Leitura
Bíblia: Mateus 2:1-12
Introdução:
O Natal se aproxima! Todo mundo, de certa forma, tem uma noção básica dos
eventos relacionados com o nascimento de Jesus Cristo. Afinal, a celebração
anual do Natal mantém estes rudimentos vivos em nossa memória. Mas, vamos
oferecer-lhes esclarecimentos maiores sobre dois pontos que não costumam
receber muito destaque.
Quanto
ao nascimento virginal de Cristo, ele aconteceria mediante a instrumentalidade
de uma mulher virgem. “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um Filho, e Ele
será chamando pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mt. 1:23).
Assim, na plenitude do tempo, “o anjo Gabriel, enviado da parte de Deus,”
comunicou à virgem Maria: “Eis que conceberás e darás à luz um Filho, a quem
chamarás pelo nome de Jesus.” Mas, quando Maria recebeu esta notícia, ela logo
perguntou: “Como será isto, pois não tenho relações com homem algum?” Maria era
virgem, exatamente como a profecia dissera. “Respondeu-lhe o anjo: Descerá
sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua
sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de
Deus” (Lc.1:26-38). Esta doutrina se chama: “O Nascimento Virginal de Jesus
Cristo”, e é uma verdade essencial para se compreender melhor o plano para
salvar pecadores, porque destaca a intervenção de Deus na providência de um
Salvador.
Quanto
ao lugar humilde onde Jesus nasceu: A Bíblia ensina que Jesus “se esvaziou
(deixou seus direitos celestiais de lado), assumindo a forma de servo, tornando-se
em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se
humilhou” (Fl. 2:7-8). O primeiro ato desta humilhação foi nascer de mulher,
não num hospital bem equipado, antes, por um ato voluntário, sujeitou-se a ser
deitado em manjedoura, (Lc. 2:12). Um das razões desta humilhação foi demonstrar a sua acessibilidade. Ele é “manso
e humilde de coração”. E, com amor, Cristo nos convida: “Vinde a mim, todos os
que estais cansados e sobrecarregados (por uma consciência desorientada por
pecados não perdoados) e eu vos aliviarei,”
(dando-lhes pleno perdão), (Mt. 11:28).
A
nossa leitura nos mostra quais as atitudes de três grupos de personagens diante
da notícia do nascimento de Jesus Cristo.
1.
A Atitude de Herodes e, com ele, toda Jerusalém. São os inimigos de Cristo.
Ficamos impressionados com o impacto da religião do Antigo Testamento sobre
tantas pessoas, não apenas entre os judeus, mas, também, entre os gentios do
Oriente. De modo geral, todo mundo aguardava a prometida intervenção na
história humana, que seria o envio do Salvador, “que é Cristo, o Senhor” (Lc.
2:11). Simeão era um homem justo e piedoso, que esperava a vinda de Cristo, o
qual seria “a Consolação de Israel” (Lc. 2:25). Foi o Nosso Senhor que disse:
“Eu, eu sou aquele que vos consola” (Is. 51:12).
Entre
as pessoas que acreditavam na prometida vinda de Cristo, encontra-se também o
rei Herodes. Ao lermos o texto, não há como negar a sua convicção. Talvez os
motivos dele fosse duvidosos, contudo, ele acreditou na notícia do nascimento
de Jesus Cristo, e agiu de acordo. Mas em vez de alegrar-se com esta boa nova, “alarmou-se o rei Herodes,
e, com ele, toda a Jerusalém.” Todos ficaram
possuídos de grande medo das conseqüências desta intervenção divina.
Qual foi a atitude que nasceu no coração de todos? Cristo tem que ser rejeitado
e assassinado. Parece que estamos ouvindo o clamor do povo: “Não queremos que
este reine sobre nós” (Lc. 19:14). Sentimos a contradição que o pecado provoca.
Apesar da crença generalizada sobre a vinda de Cristo e os benefícios que Ele
traria, o povo, de modo geral, não quis recebê-lo, porque não queria o seu
senhorio. Cristo “veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo.
1:11). Assim, a partir da notícia de seu nascimento, Cristo passou a ser uma
pessoa perseguida. “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de
dores e que sabe o que é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto,
era desprezado e dele não fizemos caso” (Is. 53:3). Ò profundeza da perversão
humana!
Embora
o advento de Cristo seja comemorado todos os anos nos países cristãos, a
atitude do rei Herodes continua em nossos dias: a mensagem e a própria
existência de Cristo devem ser eliminadas da face da terra. Contudo, sabemos
que a Pessoa de Cristo não pode ser atingida, por isso, a oposição se dirige,
incansavelmente, contra os seus seguidores, provocando todo tipo de
perseguição, tais como: os divertimentos, as recreações e as atividades sociais
não deixam o povo pensar nos valores espirituais; pressões anti-cristãs encorajam a negligência dos padrões bíblicos,
e o resultado é uma licenciosidade e a prática de todo tipo de perversão moral.
E qual é o efeito desta perseguição sutil? A mortificação da consciência do
povo que passa a considerar que tudo é normal, inclusive os desvios morais mais
gritantes. Cristo adverte: “E por se multiplicar a iniqüidade, o amor (a
Cristo) se esfriará de quase todos” (Mt. 24:12).Qual é a resposta para nós, que
queremos permanecer fiéis a Cristo? A Bíblia nos aconselha: “Revesti-vos de
toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo;
porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados
e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças
espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef. 6:11-12).
2.
A Atitude dos Principais Sacerdotes e Escribas do Povo. São os espectadores
de Cristo. Novamente, ficamos impressionados com o conhecimento bíblico desses
líderes religiosos. Quando Herodes lhes perguntou sobre o lugar onde Cristo
deveria nascer, eles, sem qualquer indecisão, logo responderam: Em “Belém,
terra de Judá, sairá o Guia que há de apascentar o meu povo, Israel.” Sim,
estes espectadores também aguardavam a vinda do prometido Messias. Mas, o que
nos assusta é que, apesar deste conhecimento das Escrituras, eles não se
levantaram para conhecer pessoalmente o Cristo quando receberam a notícia do
seu nascimento. Um conhecimento que não produz a devida ação não tem nenhum
valor. Num certo sentido, estes religiosos viviam perto do reino de Deus,
gostavam de estudar a Bíblia e de falar sobre as suas verdades, porém, à
semelhança das virgens néscias, eles não se prepararam para o Dia Final, (Mt.
25:1-13).
Infelizmente,
a atitude desses espectadores continua em nossos dias. Tantas pessoas se
enganam pensando que algum conhecimento de Deus é o suficiente para garantir um
sossego espiritual. Sejamos advertidos, apesar do valor de um conhecimento
bíblico, este não é suficiente, é necessário que tenhamos um encontro pessoal
com Cristo, crendo nele para a salvação eterna da nossa vida. A Bíblia é clara
quando enfatiza: “O Pai ama ao Filho, e todas as cousas tem confiado às suas
mãos. Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém
rebelde contra o Filho (recusando um encontro pessoal com Ele) não verá a vida,
mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo. 3:35-36). Somos exortados: “ Lançai
de vós todas as vossas transgressões (inclusive a auto-confiança) e criai em
vós, coração novo e espírito novo; pois, por que morreríeis ó casa de Israel?
Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor teu Deus” (Ez.
18:31-32).
3.
A Atitude dos Magos do Oriente. São os seguidores de Cristo. Mais uma vez,
ficamos impressionados por causa da soberania de Deus que faz o evangelho
produzir resultados nos lugares mais distantes dos centros onde existe a
religião bíblica. Deus planejou a salvação eterna desses magos e, para
comunicar-lhes o seu intento, providenciou uma estrela especial, que, quando
interpretada pelo Espírito Santo,
anunciou-lhes o nascimento do esperado Salvador, Jesus Cristo. Ora, o
conhecimento que é devidamente recebido sempre produz uma ação. Assim, estes
homens foram tomados pela necessidade de conhecer, pessoalmente, o
recém-nascido Salvador. Por isso, demonstraram a sua fé, deram inicio à viagem
necessária para encontrarem-se com Ele. Não ficaram amedrontados pelos perigos
desta missão.
O
que acontece neste encontro espiritual? Os magos, quando viram o Menino, logo
reconheceram a sua Divindade, e, sem qualquer vacilação prostraram-se diante dele, e O adoraram. Esta disposição
deve ser a nossa também. O culto verdadeiro nunca é um ato isolado, é sempre
acompanhado por algo mais. Os magos trouxeram
ouro, incenso e mirra e depositaram tudo diante de seu Senhor e Salvador. E nós,
que cremos e que temos recebido tantos benefícios do Senhor, inclusive o perdão
de todos os nossos pecados e a esperança da vida eterna, como podemos
demonstrar a nossa gratidão? Entregamos a nossa própria vida a Ele,
confessando: “Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb. 10:9).
Agora, doravante, queremos viver em plena obediência àquele que nos amou, e a si
mesmo se entregou por nós, dando a sua própria vida como o preço necessário
para a nossa salvação.
Conclusão:
Qual será a sua atitude durante as festividades deste Natal? Não seja inimigo
de Cristo e nem uma pessoa descomprometida. Seja um reconhecido seguidor de
Jesus Cristo, demonstrando a sua fé mediante uma vida santa e irrepreensível.
Que o Natal traga para você um
verdadeiro encontro salvador com Jesus
Cristo.
Rev.
Ivan G. G. Ross
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