Vasos de Honra

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

ATITUDES COMUNS DURANTE O NATAL




Leitura Bíblia: Mateus 2:1-12

Introdução: O Natal se aproxima! Todo mundo, de certa forma, tem uma noção básica dos eventos relacionados com o nascimento de Jesus Cristo. Afinal, a celebração anual do Natal mantém estes rudimentos vivos em nossa memória. Mas, vamos oferecer-lhes esclarecimentos maiores sobre dois pontos que não costumam receber muito destaque.

Quanto ao nascimento virginal de Cristo, ele aconteceria mediante a instrumentalidade de uma mulher virgem. “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um Filho, e Ele será chamando pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mt. 1:23). Assim, na plenitude do tempo, “o anjo Gabriel, enviado da parte de Deus,” comunicou à virgem Maria: “Eis que conceberás e darás à luz um Filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus.” Mas, quando Maria recebeu esta notícia, ela logo perguntou: “Como será isto, pois não tenho relações com homem algum?” Maria era virgem, exatamente como a profecia dissera. “Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lc.1:26-38). Esta doutrina se chama: “O Nascimento Virginal de Jesus Cristo”, e é uma verdade essencial para se compreender melhor o plano para salvar pecadores, porque destaca a intervenção de Deus na providência de um Salvador.

Quanto ao lugar humilde onde Jesus nasceu: A Bíblia ensina que Jesus “se esvaziou (deixou seus direitos celestiais de lado), assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou” (Fl. 2:7-8). O primeiro ato desta humilhação foi nascer de mulher, não num hospital bem equipado, antes, por um ato voluntário, sujeitou-se a ser deitado em manjedoura, (Lc. 2:12). Um das razões desta humilhação foi  demonstrar a sua acessibilidade. Ele é “manso e humilde de coração”. E, com amor, Cristo nos convida: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados (por uma consciência desorientada por pecados não perdoados) e eu vos aliviarei,”  (dando-lhes pleno perdão), (Mt. 11:28).

A nossa leitura nos mostra quais as atitudes de três grupos de personagens diante da notícia do nascimento de Jesus Cristo.

1. A Atitude de Herodes e, com ele, toda Jerusalém. São os inimigos de Cristo. Ficamos impressionados com o impacto da religião do Antigo Testamento sobre tantas pessoas, não apenas entre os judeus, mas, também, entre os gentios do Oriente. De modo geral, todo mundo aguardava a prometida intervenção na história humana, que seria o envio do Salvador, “que é Cristo, o Senhor” (Lc. 2:11). Simeão era um homem justo e piedoso, que esperava a vinda de Cristo, o qual seria “a Consolação de Israel” (Lc. 2:25). Foi o Nosso Senhor que disse: “Eu, eu sou aquele que vos consola” (Is. 51:12).

Entre as pessoas que acreditavam na prometida vinda de Cristo, encontra-se também o rei Herodes. Ao lermos o texto, não há como negar a sua convicção. Talvez os motivos dele fosse duvidosos, contudo, ele acreditou na notícia do nascimento de Jesus Cristo, e agiu de acordo. Mas em vez de alegrar-se  com esta boa nova, “alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém.” Todos ficaram  possuídos de grande medo das conseqüências desta intervenção divina. Qual foi a atitude que nasceu no coração de todos? Cristo tem que ser rejeitado e assassinado. Parece que estamos ouvindo o clamor do povo: “Não queremos que este reine sobre nós” (Lc. 19:14). Sentimos a contradição que o pecado provoca. Apesar da crença generalizada sobre a vinda de Cristo e os benefícios que Ele traria, o povo, de modo geral, não quis recebê-lo, porque não queria o seu senhorio. Cristo “veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo. 1:11). Assim, a partir da notícia de seu nascimento, Cristo passou a ser uma pessoa perseguida. “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado e dele não fizemos caso” (Is. 53:3). Ò profundeza da perversão humana!

Embora o advento de Cristo seja comemorado todos os anos nos países cristãos, a atitude do rei Herodes continua em nossos dias: a mensagem e a própria existência de Cristo devem ser eliminadas da face da terra. Contudo, sabemos que a Pessoa de Cristo não pode ser atingida, por isso, a oposição se dirige, incansavelmente, contra os seus seguidores, provocando todo tipo de perseguição, tais como: os divertimentos, as recreações e as atividades sociais não deixam o povo pensar nos valores espirituais; pressões anti-cristãs  encorajam a negligência dos padrões bíblicos, e o resultado é uma licenciosidade e a prática de todo tipo de perversão moral. E qual é o efeito desta perseguição sutil? A mortificação da consciência do povo que passa a considerar que tudo é normal, inclusive os desvios morais mais gritantes. Cristo adverte: “E por se multiplicar a iniqüidade, o amor (a Cristo) se esfriará de quase todos” (Mt. 24:12).Qual é a resposta para nós, que queremos permanecer fiéis a Cristo? A Bíblia nos aconselha: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef. 6:11-12). 

2. A Atitude dos Principais Sacerdotes e Escribas do Povo. São os espectadores de Cristo. Novamente, ficamos impressionados com o conhecimento bíblico desses líderes religiosos. Quando Herodes lhes perguntou sobre o lugar onde Cristo deveria nascer, eles, sem qualquer indecisão, logo responderam: Em “Belém, terra de Judá, sairá o Guia que há de apascentar o meu povo, Israel.” Sim, estes espectadores também aguardavam a vinda do prometido Messias. Mas, o que nos assusta é que, apesar deste conhecimento das Escrituras, eles não se levantaram para conhecer pessoalmente o Cristo quando receberam a notícia do seu nascimento. Um conhecimento que não produz a devida ação não tem nenhum valor. Num certo sentido, estes religiosos viviam perto do reino de Deus, gostavam de estudar a Bíblia e de falar sobre as suas verdades, porém, à semelhança das virgens néscias, eles não se prepararam para o Dia Final, (Mt. 25:1-13).

Infelizmente, a atitude desses espectadores continua em nossos dias. Tantas pessoas se enganam pensando que algum conhecimento de Deus é o suficiente para garantir um sossego espiritual. Sejamos advertidos, apesar do valor de um conhecimento bíblico, este não é suficiente, é necessário que tenhamos um encontro pessoal com Cristo, crendo nele para a salvação eterna da nossa vida. A Bíblia é clara quando enfatiza: “O Pai ama ao Filho, e todas as cousas tem confiado às suas mãos. Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho (recusando um encontro pessoal com Ele) não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo. 3:35-36). Somos exortados: “ Lançai de vós todas as vossas transgressões (inclusive a auto-confiança) e criai em vós, coração novo e espírito novo; pois, por que morreríeis ó casa de Israel? Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor teu Deus” (Ez. 18:31-32).

3. A Atitude dos Magos do Oriente. São os seguidores de Cristo. Mais uma vez, ficamos impressionados por causa da soberania de Deus que faz o evangelho produzir resultados nos lugares mais distantes dos centros onde existe a religião bíblica. Deus planejou a salvação eterna desses magos e, para comunicar-lhes o seu intento, providenciou uma estrela especial, que, quando interpretada  pelo Espírito Santo, anunciou-lhes o nascimento do esperado Salvador, Jesus Cristo. Ora, o conhecimento que é devidamente recebido sempre produz uma ação. Assim, estes homens foram tomados pela necessidade de conhecer, pessoalmente, o recém-nascido Salvador. Por isso, demonstraram a sua fé, deram inicio à viagem necessária para encontrarem-se com Ele. Não ficaram amedrontados pelos perigos desta missão.

O que acontece neste encontro espiritual? Os magos, quando viram o Menino, logo reconheceram a sua Divindade, e, sem qualquer vacilação prostraram-se  diante dele, e O adoraram. Esta disposição deve ser a nossa também. O culto verdadeiro nunca é um ato isolado, é sempre acompanhado por algo mais. Os magos  trouxeram ouro, incenso e mirra e depositaram tudo diante de seu Senhor e Salvador. E nós, que cremos e que temos recebido tantos benefícios do Senhor, inclusive o perdão de todos os nossos pecados e a esperança da vida eterna, como podemos demonstrar a nossa gratidão? Entregamos a nossa própria vida a Ele, confessando: “Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb. 10:9). Agora, doravante, queremos viver em plena obediência àquele que nos amou, e a si mesmo se entregou por nós, dando a sua própria vida como o preço necessário para a nossa salvação.

Conclusão: Qual será a sua atitude durante as festividades deste Natal? Não seja inimigo de Cristo e nem uma pessoa descomprometida. Seja um reconhecido seguidor de Jesus Cristo, demonstrando a sua fé mediante uma vida santa e irrepreensível. Que o Natal traga para você  um verdadeiro encontro salvador com  Jesus Cristo.

Rev. Ivan G. G. Ross             

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