orientação que precisamos, "ou é expressamente declarada na Escritura ou pode ser lógica e claramente deduzida dela" (Confissão de Fé, 1:6). Não é bíblico confessar: Eu sinto que Deus falou no meu coração de maneira especial, a não ser que o Espírito Santo esteja confirmando um ensino específico e bíblico ao nosso coração. Ele pode testificar com o nosso espírito. Cuidado com os falsos profetas que falam ousadamente em nome de Deus. “Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus” ( 1 Pe. 4:11).

3. O dom do Espírito Santo é dado para nos guiar. Aqueles que são cristãos de verdade têm o Espírito Santo habitando em sua vida; e aqueles que não têm o Espírito Santo, ainda não pertencem ao número dos redimidos, (Rm. 8:7). O dom do Espírito é a prova infalível de que pertencemos a Deus. “Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu seu Espírito” (Jo. 4:13). O Espírito foi dado a fim de nos consolar, isto é, para estar ao nosso lado, tomando a nossa mão e guiando-nos na prática da vontade de Deus. Além desse ministério, temos a promessa de que o Espírito Santo nos “guiará a toda verdade” (Jo. 16:13). Não apenas a verdade sobre o plano da salvação, mas, também, a verdade relacionada às decisões que tomamos todos os dias. Assim, somos fortalecidos para andar com segurança na prática da vontade de Deus.

4. Como o Espírito Santo guia o seu povo?  Existem uma infinidade de atividades que fazem parte da vida normal do homem, onde a direção do Espírito não é propriamente necessária (se não fosse assim, o descrente não poderia viver, visto que ele não tem o Espírito Santo em sua vida), porém, a motivação do crente é: “Quer comais, quer bebais ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Co. 10:31). Nesta livre expressão, é o Espírito Santo que concede ao homem o domínio próprio para viver para a glória de Deus, (Gl. 5:22-23). Citamos alguns casos para ilustrar como o Espírito Santo guia o seu povo. É sempre através do claro ensino das Escrituras que Ele aplica, poderosamente, às necessidades do indivíduo.

Na Igreja Primitiva, surgiu uma crise doutrinária. Alguns, contrariando o ensino bíblico, afirmaram que era necessário ser circuncidado a fim de ser salvo. “Então se reuniram os apóstolos e presbíteros para examinar a questão” (At. 15:1,6). Eles não pediram uma revelação especial para resolver o problema, antes, eles buscaram respostas nas Escrituras Sagradas. Depois de grande debate, uma proposta foi oferecida com este apelo: "Conferem com isto as palavras dos profetas, como está escrito." A conclusão foi esta: “Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles (os gentios que creram) o foram” (At. 15:11). Depois da reunião, temos este comentário: “Pois pareceu bem ao Espírito (que falou pelas Escrituras) e a nós não vos impor maior encargo além destas cousas essenciais” (At. 15:28).

Podemos ser experimentados por toda sorte de tentação, como aconteceu com Jesus Cristo. Mas a pergunta é sempre a mesma: O que é que a Bíblia fala sobre esse assunto? O Espírito Santo nos guiará, trazendo à nossa memória um versículo bíblico, constrangendo-nos para agir de acordo  com a autoridade indiscutível: “Está escrito.” Não posso agir ao contrário, (Lc. 4: 1-13).

Somos cercados por oportunidades para estabelecer formas de união com os descrentes, onde as duas partes são iguais: sócio de uma firma ou no casamento. Novamente, o Espírito Santo trará à nossa memória um texto próprio: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade?  Ou que comunhão da luz com as trevas?” (2 Co. 6:14-18). Temos que sempre submeter-nos ao que o Espírito fala pela Bíblia.

Quanto ao chamado para ser missionário. Vemos a Igreja reunida em oração, buscando o Senhor sobre a evangelização do mundo. O ambiente é totalmente bíblico. Barnabé e Saulo, ouvindo a ordem do “Ide” logo se apresentaram, dizendo: “Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb. 10:9). Agora, o Espírito Santo, confirmando a sua obra secreta no coração dos dois, fala à Igreja: “Separai-me agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At. 13:1-3). O Espírito Santo confirma o seu chamado através da voz da Igreja. Sentimos a admiração do Ap. Paulo quando confessou: “O Senhor me considerou fiel, designando-me para o ministério” (1 Tm. 1:12).

Na execução do nosso ministério, dentro do ensino das Escrituras, o Espírito Santo usa convites específicos para colocar os seus servos no lugar certo. Às vezes é o Presbitério, ou a liderança da organização que faz as devidas colocações. Mas seja qual for a providência do Espírito Santo, que sempre guia de acordo com as Escrituras, temos que estar prontos para obedecer. Neste sentido, temos que considerar os motivos da colocação. São bíblicos?

Devemos aprender com o Ap. Paulo: “Não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade (que está nas Escrituras) em toda a sabedoria, e entendimento espiritual” (Col. 1:9-12)


Rev. Ivan G. G. Ross.
Itajubá, 10 de Novembro de 2012

O testemunho de João Batista



Leitura:  João 1:15-28

“... O que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia antes de mim.” (Jo. 1:15)

João Batista foi o arauto de Jesus Cristo. A sua mensagem foi preparatória, anunciando a vinda do Messias e preparando os corações das multidões, através de uma expectativa espiritual. E qual foi o fruto deste ministério?  As multidões obedeceram a orientação dada por este servo de Deus, e, com prazer, escutaram o Salvador.

1. O testemunho de João (15-18). As verdades que João Batista mais gostava de anunciar foram a primazia e a preexistência de Jesus Cristo; Sua superioridade com relação a Moisés e o direito do Filho para revelar a verdadeira natureza de Deus, em termos de graça e verdade.

2. O Título de João (19-23). “Voz do que clama”. A fim de serem identificadas tanto a sua pessoa como também a sua mensagem, João cita os ensinos proféticos das Escrituras Sagradas. É a Bíblia que confirma o ministério de alguém.

3. O trabalho de João (24-28). Ele batizava com água, porém sempre fez questão em anunciar a necessidade de um batismo superior; um encontro tão intenso com Cristo que passamos a ser nascidos de novo. O batismo com o Espírito Santo é o nosso ingresso no Corpo de Jesus.

O nosso testemunho tem se enquadrado na Bíblia?

Oração: Somos alegres, Senhor, porque a graça e a verdade vieram a nós, pecadores. Ajuda-nos a compreender cada vez mais estes valores espirituais. Em nome de Jesus. Amém.

Rev. Ivan G. G. Ross 

sábado, 3 de novembro de 2012

Deus Conosco







E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade...” (Jo 1.14)

A razão do Evangelho segundo João se resume no capítulo 20, versículo 31: “Estes [sinais], porém, foram registrados para que creais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” Este Evangelho, talvez o mais lido, que tem sido uma  fonte de conforto espiritual para muitos, tem o mesmo poder confortador para os nossos dias.

1. A Relação do Filho (1-5). Desde a eternidade, o Filho é co-igual ao Pai. Assim, confessamos: “E o Verbo era Deus.” O Filho, que é o Executor de todos os propósitos do Pai, habitou entre nós para que nEle tenhamos a vida eterna.

2. A Revelação do Filho (6-9). João Batista O revela como “a verdadeira luz, que vinda ao mundo, ilumina a todo homem.” Devemos sentir a exclusividade desta revelação. Não existem outras luzes de orientação espiritual.

3. A Recepção do Filho (10-14). Ele veio para ser recebido pelos homens, porém muitos não O recebem. Contudo, o quadro não é tão negativo. Alguns O recebem,e, por isso, são feitos filhos de Deus. E estes não nascem da vontade do homem, mas, sim, exclusivamente do poder de Deus.

Como temos recepcionado o Filho de Deus?


Rev. Ivan G. G. Ross

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Vídeo - A Reforma

Breve Resumo sobre a Reforma Protestante Séc XVI feita pelo Rev. Ivan G. G. Ross na Igreja Presbiteriana do Bairro Varginha, Itajubá - MG


 

sábado, 13 de outubro de 2012

A REFORMA




Nestes dias de paixão ecumênica, que nubla as linhas de distinção entre a verdade e o erro, convém manter em nossa mente a graça imensurável derramada sobre a Igreja e o mundo no tempo da Reforma do século XVI. Estamos tão afastados daqueles séculos que temos a tendência de subestimar, ou até de esquecer o privilégio que é nosso como herdeiros da Reforma. Não estou desatento às circunstâncias preparatórias que precederam a Reforma do século XVI. Contudo, foi neste século que a plena luz do evangelho libertador chegou a seu zênite. Basta pensar sobre os erros e as superstições que prendiam a Igreja Romana no tempo de Lutero. Quando ele fixou as suas 95 Teses (assuntos para serem discutidos) sobre a porta da Igreja em Wittenberg na Alemanha, ele estava protestando contra as trevas que imperavam por toda parte. E, com este ato, as trevas começaram a ser  dissipadas e o poder da glória do evangelho de Jesus Cristo começou a raiar sobre o horizonte. Devemos também perguntar: Qual seria a nossa vida espiritual hoje, se Deus não tivesse entrado soberanamente na experiência de seu povo? A superstição teria continuado, juntamente com novas heresias, deixando os homens num estado de perdição ainda pior. E, de fato, apesar do impacto da Reforma, a Igreja Romana não melhorou; ela continua pervertendo os princípios bíblicos. No espaço de um século, três dogmas inaceitáveis têm sido sancionados como artigos de fé (têm que ser acreditados), a saber: a concepção imaculada da virgem Maria, 1854; a infalibilidade do Papa em assuntos espirituais, 1870; a assunção – a subida do corpo e alma da virgem Maria para o céu, 1950. Estamos em falta quando não lembramos da nossa dívida para com os Reformadores. Mas o erro maior é quando deixamos de dar graças a Deus pelas dádivas espirituais que os Reformadores nos legaram, especialmente quando lembramos que a Igreja Romana continua impedindo o povo de experimentar a benção da salvação por meio de uma fé singular e desembaraçada em Jesus Cristo.

- Adaptado da introdução de um discurso proferido pelo teólogo, John Murray (1898-1975)



Rev. Ivan G. G. Ross – Outubro de 2012 

BOAS LEMBRANÇAS




O Profeta Jeremias estava num estado de profunda tristeza. Seu coração parecia vazio de boas lembranças. Por quê? Por causa da desolação lastimável de Jerusalém, uma cidade em ruínas e a sua população sujeita ao escárnio de seus inimigos. Em sua angústia, Jeremias exclamou: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lm 3:21). Deus ouviu o anseio do coração deste servo fiel, iluminando os olhos da sua alma para saber qual é a esperança do seu chamamento, (Ef.1:18). A nossa esperança nasce quando redescobrimos e acreditamos nas virtudes de Deus. Jeremias relembrou de três atributos que trouxeram encorajamento ao seu coração. Estão nos versículos seguintes, Lm 3:21-24.

1. “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos” V22. O Ap. Paulo, apesar de inimigo da igreja de Cristo nos dias da sua incredulidade, confessou humildemente: “Mas obtive misericórdia” (1 Tm. 1:13). “No Senhor há misericórdia; nele copiosa redenção” (Sl. 130:7). Ele tem poder para nos remir (libertar) de todas as nossas angústias. Ele tem compaixão de nós.

2. “Grande é a sua fidelidade” V.23. O Salmista, experimentando a proteção e a fidelidade de Deus quando cercado por seus inimigos, exclamou: “A tua benignidade, Senhor, chega até aos céus, até às nuvens, a tua fidelidade” (Sl. 36:5). O Ap. Paulo, querendo encorajar a Igreja perseguida, disse: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação vos proverá livramento, de sorte que a possais  suportar” (I Co. 10:13).

3. “A minha porção é o Senhor” V24. O Salmista alegrou-se, proclamando: “O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio” (Sl. 46:11). Cristo prometeu: “E eis que estou convosco, todos os dias, até a consumação do século” (Mt. 28:20). Com o Senhor ao nosso lado, somos mais que vencedores (Rm. 8:34).

Em nossos momentos de aflição, vamos imitar o Profeta Miquéias, que testemunhou: “Eu, porém, olharei para o Senhor e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá” (Mq. 7:7). Olhamos para o Senhor a fim de contemplar as suas virtudes: a sua misericórdia, a sua fidelidade e a sua condescendência para conosco. 

Rev. Ivan G. G. Ross
Outubro de 2012

sábado, 29 de setembro de 2012

A CONSCIÊNCIA DO PECADO




Leitura: Rm. 7:14-25

Introdução: Escolhemos este texto para reafirmar que uma consciência do pecado tem sido uma das marcas mais caracterizantes do povo de Deus, desde os tempo remotos do Velho Testamento. No Novo Testamento, os apóstolos do nosso Senhor Jesus Cristo sentiam esta presença do pecado. E, nesta mensagem, estamos sugerindo que na Igreja dos nossos dias, esta consciência do pecado, esta lamentação por causa da presença do pecado que macula a nossa vida, praticamente desapareceu. Com o desaparecimento desta consciência do pecado, duas outras verdades estão igualmente desaparecendo da vida da Igreja: uma Consciência da Soberania de Deus – um Deus que atua soberanamente nas circunstâncias da nossa vida; e, uma consciência da absoluta necessidade de ser salvo por “Cristo e este crucificado” . Pecadores são passíveis da ira de Deus e do fogo eterno, portanto, um senso de urgência deve caracterizar o pecador.

Quando falamos de uma consciência do pecado, estamos descrevendo uma realidade espiritual. O homem de Deus, redimido por Cristo Jesus e dirigido pelo Espírito Santo, reconhece e lamenta a presença do pecado em sua vida. É o descrente, a pessoa que nunca foi tocada pelo Espírito Santo, que não tem esta consciência do pecado em sua vida.

Quando o Ap. Paulo lamenta: “Pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo” (Rm. 7:18), ele não está dizendo que a sua vida era caracterizada por pecados patentes; ele está apontando para um princípio de pecado que atuava não só em sua vida, mas também na de todas as pessoas; está identificando aquele conflito espiritual que ele já havia descrito em Gl. 5:17: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne, porque são opostos entre si”. A Igreja será mais feliz quando voltar a sentir as angústias e a dor desta consciência do pecado; quando voltar a sentir a sua total incapacidade para executar a vontade de Deus com a devida perfeição. Se duvidamos desta capacidade, façamos um teste: Amamos a Deus com a devida perfeição? A realidade da nossa falha traz rubor aos nossos rostos e auto-condenação. Por isso, o Ap. Paulo agoniou-se e clamou: “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”

Vamos desenvolver este ponto da necessidade de uma consciência do pecado, e das conseqüências quando ela não está presente na vida da Igreja. 

1. Definição de Pecado. A Bíblia define o pecado como uma transgressão da lei de Deus (1 Jo. 3:4). A maioria das pessoas não iria questionar esta definição. Mas, depois de confessar comodamente:  todos nós somos pecadores; onde está a consciência do pecado? Percebemos que o pecado tende a amortecer a consciência. Em vez de clamar contra a transgressão da lei de Deus, ela se acomoda sem qualquer preocupação séria. É instrutivo ouvir as reclamações dos presos em nossas penitenciárias: seus protestos de inocência revelam a dureza de seus corações e a falta de uma consciência do pecado. Porém, infelizmente, esta mortalha não se limita aos presidiários, este mal também está caracterizando muitos dos membros das nossas Igrejas.

Quais são alguns dos efeitos maléficos desta ausência de uma consciência do pecado? Podemos mencionar:

a) Conversões sem a convicção do pecado. Basta observar aqueles que atendem apelos para aceitar a Cristo; levantam as mãos e vão para frente com um sorriso no rosto. E o pregador, todo satisfeito, anima o auditório, dizendo: Amém, Deus está abençoando. Esta falta de uma consciência do pecado não é motivo de regozijo.

b) Conversões como formas de cooperação. Pais que exortam seus filhos: Levante a sua mão, você ainda não se decidiu. O filho levanta a sua mão, segue os processos, e mais uma pessoa se considera crente sem ser nascido de novo. Sem mencionar as pessoas que levantam a mão porque o Pastor pediu.

c) As pessoas que não manifestam nenhuma convicção do pecado e nem qualquer evidência de arrependimento, estão, por inferência, sendo convidadas a continuar em seus pecados. Assim, a Igreja sofre por causa de membros que não têm nenhum interesse sério em conformarem-se à pratica da vontade de Deus. 

Como corrigir esse problema? Como introduzir às nossas Igrejas esta tão necessária consciência do pecado?

A resposta é simples: Através da fiel exposição de todo o desígno de Deus.

Quando Pedro pregou, ele não sentiu nenhuma necessidade para fazer um apelo, ao contrário, a própria multidão fez o apelo. Com corações compungidos pela consciência do seu pecado, eles pediram: Que faremos, irmãos? O Espírito Santo continua convencendo pecadores de sua culpabilidade diante da lei de Deus, e a fiel pregação do Evangelho continua sendo o meio designado por Deus para a salvação de todo que crê.

2. A Deferência do Pecado. Esta ausência de uma consciência do pecado indica uma forma de deferência.  Pelo silêncio, a Igreja está dando o seu consentimento à presença deste mal. Esta deferência baseia-se na filosofia que acredita na bondade natural do ser humano. Ela se manifesta através do estilo de pregações populares. Basta fazer algumas ligeiras exortações para que o homem fique convencido da paternidade universal de um Deus que não se importa com os pecados de seus filhos. Quando o pecado não é uma preocupação, o ministério da Igreja assume novas ênfases. Podemos mencionar:

a) O estilo do culto. Em vez de uma santa reverência que facilita uma meditação espiritual, um ruidoso antropocentrismo reina. A nova atitude é que o homem se sinta à vontade na Igreja.

b) O estilo de oração. Não se ouve mais o clamor de um coração entristecido por causa do pecado, nem a súplica angustiada: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador.” Nesta área, qual é a última novidade: Orações que não estão sendo dirigidas a ninguém, porque são apenas monofrases espontâneas, sem qualquer referência à mediação de Cristo.

c) O estilo de ministérios: Em vez da pregação direta do Evangelho, há uma ênfase crescente sobre a pregação indireta, ou seja, através de Ação Social, de implantação de escolas, etc. Tudo se consegue sem mexer com problema do pecado. Esta deferência do pecado estimula confiança na carne e tende a destruir qualquer noção do temor do Senhor.   

3. A Deformação do Pecado. Quando o pecado não está mais sendo reconhecido seriamente pelo ministério da Igreja, por inferência, o mal está sendo tolerado, e, por conseqüência, certas deformações começam a surgir.

a) O número de membros pode aumentar, porém, será uma multidão mista; o fenômeno de crentes e descrentes tentando andar de mãos dadas, que jamais produzirá um fruto positivo. Foi uma multidão mista que saiu do Egito (Ex. 12:38), e, justamente por causa desta mistura de gente, a ira de Deus tinha de se manifestar  para castigar o povo (Nm. 16:2-3).

b) Haverá uma preocupação para manter os números a qualquer preço. Porém, para conseguir este objetivo, é necessário descobrir um denominador comum, uma mensagem que não ofende a ninguém. Uma das tentações que o Pastor fiel mais sente é a pressão para agradar as preferências dos membros. É muito mais cômodo falar do amor de Deus, em vez da ira vindoura de Deus.

c) Com estas deformações existindo nas Igrejas, o que é que acontece com os verdadeiros crentes? Oferecemos duas observações: 1) Um esfriamento espiritual que destrói as prioridades do reino de Deus; 2) Uma decisão para abandonar a Igreja e buscar alimento espiritual em outros grupos eclesiásticos. E, pela saída dos melhores crentes, a Igreja se enfraquece e se aprofunda mais e mais nas deformações.

d) Uma outra deformação está surgindo entre nós. A palavra “Igreja” está sendo substituída por “Comunidades”. Mas, quem sabe, esta troca de palavras reflete uma triste realidade dos nossos dias. A palavra Igreja expressa a idéia de ser convocado para sair, ou, um povo que se coloca aos pés do Senhor para aprender das suas palavras (Dt. 33:3; 2 Co. 6:17). O termo Comunidade descreve um dado grupo de pessoas, sem qualquer inferência de propósito. Devemos repudiar estas deformações e abraçar o que devemos ser: Membros da Igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade (1Tm. 3:15).

Conclusão: Em nossos dias, há um clamor por avivamento, e, sem dúvida alguma, a Igreja precisa de experimentar uma soberana intervenção da parte de Deus. O início de um avivamento acontece quando a Igreja, como um todo, começa a sentir uma consciência do pecado. E, para isso, o povo tem de ouvir novamente a lei de Deus sendo exposta com toda fidelidade, a clara pregação de Jesus Cristo e este crucificado.

Rev. Ivan G. G. Ross
Setembro de 2012      

sábado, 22 de setembro de 2012

A FUTILIDADE DA HERESIA





Leitura Bíblica: Colossenses 2: 16-23

INTRODUÇÃO:

Nos versículos anteriores, aprendemos algo sobre a Excelência de Cristo. O Apóstolo Paulo, explicando a razão da sua mudança espiritual, disse: “Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor” Fl. 3: 8. “O meu amado é alvo e rosado, o mais distinguido entre dez mil” Ct. 5: 10. Ele é a pérola de grande valor, Mt. 13: 45-46. Assim, discernimos a Supremacia de Cristo, lembrando da comparação entre Ele e a minimidade do homem pecador. Vimos a Substância de Cristo como o nosso Fiador. Ele pagou a dívida que incorremos por causa da nossa transgressão da santa lei de Deus. “Remido a preço tão real – o sangue do Senhor – com que pagar eu poderei tal graça, tal amor?” HNC. 43.

Na leitura de hoje, o Apóstolo mostra a futilidade de seguir a heresia que estava perturbando a Igreja em Colossos, descrevendo e refutando alguns dos artigos da sua crença. Infelizmente, alguns aspectos desta heresia  continuam em nossos dias, inclusive nas comunidades supostamente evangélicas. Vamos ao estudo.

1- As Provocações na Heresia, Vs. 16-17. Notemos a advertência enfática do Apóstolo: “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou de dias de festa, ou lua nova, ou sábados” V. 16. Os hereges sempre procuravam escravizar seus adeptos por toda sorte de proibições e pela guarda de certas obrigações, ensinando que estas observâncias eram necessárias a fim de merecer os favores de Deus. Porém, a Bíblia ensina: Não deixemos que nos julguem quando não observamos estas ordenanças caducadas. “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou (destas ordenanças). Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão” Gl. 5:1. As ordenanças da lei mosaica tinham o seu valor porque elas preparavam o povo para a vinda de Cristo. Mas, agora, Cristo já veio e nos ofereceu um novo regime. “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo” Jo. 1: 17. Estas “ordenanças” eram prejudiciais para o povo porque não tinham poder contra a sensualidade da natureza pecaminosa do homem; por isso, foram tomadas e encravadas na cruz. Pelo sacrifício de Cristo, elas foram consumadas e não têm mais regência sobre a nossa vida. “Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa da sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou cousa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus” Hb. 7: 18-19. Agora, no Novo Testamento, o que Deus procura são adoradores que o adoram em espírito e em verdade, nada de rituais externos, Jo. 4: 23-24. “Porque em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem valor algum, mas a fé que atua pelo amor” Gl. 5: 6. O que Deus requer de cada um de nós é a disposição para nos despojarmos do velho homem e nos revestirmos do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade, Ef. 4: 22-24.

Estas “ordenanças” foram transitórias, “impostas até ao tempo oportuno de reforma” Hb. 9:10. “Porque tudo isso tem sido sombra das cousas que haviam de vir; porém, o corpo é de Cristo” V. 17. Uma sombra existe porque a substância dela existe. No Antigo Testamento, muitas das realidades espirituais foram vistas como sombras da substância. Mas, com a vinda de Cristo, que é a substância, a sombra não tem mais utilidade. Então, porque insistir nas ordenanças de comida, quando Cristo é o Pão da Vida? Jo. 6: 35. Porque insistir nas ordenanças de bebidas, quando Cristo promete: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”? Jo. 7: 37. Porque observar os dias de festa religiosa, quando Cristo é o cumprimento de todos? Ele é o Senhor dos sábados, Mt. 12: 8. Ele é o nosso cordeiro pascal que foi imolado, 1 Co. 5: 7. “O corpo (a substância das ordenanças do Antigo Testamento) é de Cristo”. As imposições do herege são provocações que impedem a verdadeira espiritualidade.

2- As Projeções na Heresia, V. 18-19. Como os hereges se apresentam ao povo. É uma exibição do orgulho carnal. Portanto, “ninguém se faça árbitro contra vós outros” V. 18a. Não se sinta inferiorizado por causa destas projeções carnais, porque o nosso valor vem de Jesus Cristo. Não devemos nos sentir humilhados por causa desta projeção de uma espiritualidade supostamente superior. Quais são algumas destas projeções da heresia?

a) “Pretextando humildade e culto dos anjos” V. 18b. Basicamente, estão dizendo: Eu sou tão insignificante (humilde), e Cristo é tão separado de pecadores, que não me atrevo a me aproximar dele; mas os anjos são diferentes, são mais acessíveis, por isso, devemos invocá-los para interceder por nós. O mesmo tipo de culto existe em nossos dias quando a Virgem Maria é invocada para interceder por seus adeptos, pois dizem que ela é mais acessível do que Cristo. Devemos sentir a blasfêmia desta atitude, porque estão pisando sobre os atributos mais preciosos de Jesus Cristo, a saber, a sua proclamada acessibilidade e a sua demonstrada compaixão para com pecadores. Esta chamada “humilde” é nada mais do que a ostentação do orgulho do homem pecador.
b) “Baseando-se em visões” V. 18c. Eles procuram ostentar a espiritualidade superior à dos demais homens, afirmando que recebiam visões diretamente dos céus, comunicações extra bíblicas. Eles passavam por cima de Cristo, desprezando uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a necessidade indispensável da mediação de Jesus Cristo. “Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” 1Tm. 2: 5. 
c) Como é que o Apóstolo descreve o herege? “Enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal, não retendo a cabeça” V. 18d. É uma pessoa que, sem qualquer base, é extremamente orgulhosa, dominada por uma mente carnal, que não sente nenhuma necessidade da Pessoa de Jesus Cristo. Ficamos pensando: como pode alguém, com um conhecimento das Escrituras, mesmo que limitado, ficar iludido com tamanha presunção carnal? A única resposta que podemos oferecer, é: “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplenda a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” 2 Co. 4: 4.
d) O Apóstolo passa a descrever as características daquele que é, de fato, um homem de Deus. “Retendo a cabeça, da qual todo corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus” V. 19. O Apóstolo usa a figura do corpo humano para descrever o servo que é fiel a Deus. O corpo, ligado à cabeça, recebe a totalidade de sua vida em virtude desta união, por isso, cresce fisicamente. E, aplicando esta figura à nossa vida, esta união com Cristo é a fonte inesgotável da nossa espiritualidade. Esta união vital que temos com Cristo, a cabeça, é que promove o crescimento que procede de Deus. A exortação necessária é que cresçamos na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, 2 Pe. 3: 18.

3- As Proibições na Heresia, Vs. 20-22. O Apóstolo começa esta parte com uma outra pergunta: “Se morreste com Cristo, para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças?” V. 20. O Apóstolo está fazendo uma referência à experiência inicial com Cristo, a regeneração. “Se alguém está em Cristo, é nova criatura (as suas disposições sofreram uma transformação radical); as cousas antigas já passaram (aquelas superstições associadas com a vida religiosa, enfim, uma vida pecaminosa e sem Cristo, foram definitivamente abandonadas); eis que se fizeram novas” (assumimos um regime de novos valores espirituais, onde Cristo é o nosso Guia e Salvador), 2 Co. 5: 17.

A vida religiosa pode ser bastante complicada por causa de tantas interpretações estranhas, que não têm nenhuma referência à Pessoa de Jesus Cristo e à sua obra redentora. Portanto, a necessidade de sermos criteriosos, sabendo como julgar o que ouvimos, reter o que é bíblico e desprezar a escória. Por natureza, nascemos escravizados pelos rudimentos do mundo, os quais não conduzem a uma comunhão sensível com Deus. Mas, quando ouvimos e cremos no evangelho de Jesus Cristo, uma esperança nova nasce em nosso coração, somos libertados daquela escravidão. Em Cristo, passamos a desfrutar de uma vida cheia de alegrias indizíveis. Neste contexto, o Apóstolo faz a sua pergunta: Por que estais querendo sujeitar-vos, novamente, à escravidão de ordenanças inúteis, que “não têm valor algum contra a sensualidade?” Se nós somos salvos por Cristo Jesus, morremos “para os rudimentos do mundo”. Eles não têm mais valor para a nossa alma. Todas as vaidades deste mundo foram abandonadas a fim de dar lugar à “sublimidade do conhecimento de Cristo” Fl. 3: 8.

Quais são algumas destas ordenanças? São leis de limpeza (de origem humana) que aparentam autoridade como se fossem mandamentos imprescindíveis da parte de Deus. Um exemplo destas ordenanças foi o dever de lavar as mãos antes de comer, Mc. 7: 1-13. Neste sentido, o nosso texto faz alusão às leis dos hereges em Colossos: “Não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro” V. 21. 

Quais são as origens destes “rudimentos do mundo?” São “preceitos e doutrinas de homens” V. 22a. “Ora, o homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” 1 Co. 2: 14. Contudo, apesar destas limitações espirituais, o pecador insiste em determinar o seu próprio conceito de valores espirituais. O resultado é somente heresias pecaminosas que devem ser repudiadas com santo desprezo. Estas proibições, leis sobre o que se pode comer e beber, tratam de cousas materiais, que, com o uso, “se destroem” V. 22b. Depois de comer e beber, o que é que resta? Somente o refugo. Assim, as doutrinas de homens não têm nenhum poder para resolver as necessidades espirituais do homem pecador.

4- As Promoções na Heresia, V. 23. O herege se esforça para mostrar as vantagens da sua filosofia. Mas, por serem “os preceitos e doutrinas de homens”, que não promovem uma obediência a Cristo, tais práticas são meros exibismos de um orgulho pecaminoso. O Apóstolo menciona quatro destas promoções.

a) Uma “sabedoria” fictícia. É uma mera “aparência”, porém, não permanece em pé diante de uma investigação mais apurada. Todas as nossas opiniões têm que ser de acordo com as Escrituras. O Ap. Pedro ensinou: “Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus” 1 Pe. 4: 11. Se alguém estiver buscando a sabedoria verdadeira, ele deve chegar a Jesus Cristo “o qual se tornou da parte de Deus sabedoria” 1 Co. 1: 30. Em Cristo, temos tudo o que nossa alma precisa; se nos dirigimos aos homens imperfeitos, perderemos tudo, inclusive a própria esperança da vida eterna.

b) Um “culto de si mesmo”, um culto inventado pela própria vontade. Em termos práticos, este culto é: “Eu penso assim”, ou, “eu vivo de acordo com a minha consciência”. A Bíblia nos dá esta advertência: “Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens (nem em si mesmo), em quem não há salvação” Sl. 146: 3.

c) Uma “falsa humildade”. Uma humildade que gaba de seu zelo religioso não pode ser verdadeira. Um certo fariseu gabou do seu zelo, dizendo: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho”. Mas, apesar deste zelo, ele não foi justificado diante de Deus, porque todo que se exalta será humilhado e, “o que se humilha será exaltado” Lc. 18: 9-14. Este tipo de autopromoção é pura ostentação de si mesmo, e não tem nada a ver com a humildade verdadeira, porque despreza a dádiva de Deus, Jesus Cristo, “que nos amou, e, pelo seu sangue nos libertou dos nossos  pecados” Ap. 1: 5.

d) Um “rigor ascético”. Maltratando o corpo com flagelos físicos e abstenção de alimentos necessários, atos que, muitas vezes, foram praticados publicamente, Mt. 6:16. O próprio Lutero, quando era monge na Igreja Romana, flagelava o seu corpo para se penitenciar e subjugar as suas tendências pecaminosas. Feliz a pessoa que pode testemunhar: Cristo me libertou dos meus pecados, Ap. 1: 5.

e) Qual o resultado deste “rigor ascético?” Ele “não tem valor algum contra a sensualidade”. O pecado é um problema espiritual e tem que ser resolvido somente pelos recursos que o próprio Deus providenciou. E a providência principal foi a doação de seu próprio Filho que veio para buscar e salvar pecadores, Lc. 19: 10. O grande problema do pecador é a sua vontade teimosa e o seu espírito de independência. E, apesar de muitas oportunidades que os homens recebem, Cristo lamentou: “Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida” Jo. 5: 39-40.

Conclusão: À luz desta exposição, vamos atender a advertência do Ap. Paulo: “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo; porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade” Cl. 2: 8-9.


Rev. Ivan G. G. Ross