“Vinde, adoremos e prostemo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou” (Sl. 95:6)
O Salmos 95 possivelmente era cantados nos dias de festas. Um dos motivos centrais das festas era a comemoração da soberania de Deus. “Por que o Senhor é o Deus Supremo, e o Grande Rei acima de todos os deuses” (Salmo 95:3). Podemos pensar nas grandes obras da redenção que estas festas comemoraram: A saída da escravidão egípcia que antecipava a redenção maior que seria realizada por Cristo, o Redentor e Salvador do povo de Deus. A festa do Purim, cujas origens estão no Livro de Ester é outro exemplo da soberania de Deus na redenção de seu povo.
O Salmo 95 tem duas divisões principais: A primeira é a exultação no Senhor e a segunda é a Exortação do Senhor.
Os versículos de 1 a 7 fala da exultação no Senhor.
O lugar especifico para realizar esta exultação é o culto. Observemos os quatros verbos na primeira pessoa do plural: cantemos, celebremos, saiamos e vitoriemo-lo. Cada verbo tem sua explicação de como devemos exultar e a quem devemos dirigir o nosso louvor.
Cantemos ao Senhor com júbilo. É um convite urgente, uma necessidade a ser cumprida. Este canto deve ser feito com júbilo, expressando as profundezas do nosso ser agradecido.
Celebremos o rochedo da nossa salvação; a Base imutável, e o Autor fiel da nossa salvação, que no Novo Testamento é Jesus Cristo.
Saiamos ao seu encontro com ações de graça. Saiamos com pressa ao encontro do Senhor. A necessidade de manifestar a nossa gratidão não pode sofrer nenhum atraso.
Vitoriemo-lo com salmos. Vamos aproximar-nos de sua presença com corações agradecidos, reconhecendo todos os benefícios recebidos e, em adoração, proclamando com hinos triunfantes a alegria que está dentro de nós pelo privilégio deste louvor.
O motivo para exultar no Senhor, O Salmo apresenta três motivos, pelos quais reconhecemos a soberania absoluta de Deus.
O primeiro, O Senhor é Deus Supremo. “O Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo” (Is. 57:15.)
O Segundo, Ele é o grande Rei acima de todos os deuses. A superioridade da soberania de Deus anula as divindades humanas, que por natureza não são deuses, (Gl. 4:8.)
O terceiro, Ele é o grande Criador de todas as coisas e retêm o governo absoluto sobre as profundezas, sobre as alturas, e sobre os mares e os continentes.
Como devemos prestar esta exultação diante do Senhor? A maneira externa pela qual prestamos culto a Deus é importante porque reflete a atitude interna do coração. A atitude interior do coração, a humildade, deve ser cultivada. “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus”.Devemos submeter-nos diante das circunstâncias desta vida, porque são expressões da vontade de Deus para o nosso bem.
“Ele é o nosso Deus, e nós o povo do se pasto, e ovelhas de sua mão”.A figura do pastor e rebanho mostra o domínio absoluto e cuidado providencial que o Senhor usa para com seu povo. O verdadeiro culto emana de uma devida compreensão da aliança entre Deus e o seu povo.
Devemos reconhecer que a repentina mudança de Exultação para Exortação não é um acidente literário. Exultação no Senhor não garante uma felicidade sem qualquer preocupação. Israel saiu da opressão egípcia com grande exultação diante do Senhor, porém, com as dificuldades que tinha de enfrentar no deserto, logo rebelou-se contra o Senhor. Somos exortados a não repetir as incoerências dos nossos antepassados.
A frase: “Hoje, se ouvirdes a sua voz,”deve ser entendida como a introdução do salmista. O que segue são as palavras do Senhor. O termo “Hoje” tem uma ênfase urgente e fortíssima; ontem já passou e não mais existe, amanhã não é uma garantia absoluta – a morte não espera ser convidada – Hoje, portanto, é “o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação” (2 Co. 6:2).
Há um perigo a ser reconhecido. O perigo é o endurecimento do coração contra o Senhor. Sim, mesmo em pleno gozo das mais preciosas bênçãos, este endurecimento pode acontecer. Aconteceu no meio dos Israelitas em Meribá no dia de Massa, quando faltou-lhe água, (Ex. 17:1-7). A incredulidade é a causa deste endurecimento. Vejam a exortação contra este perigo em Hb 3: 12-13.
“Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrario, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado.”
Há um padrão a ser rejeitado, “E viu Israel o grande poder que o Senhor exerceu contra os egípcios” (Ex. 14:31). Dias mais tarde, Israel estava comendo diariamente carne e maná como provas do poder e da presença do Senhor. Apesar desta abundância providencial, Israel contendia com o Senhor, tentando-o , dizendo: “Está o Senhor no meio de nós, ou não” (Ex.17:7). quando os nossos desejos particulares não são prontamente atendidos, é tão fácil cair no padrão de Israel e contender com o Senhor, tentando-o com exigências de providencia imediata.
Existe também um perigo a ser repugnado. Contender com o Senhor é sempre uma briga perdida. Pôr o Senhor à prova é sempre um pecado caríssimo. Os cadáveres de uma geração inteira ficaram prostrados no deserto por isso; o pleno cumprimento das promessas estava tão próximo, mas não lhes foi permitido entrar no descanso. A ira do Senhor foi provocada e o povo colheu as conseqüências de um coração transviado.
Deus é soberano e seus propósitos jamais serão frustrados. “Este é o designo que se formou concernente à toda a terra;... quem, pois o invalidará?A mão do Senhor está estendida; quem, pois,a fará voltar atrás?” (Is.14:26-27).
Rev. Ivan G. G. Ross
Parabéns. Excelente artigo. Num mundo cheio de heresias, eis um conteúdo genuinamente BÌBLICO.
ResponderExcluirObrigado pela idéia deste blog.
Abraços
Missionária Waldete - Coxim-MS