Vasos de Honra

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Curso Preparatório para a Pública Profissão de Fé


Sinopse

- A Pública Profissão de Fé
- As Escrituras Sagradas
- A Trindade
- A Existência de Deus
- A Divindade de Cristo
- O Senhorio de Jesus Cristo
- A Encarnação de Jesus Cristo
- A Morte de Cristo
- A Ressurreição de Cristo
- A Ascensão de Cristo
- A Realeza de Cristo
- A Segunda Vinda de Cristo
- O Espírito Santo
- O Batismo com o Espírito Santo
- A Habitação do Espírito Santo
- A Igreja
- A Comunhão dos Santos
- A Remissão dos Pecados
- A Ressurreição do Corpo
- A Vida Eterna
- O Batismo e a Ceia do Senhor
- O Batismo: Alcance, Significado e Aplicação
- A Ceia do Senhor
- O Governo da Igreja

Ficha Técnica

  • Título: Curso Preparatório para a Pública Profissão de Fé - Professor - 2ª edição
  • Autor(es): Ivan G. Grahan Ross
  • Código: CEP-0403
  • Páginas: 28
  • Tamanho: 16 x 23 x 0,2 cm
  • Acabamento: Brochura
  • Peso: 65g
  • Categoria: Livros - Crescimento e discipulado
  • Ítens inclusos: 1 Livro


sábado, 26 de janeiro de 2013

Disposições Espirituais







“Clamou este aflito, e o Senhor ouviu e o livrou de todas as suas tribulações”  (Salmo 34:6)

Uma oração em momentos de aflição pode ser o início de muitas bênçãos espirituais. O Salmista fez este apelo para todos os que estão passando por tempos difíceis: “Oh! Provai e vede que o Senhor é bom” (Sl 34:8). É necessário agir a fim de experimentar a bondade do Senhor. Cristo convida: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados.” E qual será a recompensa se chegarmos aos pés de Cristo? “Achareis descanso para as vossas almas” (Mt. 11: 28-29).

1. O Conflito do Salmista: “Clamou este aflito" (este necessitado em Pv. 31:20). O Salmista reconheceu a sua necessidade, não havia quem o socorresse senão o Senhor, que é “abundante em benignidade para com todos o que o invocam” (Sl. 86:5).  A misericórdia do Senhor é inesgotável, porque “dura para sempre” (Sl. 100:5). Nesta oração, o Salmista usou a tão necessária humildade em sua súplica, pois conhecia os caminhos do Senhor. “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tg. 4:6).

2. O Contentamento do Salmista: “E o Senhor o ouviu”. O Salmista podia confessar: “Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas” (Sl. 116:1). E, em outro lugar, ele reconheceu: “Se eu no coração contemplar a vaidade, o Senhor não me teria ouvido. Entretanto, Deus tem me ouvido e me tem atendido a voz da minha oração” (Sl 66:18-19). O pecado impede que a oração seja ouvida, portanto, tem que ser confessado, abandonado e perdoado para que o Senhor possa ouvir a súplica (1Jo. 1:9).

3. O Conseguimento do Salmista: “E o livrou de todas as suas tribulações.”  Reconhecemos que o Senhor realmente nos liberta das nossa tribulações, porém, nem sempre em termos de eliminação do problema. Apesar de suas muitas e persistentes tribulações, o Ap. Paulo confessou: “De todas, entretanto, me livrou o Senhor” ( 2 Tm. 3:11). Como? Ele foi libertado da angústia das tribulações. O seu “espinho na carne” não foi retirado, porém, o Senhor lhe deu esta promessa; “A minha graça te basta” (2 Co. 12:7-10). No meio de suas tribulações, o apóstolo foi sustentado pela graça de Deus – a fonte da sua vida vitoriosa.

Na vida cristã, temos que cultivar disposições espirituais, e, assim fazendo, seremos mais que vencedores por meio de Jesus Cristo. (Rm. 8:37).    

Rev. Ivan G. G. Ross
26 de Janeiro de 2013 

O PRIMEIRO MILAGRE




Leitura: João 2:1-12

“Então [Jesus]  lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-sala. Eles o fizeram.”

O Segundo capítulo  registra o inicio do ministério de Jesus. É sugestivo notar que este ministério começou com um casamento e será encerrado com outro, quando Cristo for eternamente unido à Sua Igreja (Ap.19:9). Semelhantemente, o primeiro ato foi um milagre. O primeiro passo na vida cristã começa com um milagre: o novo nascimento. O ultimo ato será outro milagre: a ressurreição de nossos corpos dentre os mortos.

1. As Primeiras Informações (V. 1-4). Quando Cristo está presente no casamento, Ele toma conhecimento de todas as necessidades que possam surgir. Aqui, a falta foi simples, porém, bem urgente. Neste suprimento, Jesus estabeleceu um padrão de ação.

2. As Primeiras Instruções (V. 5-8). Eis o padrão: Jesus lhes determinou e eles o fizeram. É sempre assim. Temos de obedecer as instruções. A fé sempre se manifesta através da obediência. Disse Jesus: “Faça-se vos conforme a vossa fé”.

3. As Primeiras Iniciações (V 9-12). “Sabiam os serventes que haviam tirado a água”, mas mesmo assim levaram ao mestre-sala. Quão grande foi a surpresa dele quando experimentaram este bom vinho! Com Jesus, o fim é sempre o melhor.

Quais são as manifestações da nossa fé?

Oração: Damos-Te graças, Senhor, por todas as Tuas condescendências em nosso favor. Ajuda-nos a segui as Tuas normas de apropriação. Em nome de Jesus, Amém.

Rev. Ivan G. G. Ross

sábado, 12 de janeiro de 2013

CRISTO AMA A SUA IGREJA





Introdução: A Igreja é composta de todos os que são “santificados em Jesus Cristo, chamados para serem santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (1Co. 1:2), ou, a definição da nossa Confissão de Fé, Cap. 25: “A Igreja Universal, que é invisível (no sentido que só Cristo sabe quais são os seus) consiste do número total dos eleitos que já foram, dos que agora são e dos que ainda serão reunidos em um só corpo, sob Cristo, sua cabeça; ela é a esposa, o corpo, a plenitude daquele que enche tudo em todas as coisas (Ef. 1:10, 22, 23; Cl. 1:18; Ef. 5:23,27,32.)” Este é o povo que Jesus Cristo ama com um “amor eterno” (Jr. 31:3).

Cremos que a Igreja de Deus existia no Antigo Testamento e continua no Novo Testamento. Qual é a base para acreditar nesta continuidade? Porque, desde o princípio, o povo “começou a invocar o nome do Senhor” (Gn. 4:26). Estes piedosos foram salvos pelo mesmo ato de nós, isto é, pela fé na providência gratuita de Deus; como nós, eles se alimentavam da Palavra de Deus; também celebravam os mesmos sacramentos de acordo com a própria dispensação: circuncisão – batismo (ritos para tornarem-se membros do povo de Deus na Terra), Páscoa-Ceia do Senhor (ritos para celebrarem os grandes atos de Deus na redenção e salvação de seu povo); e, igualmente, aguardavam o pleno cumprimento das promessas de Deus. Estes quatro elementos continuam sendo o sustento espiritual do povo de Deus em nossos dias. Como é que devemos contemplar o povo de Deus no Antigo Testamento? “Na verdade (o Senhor), amas os povos; todos os teus santos estão na tua mão; eles se colocam a teus pés e aprendem das tuas palavras” (Dt. 33:3). E no Novo Testamento? Este povo é privilegiado, está na mão de Cristo, vivendo em plena comunhão espiritual com Ele (Jo 10:28; 15:10).

É importante observar que Cristo usa o seu próprio amor como padrão para estabelecer a natureza do amor que devemos praticar em relação ao nosso irmão: “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo. 15:12). Reconhecendo este princípio, somos exortados: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus” (Fl. 2:5).

Vamos ao estudo, a fim de entender o procedimento, o propósito e o prodígio do amor de Jesus Cristo para o seu povo.

1. O Procedimento do Amor de Cristo (V, 25b). “Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela”. A maior expressão do amor se manifesta quando alguém dá a sua própria vida em favor do necessitado. Cristo afirmou: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (Jo. 15:13). O Ap. Paulo sublinhou esta verdade, dizendo: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm. 5:8).

É oportuno fazer uma pergunta: Por que Deus foi movido a nos amar e providenciar para nós a redenção e a salvação? Afinal, somos filhos da desobediência, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus e totalmente incapazes de retribuir com qualquer ato meretório. Talvez possamos receber uma resposta fazendo uma outra pergunta. Por que o Samaritano foi movido a ajudar um desconhecido, ferido, semi-morto, e sem qualquer condição para retribuir com algum pagamento? O samaritano agiu por compaixão ao infeliz. A compaixão sempre faz o seu possuidor agir em favor do necessitado. Compaixão é empatia, a capacidade para se colocar na situação ou circunstância experimentada por outra pessoa. Naquele caso, o uso de primeiros socorros foi suficiente para demonstrar a sua compaixão. Uma ferida física pode ser relativamente fácil de tratar. Mas o problema do pecador é bem mais grave. Ele jaz sob a pena de uma morte espiritual, sob uma lei imutável que exige o seu banimento da presença abençoadora de Deus. Como é que Deus conseguiu ser justo – cumprindo a lei e ao mesmo tempo ser justificador – libertando o pecador desta sentença? Deus recorreu à lei da substituição, quando um inocente podia assumir a sentença do culpado. Foi exatamente isso que Cristo, o imaculado Filho de Deus fez quando assumiu a culpa do pecador. “Aquele que não conheceu o pecado, ele o fez pecado por nós: para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co. 5:21). O conceito desta lei foi repetidamente demonstrado mediante o sacrifício de animais inocentes. “Porque a vida da carne está no sangue. E vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação (a remoção do pecado) em virtude da vida” (Lv. 17:11). Quando Cristo  deu a sua vida em resgate por muitos, Ele derramou o seu sangue, sangue que nos purifica de todo o pecado, (1 Jo 1:7). Cristo descreveu a sua abnegação pessoal, dizendo: “Dou a minha vida pelas ovelhas (...) Por isso o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou” (Jo. 10:15, 17, 18). E, por causa do contexto de Efésios 5:25-27, acrescentamos esta aplicação: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fl. 2:5). E o Ap. João, comentando sobre este “sentimento”, disse: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida pelos irmãos” (1Jo. 3:16).      

2. O Propósito do Amor de Cristo, (V. 26). “Para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra”. Todas as pessoas que entram na Igreja como cristãos professos, entram como pecadores. Portanto, o grande propósito do amor de Cristo é a purificação deste povo. Depois de enumerar alguns pecados das pessoas que entraram na Igreja de Corinto, o Ap. Paulo acrescenta: “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (1Co 6:11). Este processo de purificação se chama  santificação do pecador.

Como é que a santificação se  realiza em nós? O Breve Catecismo da nossa Igreja nos dá esta definição simplificada: “ Santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual somos renovados em todo o nosso ser, segundo a imagem de Deus, habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e a viver para a retidão” (Resp. 35). Morrer para o pecado significa recusar o desejo de oferecer os membros do nosso corpo ao pecado como instrumentos de iniqüidade. Em vez de continuar enlouquecidamente  no pecado, oferecemo-nos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e, nossos membros, como instrumentos de justiça, (Rm. 6:13).

Quais são os meios principais que Deus usa para nos santificar? Ele usa a Palavra e o seu Espírito Santo para aplicar a virtude e o poder da morte e ressurreição de Jesus Cristo à nossa vida. O versículo da nossa leitura oferece uma resposta paralela: tendo purificado a Igreja “por meio da lavagem de água pela palavra”. O uso de água, nos ritos religiosos, sempre se refere às purificações, (Lv. 8:7). Assim, o Apóstolo está dizendo que a Palavra de Deus tem um efeito purificador sobre a nossa vida. Cristo disse a seus discípulos: “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado” (Jo. 15:3).  A nossa santificação é sempre definitiva, “porque aquele que começou boa obra em nós há de completá-la até o Dia de Jesus Cristo” (Fl. 1:6).

3. O Prodígio do Amor de Cristo, (V. 27). “Para a apresentar a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem cousa semelhante, porém, santa e sem defeito”.   Eis o grande prodígio do amor de Cristo, uma Igreja aperfeiçoada e pronta para as moradas eternas. Cristo começou a sua obra com um povo pecador, morto em seus delitos e pecados, mas este foi lavado e santificado, mediante a aplicação poderosa da Palavra de Deus pelo Espírito Santo na vida de cada um. Sentimos ainda a realidade das nossas imperfeições do momento, porém, Cristo nos vê em nosso estado final, uma Igreja “santa e sem defeito.” Ah, se pudéssemos ver a nós mesmos como Cristo nos vê, o nosso coração transformado com uma “alegria indizível e cheia de glória,” e com uma “paz que excede todo o entendimento”! (1Pe. 1:8; Fl. 4:7). Contudo, não podemos esquecer que fomos comprados por preço, o derramamento do precioso sangue de Jesus Cristo.

Agora, devemos fazer uma pergunta necessária: Por que Cristo fez tudo isso? No início, Deus criou o homem para a sua própria glória, porém, o pecado entrou e deturpou esta glória. Os propósitos de Deus ficaram frustrados? De forma alguma! O seu povo seria redimido e perdoado para novamente o glorificar. Este povo redimido pertence a Jesus Cristo, porque foi Ele que amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, a fim de apresentar a si mesmo uma Igreja gloriosa e sem defeito. Quanto à nossa santificação, somos exortados: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fl. 2:5). Como Ele fez tudo para nos santificar, assim nós também devemos buscar essa santificação.

Rev. Ivan G. G. Ross - Itajubá
11 de Janeiro de 2013    

sábado, 5 de janeiro de 2013

A VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE




Na verdade, amas os povos (o Senhor ama), todos os teus santos estão na tua mão; eles se colocam a teus pés e aprendem das tuas palavras” (Dt. 33:3)

O povo de Israel tinha acabado de receber a lei de Deus, que foi descrita como “o fogo da lei” (V2), por causa do medo que ela inicialmente provocou no coração dos ouvintes (Ex. 20:18-20). De fato, a lei é motivo de terror, mas, somente para os rebeldes e desobedientes. Porém, para os que temem a Deus e obedecem às suas prescrições, a lei é uma manifestação de seu grande amor para conosco, porque “a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé” (Gl. 3:24). Como o salmista, exclamamos: “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia” (Sl. 119:97).

Quando a lei é devidamente compreendida e observada, ela produz uma verdadeira espiritualidade, que se manifesta de duas maneiras paralelas: Primeira, dando-nos uma segurança quanto a nossa aceitação diante Deus. “Todos os teus santos estão nas tuas mãos.” Cristo consolou o coração de seus discípulos, dizendo: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém arrebatará o meu povo da minha mão” (Jo. 10:28). Segunda, dando-nos um anseio de estarmos aos pés do Senhor, juntamente com outros membros da família de Deus, a  fim de, juntos, aprendermos das suas palavras. “O que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me vivifica” (Sl. 119:50).

Portanto, o exercício de uma verdadeira espiritualidade requer de cada um de nós uma compreensão do amor de Deus, um amor que providenciou salvação para o seu povo; uma entrega incondicional da nossa vida aos cuidados de suas mãos; uma humildade que nos coloca a seus pés, prontos para conhecer e praticar a sua vontade; e, um anseio para crescer na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, mediante o estudo atencioso das Escrituras Sagradas. Amém – que seja assim.

Rev.  Ivan G. G. Ross