Vasos de Honra

sábado, 25 de fevereiro de 2012

OUÇA A PALAVRA DO ESPÍRITO




Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus” (Ap. 2:7).

Deus fala no céu e o homem ouve a sua palavra na terra.Não existe uma maravilha maior do que esta comunicação. Muito melhor do que todas as realizações técnicas dos homens nas áreas de rádio e televisão, de conexões via satélite e sistemas sofisticados de computador.

O relacionamento perfeito que existiu, há muito, no passado, entre Deus e Adão, no paraíso, tem sido obliterado. O homem rompeu toda esta comunicação. E assim, ele não apenas perdeu algo de uma só vez. Ele tornou-se um perdedor inato.

Todos nós somos perdedores. Todavia, o Espírito de Deus pode conduzir o homem à vitória. Deus não quer ver os homens perdidos por serem perdedores. Por esta razão Ele fala incessantemente ao homem. A Sua palavra é uma palavra de vitória. Ele exorta-nos a ouvir o que o Espírito diz.

É nosso privilégio ouvir a palavra de Deus.

Dependendo da nossa disposição, podemos ouvir a Sua palavra em qualquer momento. É uma mera questão de abrir o Seu Livro. Contudo, mais uma vez, isto não é tão fácil. E nem é uma mera questão de costume. Visto que o homem caiu voluntariamente no pecado, Deus não tem mais nenhuma obrigação de cuidar dele. Ele podia ter permanecido calado, porém, em sua misericórdia, Ele falou mais uma vez – e Ele continua a falar! Ele falou para que os homens pudessem ouvir e dar uma resposta. Esta é a maravilha da revelação. Deus desvendou as coisas ocultas. Ele devolveu o que tinha sido perdido.

Em tudo isso, desde o inicio, o Filho de Deus tinha um papel essencial. Por isso, o apostolo João O chama “A Eterna Palavra de Deus. Ele é a Palavra anunciada ao povo de Deus através dos Profetas, que tornou-se um de nós em de semelhança de homem. Por intermédio dele, Deus fala conosco. Todavia, um ponto deve ser claramente entendido: se não fosse por causa da obra do Espírito Santo, homem algum teria reconhecido esta Palavras – muito menos a teria compreendido. O papel do Espírito de Deus é tão essencial neste ponto quanto o do Filho.

Na realidade, o Espírito tem uma dupla missão relacionada à revelação de Deus para nós. Por inspiração Ele nos deu a palavra de Deus de tal forma que ela é de total confiança. Por iluminação  Ele nos conduz a reconhecer e a compreender a palavra. Por isso sabemos que Deus fala conosco. Também sabemos exatamente  o que Ele quer dizer a nós. A sua palavra tem uma mensagem central: Deus reina como Rei; Ele procura ser reconhecido com Rei; mediante a obra vitoriosa de Cristo, Ele há de ser reconhecido como Rei. Não há nada que possa mudar esta realidade. Mas, Ele também quer o nosso envolvimento. Deus quer que a Sua regência seja reconhecida na terra no presente momento.

De que maneira?  Através das vidas vitoriosas daqueles que crêem em Jesus Cristo. As nossas vidas devem ser sinais de Sua vitória. Por esta razão Ele permite que ouçamos a Sua voz de maneira muito pessoal.

Porém, cabe a nós o dever de escutar a Sua Palavra.

Todas as pessoas podem ouvir a Sua palavra, porém, nem todas estão dispostas a escutá-la. E, novamente,, esta é a obra do Espírito Santo: fazer as pessoas  prestar atenção à Sua palavra. Nisto, Ele não passa por cima da nossa própria responsabilidade. Deus exige: devemos ouvir e prestar atenção. Mediante o Seu Espírito Santo, Ele coloca no coração do homem o desejo de ouvir, porém, de tal maneira que é o próprio homem que ouve e que procura entender.

Quando Deus fala, nós devemos escutar. Este é um mandamento muito claro. Não apenas no livro do Apocalipse, mas sim, em cada parte da Bíblia. Contudo, o homem pode desassociar-se desta palavra. Talvez esta seja uma das possibilidades mais temíveis que pode acontecer: que um ser humano diga ao Deus Todo-Poderoso que não quer ouvi-lo, nem tomar interesse por Ele. Deus procura ser ouvido, porém, o homem pode ignorá-lo. Existem muitas pessoas que fazem exatamente isto.

Certamente você já tem conversado com alguém e percebido que este não está prestando a mínima atenção. Sim, isto dói. É um insulto. Esta é também a experiência constante de Deus. O povo deixa-o falar ininterruptamente, enquanto seus pensamentos estão longe, planejando cousas que julgam ser bem mais importante do que a palavra de Deus.Isaias convocou o seu povo por esta razão: “Ouvi-me atentamente, comei o que é bom, e vos deleitareis com finos manjares. Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim, ouvi, e a vossa alma viverá”(Is. 55:2-3)

O que é que o homem deve ouvir? Ele deve ouvir o que o Espírito diz. Pois é o Espírito que esclarece a verdade que Ele mesmo deu aos autores das Escrituras Sagradas. Pelo ouvir da palavra os nossos corações são iluminados  pelo Espírito.

Todavia, nós mesmos temos de escutar com máxima tenção. Podemos ouvir uma palavra de exortação ou um chamado para o serviço. E achamos que isto é muito bom. Podemos ouvir uma palavra de advertência ou até mesmo de repreensão. E esta pode ser um tanto desagradável...

Mas mesmo assim: a palavra dirigida a toda humanidade. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz” (Ap. 2:7). Em cada ocasião, esta palavra traz a mensagem de uma vida vitoriosa no poder do Espírito Santo.

A palavra é sempre um chamado à obediência.

Tudo o que Deus revela  - quem Ele é, o que Ele quer, o que Ele promete, o que Ele faz – é um chamado a uma atividade. Ouça e preste atenção. Ele exorta o homem à obediência. É uma questão de máxima prioridade, “pois o tempo está próximo”( Ap. 1:3)

Esta obediência é nada mais, nada menos do que uma vida vitoriosa, que é inseparavelmente ligada a uma promessa do Deus vivo: “Ao vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus”(Ap. 2:7).

Esta vitória, porém, não acontece sem um esforço da nossa parte. Em nosso mundo, o mal exerce um poder formidável. O cristão jamais estará livre da tentação, nem da opressão. Não é uma tarefa tranqüila permanecer como um verdadeiro crente em nosso mundo moderno e numa época de secularização. E esta vitória não significa derrotar a tentação apenas uma ou duas vezes e nem milhares de vezes. Esta é uma vida inteira de vitória. Em cada dia e em todas as circunstâncias, a vitória deve estar em evidência.     

Deus exige uma devoção completa: uma vida de obediência verdadeira. De fato, Cristo cumpriu a lei por nós.Porém, isto não significa que a lei de Deus não tenha mais relevância para nós. O seu caráter imperativo ainda permanece. Deus continua sendo glorificado através da nossa obediência e Seus mandamentos.

Obediência à lei não é de forma alguma o caminho para alcançar a vida vitoriosa. Ao contrario, esta obediência já indica um viver vitorioso mediante o poder do Espírito Santo.

Este foi o chamado para as sete igrejas da província da Ásia, porém,continua sendo o desafio para os homens do século vinte e um.

Para ouvir a Sua Palavra,
Para prestar máxima atenção,
Para viver de acordo,
Para experimentar a graça do Espírito Santo.  


1º Cap. do livro VITÓRIA - A Obra do Espírito Santo de Pieter C. Potgister
Tradução Rev. Ivan G. G. Ross 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

EXULTAÇÃO E A EXORTAÇÃO DO SENHOR.





Vinde, adoremos e prostemo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou” (Sl. 95:6)

O Salmos 95 possivelmente era cantados nos dias de festas. Um dos motivos centrais das festas era a comemoração da soberania de Deus. “Por que  o Senhor é o Deus Supremo, e o Grande Rei acima de todos os deuses” (Salmo 95:3). Podemos pensar nas grandes obras da redenção que estas festas comemoraram: A saída da escravidão egípcia que antecipava a redenção maior que seria realizada por Cristo, o Redentor e Salvador do povo de Deus. A festa do Purim, cujas origens estão no Livro de Ester é outro exemplo da soberania de Deus na redenção de seu povo.

O Salmo 95  tem duas divisões principais: A primeira é a exultação no Senhor e a segunda é a Exortação do Senhor.

Os versículos de 1 a 7 fala da  exultação no Senhor.

O lugar especifico para realizar esta exultação é o culto. Observemos os quatros verbos na primeira pessoa do plural: cantemos, celebremos, saiamos e vitoriemo-lo. Cada verbo tem sua explicação de como devemos exultar e a quem devemos dirigir o nosso louvor.

Cantemos ao Senhor com júbilo. É um convite urgente,  uma necessidade a ser cumprida. Este canto deve ser feito com júbilo, expressando as profundezas do nosso ser agradecido.

Celebremos o rochedo da nossa salvação; a Base imutável, e o Autor fiel da nossa salvação, que no Novo Testamento é Jesus Cristo.

Saiamos  ao seu encontro com ações de graça. Saiamos com pressa ao encontro do Senhor. A necessidade de manifestar a nossa gratidão não pode sofrer nenhum atraso.

Vitoriemo-lo com salmos. Vamos aproximar-nos de sua presença com corações agradecidos, reconhecendo todos os benefícios recebidos e, em adoração, proclamando com hinos triunfantes a alegria que está dentro de nós pelo privilégio deste louvor.

O motivo para exultar no Senhor, O Salmo apresenta três motivos, pelos quais reconhecemos a soberania absoluta de Deus.

O primeiro, O Senhor é Deus Supremo. “O Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo” (Is. 57:15.)

O Segundo, Ele é o grande Rei acima de todos os deuses. A superioridade da soberania de Deus anula as divindades humanas, que por natureza não são deuses, (Gl. 4:8.)

O terceiro, Ele é o grande Criador de todas as coisas e retêm o governo absoluto sobre as profundezas, sobre as alturas, e sobre os mares e os continentes.

Como devemos prestar esta exultação diante do Senhor?  A maneira externa pela qual prestamos culto a Deus é importante porque reflete a atitude interna do coração. A atitude interior do coração, a humildade,  deve ser cultivada. “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus”.Devemos submeter-nos diante das circunstâncias desta vida, porque são expressões da vontade de Deus para o nosso bem.

“Ele é o nosso Deus, e nós o povo do se pasto, e ovelhas de sua mão”.A figura do pastor e rebanho mostra o  domínio absoluto e  cuidado providencial que o Senhor usa para com seu povo. O verdadeiro culto emana de uma devida compreensão da aliança entre Deus e o seu povo.

Devemos reconhecer que a repentina mudança de Exultação para Exortação não é um acidente literário. Exultação no Senhor não garante uma felicidade sem qualquer preocupação. Israel saiu da opressão egípcia com grande exultação diante do Senhor, porém, com as dificuldades que tinha de enfrentar no deserto, logo rebelou-se contra o Senhor. Somos exortados a não repetir as incoerências dos nossos antepassados.

A frase: “Hoje, se ouvirdes a sua voz,”deve ser entendida como a introdução do salmista. O que segue são as palavras do Senhor. O termo “Hoje”  tem uma ênfase urgente e fortíssima; ontem já passou e não mais existe, amanhã não é uma garantia absoluta – a morte não espera ser convidada – Hoje, portanto, é “o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação” (2 Co. 6:2).

Há um perigo a ser reconhecido. O perigo é o endurecimento do coração contra o Senhor. Sim, mesmo em pleno gozo das mais preciosas bênçãos, este endurecimento pode acontecer. Aconteceu no meio dos Israelitas em Meribá no dia de Massa, quando faltou-lhe água, (Ex. 17:1-7). A incredulidade é a causa deste endurecimento. Vejam a exortação contra este perigo em Hb 3: 12-13.

“Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrario, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado.”

Há um padrão a ser rejeitado,  “E viu Israel o grande poder que o Senhor exerceu contra os egípcios” (Ex. 14:31). Dias mais tarde, Israel estava comendo diariamente carne e maná como provas do poder e da presença do Senhor. Apesar desta abundância providencial, Israel contendia com o Senhor, tentando-o , dizendo: “Está o Senhor no meio de nós, ou não” (Ex.17:7). quando os nossos desejos particulares não são prontamente atendidos, é tão fácil cair no padrão de Israel e contender com o Senhor, tentando-o com exigências de providencia imediata.

Existe também um perigo a ser repugnado. Contender com o Senhor é sempre uma briga perdida. Pôr o Senhor à prova é sempre um pecado caríssimo. Os cadáveres de uma geração inteira ficaram prostrados no deserto por isso; o pleno cumprimento das promessas estava tão próximo, mas não lhes foi permitido entrar no descanso. A ira do Senhor foi provocada e o povo colheu as conseqüências de um coração transviado.

Deus é soberano e seus propósitos jamais serão frustrados. “Este é o designo que se formou concernente à toda a terra;... quem, pois o invalidará?A mão do Senhor está estendida; quem, pois,a fará voltar atrás?” (Is.14:26-27).                      






Rev. Ivan G. G. Ross