Vasos de Honra

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O Intruso





Leitura Bíblica: Mateus 22:1-14

Introdução: Uma parábola é uma história figurada e, normalmente, é contada a fim de ensinar realidades atuais que descrevem os propósitos de Deus para as pessoas deste mundo.

Nesta parábola, temos uma apresentação do propósito de Deus para a salvação de seu povo. Através da figura de uma grande festa, aprendemos que o plano de Deus é reunir um grande número de pessoas para que estas possam experimentar as riquezas da sua graça. O Ap. João viu essa multidão em plena festividade, e testificou: “Vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.” Ap 7:9-10. Como é que Deus consegue reunir essa multidão de pessoas? Tudo se realiza mediante a livre proclamação do convite: “Vinde para as bodas.” Em seguida, temos três passos que descrevem claramente como Deus age a fim de executar a sua determinação de ter a sala do banquete “repleta de convidados”.

1) A Proclamação do Convite: A igreja  recebeu esta ordem: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura.” Mc 16:15. Segundo a parábola, essa missão se realizou mediante a pregação do evangelho. No início, de uma forma mais restrita: as primeiras pregações foram dirigidas, “não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus.” At 11:19. Quando os judeus rejeitaram o evangelho, a porta se abriu para os gentios, At 13:46.

a) A oportunidade dos judeus: A parábola descreve a insistência e a paciência de Deus ao procurar a salvação de pecadores. De fato, Ele “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” I Tm 2:4. Por isso, Deus envia os seus servos com uma mensagem específica: “Eis que já preparei o banquete, (...) vinde para as bodas.” Mas, estes convidados, coletivamente, não apenas rejeitaram o convite, “mas agarrando os servos, os maltrataram e mataram”. Com tantas afrontas, qual foi a reação de Deus? “O rei ficou irado e, enviando as suas tropas, exterminou aqueles assassinos e lhes incendiou a cidade”. Essa sentença literalmente aconteceu quando Jerusalém foi atacada e destruída pelas tropas romanas no ano 70 AD. Mas, apesar de receber pouca aceitação, o convite permanece em pé para qualquer judeu que se humilha e recebe Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

b) A oportunidade dos gentios. A incredulidade dos judeus não frustrou os propósitos salvíficos de Deus, pelo contrário, o convite para a festa foi dirigido aos gentios. “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna”. At 13:48. Novamente, Deus se dirige aos seus servos, ordenando-lhes: “Ide, pois, para as encruzilhadas e convidai para as bodas a quantos encontrardes. E, saindo aqueles servos pelas estradas, reuniram todos os que encontraram, maus e bons.” Assim, o propósito foi alcançado: “a sala do banquete ficou repleta de convidados”.


2) A Promoção do Convite: Podemos imaginar algumas dessas pessoas que foram encontradas nas encruzilhadas dos caminhos perguntando: “Como posso aceitar o convite, não tenho vestes próprias para uma festa no palácio do rei! Que posso fazer?” Ao que os servos responderam: Não se preocupem, “tudo está pronto; vinde para as bodas.” O rei já providenciou as “vestes nupciais”. Estas vestes encobrem tudo e, aqueles que estiverem vestidos com elas, serão reconhecidos como dignos de estarem na presença do rei.

Essa figura descreve claramente a situação do pecador. Por causa de seus pecados, ele não tem acesso à presença de Deus. Então, não há esperança para o pecador? Sim, porque Deus, em sua imensurável misericórdia, já providenciou um encobrimento que apaga todos os nossos pecados. Esta veste é a justiça de Jesus Cristo e, vestidos com ela, Deus nos vê como uma “Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem cousa semelhante, porém santa e sem defeito.” Ef 5:27. Agora, podemos ter confiança, porque: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” Rm 5:1. Ele é o nosso tudo.

Mas, devemos perguntar: Como é que Deus conseguiu “ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus?” Rm 3:26. A chave é esta: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jo3:16. Ele veio para este mundo como o nosso “fiador”, aquele que tinha recursos suficientes para pagar a totalidade da dívida que incorreu por causa dos nossos pecados.

Como é que Cristo conseguiu pagar essa dívida? A Bíblia ensina que “o salário do pecado é a morte.” Rm 6:23. Portanto, como o nosso Fiador e Substituto, Ele tinha que morrer em nosso lugar. A essência do evangelho é esta: “Que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras.” I Co 15:3. O profeta descreveu as circunstâncias desta morte vicária e como o nosso pecado foi imputado a Jesus Cristo: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras (sofrimentos e afrontas, Mc 10:33-34) fomos sarados.” Is 53:5. O problema do pecado do povo de Deus foi definitivamente resolvido. Portanto, podemos confiar na veracidade do convite: “Tudo está pronto; vinde para as bodas.” E qual deve ser a nossa resposta? “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.” Hb 4:16.

3) A Prescrição do Convite: Neste convite do rei está implícita a necessidade de vestir-se com tudo o que ele tem providenciado para a entrada feliz na sala do banquete. Essa aceitação do convite envolve uma certa humilhação da parte do convidado, no sentido que ele tem que reconhecer que as suas próprias vestes, mesmo sendo as melhores possíveis, são totalmente inadequadas para permitir uma entrada feliz para o banquete.

A parábola estabelece um contraste entre as duas formas de justiça. Primeiro, a auto-justiça que o próprio homem procura estabelecer através dos seus próprios esforços, mediante a prática de boas obras. A Bíblia, porém, afirma categoricamente “que ninguém será justificado diante dele (Deus) por obras da lei, em razão de que, pela lei, vem o pleno conhecimento do pecado” Rm 3:20. A lei nunca foi dada para salvar, antes, o seu intento é dar o pleno conhecimento do pecado e condenar o transgressor dela à “penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder”, II Ts 1:9.

A outra justiça é aquela “que procede de Deus”, “baseada na fé”  Fl 3:9. Essa é a justiça que Cristo adquiriu por nós, mediante a sua perfeita obediência e morte vicária na cruz. Quando chegamos a Ele, pela fé, depositando toda a nossa confiança nele, essa justiça é imputada a nós, e nos dá pleno acesso à presença de Deus. O grande anseio do Ap Paulo foi “ser achado nele (Cristo), não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé” Fl 3:9

A parábola ilustra graficamente a diferença entre essas duas justiças. A maioria dos convidados recebeu e vestiu a “veste nupcial” sem qualquer restrição, porque reconheceu a soberania do rei para legislar as normas para entrar no palácio. Mas um convidado chegou e recusou vestir-se da “veste nupcial”, talvez justificando a sua atitude, dizendo: “Eu preparei a minha veste com todo cuidado, não preciso da que o rei está distribuindo, a minha é suficiente.” Assim, ele entrou na sala do banquete e, confiadamente, tomou o seu lugar à mesa. Mas, quando o rei chegou para “ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia a veste nupcial e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem a veste nupcial? E ele emudeceu.” A reação do rei foi fulminante, porque não podia tolerar tamanha afronta. “Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.”

Conclusão:    O Ap. Paulo fala sobre estas duas atitudes de Deus. “Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra sorte, também tu serás cortado.” Rm11:22. Cuidado com o “perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo.” – que não deixa a pessoa acolher os convites de Deus, Hb 3:12. Cuidado com a presunção que encoraja a pessoa a confiar em sua própria justiça. Lembre-se do fim desesperador do intruso que a parábola ressalta. Ser rejeitado no último momento é indizivelmente horrível. Mas, por outro lado, como é feliz a pessoa que acolheu o convite generoso de Deus com prontidão e ação de graças! No céu, ela será vestida da vestidura branca, alvejada no sangue do Cordeiro, Ap 7:9,14.
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Blog Vasos de Honra: http://revivanross.blogspot.com.br/

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Os que choram






“Bem aventurados os que choram, porque serão consolados.” Mt 5:4 

As bem-aventuranças não são descrições generalizadas e aplicáveis a qualquer pessoa, antes, Cristo está descrevendo as disposições espirituais dos cidadãos do reino dos céus, aqueles que são regenerados pelo poder do Espírito Santo. Estes, e somente estes têm o gozo dessas bem aventuranças recompensadoras, porque a felicidade verdadeira vem de uma intervenção da parte de Deus em nossa vida. 

1. O Encorajamento da Bem- aventurança: O cidadão do reino dos céus é uma pessoa bem-aventurada, feliz, no sentido mais superlativo da palavra. Por quê? Porque é herdeiro de toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestes, tais como: adoção, redenção, perdão e o dom do Espírito Santo. Experimentamos essa felicidade porque ela é o sinal do Espírito Santo confirmando a realidade dessas bênçãos espirituais em nossa vida. É uma paz que excede todo o entendimento; é uma paz que tem que ser experimentada a fim de ser compreendida. 

2. A manifestação da Bem- aventurança: Esse choro tem uma única causa - o pecado, porque a lei de Deus foi transgredida. O Espírito Santo nos dá uma consciência da nossa desobediência, uma convicção tão forte que temos que chorar de tristeza. Essa aflição deve nos conduzir ao arrependimento e a uma confissão específica da falta. O salmista confessou ao Senhor: “Pequei contra ti, contra ti somente, fiz  o que é   mal   perante   os   teus  olhos.” Sl 51:4. Em nossa convivência com outras pessoas somos propensos a tropeçar em muitas áreas do nosso relacionamento, especialmente com a língua. Por causa dessa possibilidade, Cristo nos deu a chave da vitória: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação”. Lc 22:40.  

3. O Cumprimento da Bem-aventurança: O Cristão que chora por causa das imperfeições em seu procedimento e que pratica o arrependimento bíblico tem esta promessa: “será consolado ”- recebendo o perdão do pecado. O choro deve nos conduzir à oração: “Se confessarmos os nossos pecados ( as nossas imperfeições e tropeços), ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. I Jo 1:9. Esse consolo é fundamentado sobre esta verdade: “Se, todavia, alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”, que garante a nossa justificação. I Jo 2:1 

Temos chorado por causa das nossas transgressões da lei de Deus? Temos experimentado o consolo, sabendo que em Cristo Jesus todos os nossos pecados têm sido perdoados? Essa benção está ao alcance de todos, pela fé em Jesus Cristo. 

Rev. Ivan G. G. Ross 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

CRIANDO OS NOSSOS FILHOS




O versículo chave: “Crescia o menino (Jesus) e se fortalecia (na área física), enchendo-se de sabedoria (na área intelectual); e a graça de Deus estava sobre ele (na área espiritual).” Lc2:40.

Embora o versículo se refira ao desenvolvimento do menino Jesus nas áreas física, intelectual e espiritual, cremos que esta é a experiência normal de qualquer criança. Num livro antigo, li uma frase mais ou menos assim: “Cada criança nasce com os instintos necessários à sobrevivência, porém, sem nenhum conhecimento intelectual. Este é adquirido através do ensino.” Por isso, a Bíblia exorta aos pais: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Pv22:6. O versículo chave começa com a frase: “Crescia o menino,” isto é, ele começou a adquirir conhecimentos físicos, intelectuais e espirituais e continuou crescendo nestas três áreas. A criança, apesar de nascer sem qualquer conhecimento, chega ao mundo com uma sede insaciável de conhecer os seus pais e o mundo ao seu redor. Dentro de dois ou três meses de idade, quando ouve alguém chegando, vira a cabeça para descobrir quem é, e, quando vê que é a sua mãe, dá um pequeno sorriso de reconhecimento. E, um pouco mais tarde, quando começa a engatinhar e a locomover-se, ela sempre se dirige a objetos de interesse, a fim de puxá-los, desmontá-los, e assim por diante. Mas, em tudo isso, a criança está revelando seu anseio para adquirir conhecimentos. É agora que os pais têm que começar a ensinar-lhe que não pode fazer tudo o que tem vontade, a criança tem que aprender a discernir a diferença entre o que pode e o que não pode fazer; entre o que é perigoso e o que é seguro. O processo de ensinar essas primeiras diretrizes requer paciência, perseverança e perspicácia. Vamos apresentar algumas normas que devem ser consideradas na criação dos nossos filhos, especialmente nas áreas física, intelectual e espiritual.

1) Crescimento na área física: O desenvolvimento saudável do corpo. Desde o início, é importante estabelecer uma rotina, uma hora certa para comer, tomar banho, brincar e dormir. Através de uma rotina planejada, a criança aprende a organizar as suas prioridades com mais facilidade. Ao chegar uma certa hora, já sabe o que tem de fazer. A prática da rotina será especialmente proveitosa nos anos de estudo, dando-lhe maiores condições para organizar as suas prioridades e concentrar nelas.

A criança nasce com o instinto para buscar e gostar do leite materno. Mas este não é o alimento certo para a vida inteira. Com seis ou sete meses de idade a criança tem que aprender a aceitar e gostar de outras formas de alimento: carnes, verduras, e frutas. Os pais devem ser bons exemplos em seus hábitos alimentares, pois os filhos tendem a imitá-los. Não se deve encorajar o não gostar de um certo produto que é importante para a saúde. Tudo é uma questão de costume. A criança tem que aprender a comer tudo o que seus pais lhe oferecem. Esta aprendizagem nem sempre é fácil e tranquila, por isso os pais têm que ser firmes e perseverantes, pois a saúde do filho depende de um alimento nutritivo e apetitoso.
A criança nasce com um espírito inquiridor, ela quer descobrir e entender o que pode fazer com as suas descobertas. Um de seus primeiros achados é que o seu corpo tem tantos membros interessantes, dedos, pés e órgãos sexuais; descobre que pode esfregar certas partes a fim de descobrir sensações agradáveis. Neste ponto os pais têm que ser vigilantes para discernir qualquer prática que o filho está desenvolvendo, pois maus costumes podem ser prejudiciais à saúde, especialmente na área sexual. A criança tem que aprender a respeitar e a cuidar do seu corpo, usando os seus membros somente para os devidos fins. Se a criança não aprender a respeitar o seu corpo desde a sua infância, ao entrar na adolescência pode praticar todo o tipo de aliciamento prejudicial (diversos tipos de drogas e o sexo ilícito). O corpo tem de ser preservado limpo a fim de ser habitação do Espírito Santo. A exortação bíblica é: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Pv22:6. Ainda na área de respeito ao seu corpo, a criança deve ser encorajada a praticar exercícios físicos para se  fortalecer, mas,  ao mesmo tempo, ensinada a evitar atividades radicais. O corpo deve ser preservado inteiro e útil para uma vida produtiva para a glória de Deus.

2) Crescimento na área intelectual: O desenvolvimento das capacidades mentais da criança. A partir de seu nascimento, a criança começa o processo de aprendizagem. No início, os pais são os responsáveis para dar os primeiros passos nesta maratona de preparar o filho para uma vida útil e produtiva. De certa forma, as primeiras impressões que a criança recebe (positivas ou negativas) determinarão a sua estabilidade emocional e intelectual. O dever dos pais é: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele.” Pv 22:6. Há uma tendência moderna, especialmente quando a mãe tem um emprego secular, para colocar seu filho (mesmo com poucos meses de idade) numa creche, a fim de receber os cuidados de uma instituição. Dessa maneira, a criança está perdendo o contato com seus pais e a influência formadora deles. Esta perda, quando já é tarde demais, será reconhecida na adolescência da criança.

Os judeus foram, possivelmente, o primeiro povo a se preocupar com a educação de seus filhos. Cerca de cem anos antes de Cristo, era obrigatório ensinar o filho a ler e a escrever. Qual foi o motivo principal dessa obrigação? Para que a criança pudesse ler por si mesma a lei de Deus e ter uma vida religiosa baseada no ensino da Palavra de Deus. Os líderes da nação sabiam que a moralidade e a prosperidade do povo dependia deste padrão – temer a Deus e obedecer às suas leis. Hoje, através das escolas públicas ou particulares, cada criança tem a oportunidade de receber uma educação formal. Novamente, a participação dos pais é necessária. Seu interesse e encorajamento são indispensáveis. Quando um casal resolve gerar um filho, eles têm que estar preparados para assumir a responsabilidade de suprir todas as suas necessidades, físicas, intelectuais e espirituais.

Quais são as recompensas de se ter um filho bem criado? “O filho sábio alegra seu pai.” Pv10:1. A mãe e a avó receberam a alegria de reconhecer que Timóteo tornou-se “sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus”, I Tm4: 6. Uma boa exortação para qualquer pai ou mãe é esta: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro (pai ou mãe) que não tem de que se envergonhar,” tendo filhos exemplares, I Tm3: 4,Tt1:6.

3) Crescimento na área espiritual:O desenvolvimento de uma verdadeira comunhão com Deus. Desde o seu nascimento, uma forma de rebelião caracteriza a vida da criança. Ela resiste ou questiona a autoridade de seus pais, não se submetendo às suas ordens (normas de alimentação, horário certo para dormir, etc). Como D. M. Lloyd- Jones observou: “Temos consciência de que age em nós um poder alheio a nós, poder que nos influencia e com o qual podemos brigar e lutar, poder que podemos vencer ou expulsar. Evidentemente, o exemplo máximo disso é o da tentação a que se submeteu o nosso Senhor.” Esse poder se chama pecado, algo que herdamos dos nossos pais. Em vez de tentar esconder essa realidade da criança, ela deve ser ensinada a reconhecer e a combater esse intruso.

O salmista confessou: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” Sl51:5. E, em Romanos 3:23, temos o resultado desta herança: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” O que aconteceu com aquela comunhão original que o homem tinha com Deus? Perdemos aquele direito, inclusive aquele livre acesso à presença de Deus. “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.” Is 59:2. Assim, não há esperança, pois estão sem Deus no mundo, Ef2:12.

Como podemos vencer o domínio do pecado sobre a nossa vida? Pela obediência à Palavra de Deus. Cristo venceu as suas tentações citando a lei de Deus. Quando Ele disse: “Está escrito”, é como se estivesse dizendo: Não posso desobedecer ao que está escrito na lei de Deus.

Normalmente, introduzimos a criança à Bíblia contando-lhe histórias. Mas devemos dar à história uma aplicação prática para o ensino da criança. Através das histórias da Bíblia, a criança pode aprender como Deus dirige a vida do homem e como este lhe deve obediência. A melhor maneira para comunicar valores espirituais aos nossos filhos é através do Culto Doméstico que praticamos todos os dias. Este é um tempo apropriado para dar ao filho a oportunidade para fazer perguntas e para dar-lhe respostas simples e adequadas. Por exemplo, depois de contar a história de Nicodemos e o filho lhe perguntar: O que significa nascer de novo? Explicamos que é a obra do Espírito Santo que nos dá uma nova vida espiritual, sem a qual ninguém verá o céu, onde Jesus está. Lembramos que Timóteo tornou-se “sábio para a salvação pela fé em Jesus Cristo,” quando lia a Bíblia com a sua mãe e sua avó, II Tm 3:15. E, se o filho perguntar: Como posso nascer de novo? Respondemos: O Espírito Santo nos faz nascer de novo quando cremos de coração em Jesus Cristo e este crucificado. Leia Jo 3:14-16. Novamente repetimos a ordem: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” Pv 22:6.

Rev. Ivan G. G. Ross 

sábado, 4 de maio de 2013

Os Humildes de Espírito






Bem-aventurado os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:3).

As bem-aventuranças não são descrições generalizadas, antes, Cristo está descrevendo as disposições espirituais dos cidadãos do reino dos céus, aqueles que são regenerados pelo poder do Espírito Santo. Estes, e somente estes têm o gozo dessas bem-aventuranças recompensadoras.

1. O Encorajamento da Bem-aventurança. O cidadão do reino dos céus é uma pessoa bem-aventurada – feliz no sentido mais superlativo da palavra. Por quê? Ela é adotada, membro da família de Deus; tem a redenção, libertação do domínio usurpador do pecado; todos os seus pecados são perdoados; e tem o Espírito Santo como selo e penhor da sua salvação, (Ef. 1:3-14).

2. A Manifestação da Bem-aventurança. Humildade não se refere à circunstância social ou física da pessoa, antes, é uma disposição do “espírito”, do coração diante de Deus. O publicano demonstrou essa atitude quando suplicou: “ Ó Deus, sê propício a mim pecador! (...) Todo o que se exalta (gabando da sua própria justiça, ou, merecimentos espirituais) será humilhado (desprezado); mas o que se humilha (reconhecendo a sua falência espiritual e confessando a sua pecaminosidade) será exaltado (justificado e recebido por Deus)” (Lucas 18:9-14).

3. O Cumprimento da Bem-aventurança. A plena realidade dessa felicidade é a certeza de seu estado espiritual, a sua aceitação diante da justiça de Deus; sim, pela regeneração pertencemos ao reino de Deus. “Porque dos tais é o reino dos céus”. Cristo afirmou: “O reino de Deus está dentro de vós” (Lc. 17:21). A sua soberana direção está atuando na vida daquele que crê em Jesus Cristo. Que sejamos sensíveis a essa orientação.

Somos possuidores dessa bem-aventurança? É uma felicidade que está ao alcance de todos, pela fé em Jesus Cristo.

Rev. Ivan G. G. Ross