Vasos de Honra

sábado, 24 de março de 2012

Livro: Cristo e a Sua Igreja



Cântico dos Cânticos - Por Ivan G. G. Ross



SUMÁRIO:

Prioridades Devidas a Cristo.



O Ap. Paulo ensinava que Cristo devia ter a primazia em todas as nossas atividades (Cl 1:18). Os nossos próprios interesses devem ceder aos interesses de Cristo. O Ap. Paulo confessou: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”, isto é, as suas vontades ficavam inteiramente sujeitas à vontade de Cristo (Gl 2:20). Como podemos cultivar essa disposição? Colossenses 3:1-3 nos orienta:

1) Cristo deve receber a prioridade em tudo o que buscamos. “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” v1. Mediante a nossa ressurreição espiritual, fomos regenerados, recebendo uma nova vida, dedicada para obedecer a Cristo, dando-lhe todas as prioridades. Quando Cristo está em nós “buscamos as coisas lá do alto”.

2) Cristo deve receber a prioridade em tudo o que pensamos.  “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da Terra” v2.  Os pensamentos do homem natural se inclinam para os interesses deste mundo, enquanto que os pensamentos do homem espiritual se inclinam para os interesses celestiais, os valores que Deus reservou para aqueles que amam a Cristo (Rm 8:6).

3) Cristo deve receber a prioridade em tudo o que fazemos. “Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus” v3. Quando recebemos Cristo em nossa vida, ficamos unidos com Ele. Assim, quando Cristo morreu em nosso lugar, Ele morreu para o pecado; e, de modo semelhante, em virtude da nossa união vital com Ele, nós também morremos para o pecado (seu domínio sobre nossa vida foi quebrado). Agora, vivemos uma vida centrada em Cristo. Fomos escolhidos Nele, a fim de viver uma vida santa e irrepreensível (Ef. 1:4)

Conclusão: O salmista tinha uma prioridade, aquela de saciar uma sede espiritual. “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” Sl 42:2. E suas prioridades, também são espirituais?

Rev. Ivan G. G. Ross
Fevereiro de 2012

sábado, 17 de março de 2012

Noticias sobre Rev. Ivan Ross

O Rev. Ivan Ross agradece as orações e o carinho dos amigos. Após um pequeno acidente durante sua estadia na Nova Zelândia (desde o final de fevereiro), no qual quebrou os dois ossos da clavícula, 3 costelas, além de um corte na orelha, Rev. Ivan está se recuperando bem, graças a Deus. Sabemos que Deus o protegeu e oramos para o seu regresso, sem data prevista ainda, segundo recomendação médica, especialmente por causa da pressão que seus pulmões sofreram.

sábado, 10 de março de 2012

A INICIATIVA DE CRISTO



Leitura Bíblica: João 15:12-16.

Introdução: Os versículos desta leitura descrevem o amor de Cristo para cada pessoa que pertence a Ele, e, o efeito deste amor sobre o comportamento deste povo. O versículo 12 ensina como o amor de Cristo serve de modelo para cada um de nós. “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” Cristo demonstrou o seu amor mediante o serviço, cuidando das pessoas em suas dificuldades. E nós, de modo semelhante, demonstraremos o nosso amor para com o nosso próximo através de um interesse participativo em seus momentos de necessidades. No versículo 13, entendemos como o amor de Cristo nos ensina a praticar a abnegação. “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor de seus amigos.” O Ap. João nos deu uma explanação deste versículo: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar a nossa vida pelos irmãos” 1 João 3:16. O Ap. Paulo praticava este tipo de abnegação: “Eu de boa vontade me gastei e ainda me deixarei gastar em prol da vossa alma” 2 Co.12:15. Nos versículos 14 e 15, vemos como o amor de Cristo se manifestou às pessoas que o amam. Em vez de sermos meros servos, pessoas que lhe podem ser úteis, somos elevados ao privilégio de sermos chamados amigos, um povo que tem uma comunhão privilegiada com Cristo, pela qual participamos das bem-aventuranças espirituais. “Vós sois os meus amigos, se fazeis o que vos mando.” E, finalmente, vemos no versículo 16, como o amor de Cristo fez com que Ele tomasse a iniciativa para nos chamar e nos salvar. Esta iniciativa será o tema desta mensagem.

1. O Produto desta Iniciativa. “Não foste vós que me escolhestes a mim.” Esta iniciativa da parte de Cristo produz em nós uma consciência da nossa total falência espiritual. Por causa da herança do pecado que pesa sobre a nossa natureza, não temos nenhum interesse em conhecer a Deus e a sua vontade para a nossa vida. Existem, pelo menos, três impedimentos em nossa vida que fazem a iniciativa de Cristo em nosso favor indispensavelmente necessária, a fim de que tenhamos um interesse espiritual que possa nos conduzir à comunhão vital com Deus e às bênçãos celestiais que as seguem.

a) O desinteresse. “Não há quem busque a Deus” Rm 3:11. O pecador não busca o conhecimento de Deus porque não acredita em sua existência. “Diz o insensato em seu coração: Não há Deus.” Mas qual é o produto desta atitude ateísta? Uma vida pecaminosa. “Corrompem-se e praticam abominações” Rm 3:11. Quando alguém afirma que Deus existe, de necessidade, tem que se sujeitar a Ele. Mas o homem natural não quer lhe obedecer, antes, ele deseja viver segundo o seu próprio querer. Se Cristo não tivesse tomado a iniciativa, alguém, porventura, teria anseios espirituais?

b) O secularismo. “Os homens amaram mais as trevas do que a luz” Jo. 3:19. O homem, apesar de sofrer por causa da sua rebelião, continua impenitente, porque ama os prazeres do pecado. Demas é um exemplo marcante do poder que o secularismo tem para afastar o homem de seguir a Deus. Demas, tendo amado o presente século, abandonou o Ap. Paulo  e a vida cristã a fim de usufruir os prazeres do secularismo, 2 Tm. 4:10. Se Cristo não tivesse tomado a iniciativa, alguém, porventura, teria anseios espirituais?

c) A inanimação. “Estando vós mortos em vossos delitos e pecados” Ef.2:1. O Senhor Deus deu esta advertência a Adão: O dia em que dela comeres (da árvore do conhecimento do bem e do mal), certamente morrerás, isto é, seria expulso do jardim do Éden e da presença de Deus, Gn. 2:17; 3:23. Esta separação, “banidos da face do Senhor e da glória de seu poder”, é vista como uma morte espiritual, 2 Ts. 1:9. Nascemos espiritualmente mortos  por causa da herança pecaminosa que recebemos de Adão, por isso, a necessidade indispensável do novo nascimento, Jo. 3:3. Se Cristo não tivesse tomado a iniciativa, alguém, porventura, teria anseios espirituais?

2. O Processo desta Iniciativa.  “Não fostes vós que me escolheste a mim, pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros”.  Tendo falado sobre a morte espiritual de cada pessoa que nasce de mulher, o Apóstolo anuncia, triunfantemente, que Deus “nos deu vida, juntamente com Cristo” Ef. 2:5.

Mas, qual foi o processo usado para comunicar esta iniciativa de Cristo, segundo a experiência humana? Deus, em sua misericórdia, nos fez ouvir o evangelho; O Espírito Santo aplicou eficazmente esta mensagem ao nosso coração; acreditamos nela; passamos a confessar Jesus Cristo como o nosso Senhor e Salvador.

Agora, unidos pela fé com Ele, o Espírito Santo continua a atuar em nossa vida, efetuando em nós uma verdadeira ressurreição espiritual. “Fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos”. Cl. 2:12. O mesmo poder que Deus usou para ressuscitar Jesus Cristo dentre os mortos Ele usa para ressuscitar pecadores espiritualmente mortos. Esta ressurreição espiritual é a nossa regeneração, pela qual nos tornamos uma nova criação, “as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” 2 Co. 5:17. Esta regeneração nos une com Cristo, “no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” Ef. 1:7. Este processo todo aconteceu por que Cristo tomou a iniciativa e nos chamou para recebermos “toda sorte de benção espiritual nas regiões celestiais” Ef. 1:3.

O dom do Espírito Santo foi concedido a todos os que crêem em Jesus Cristo como o “penhor da nossa herança até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” Ef. 1:14. Enquanto aguardamos este Dia, temos o dever de andar no Espírito, em total dependência da sua direção, e, assim, “jamais satisfaremos a concupiscência da carne” Gl. 5:16,25. Este é o inicio da nossa santificação, uma obra que continuará ininterruptamente até o dia da nossa morte. “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação” 1 Ts. 4:2.

3. O Propósito desta Iniciativa.  “Não foste vós que me escolheste a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e que vosso fruto permaneça.” Qual foi o propósito que Cristo tinha em vista quando tomou esta iniciativa de chamar um povo para si? A resposta inconfundível é esta: “Que vades e deis fruto, e que vosso fruto permaneça.”  Mas, qual é este fruto que devemos manifestar? A Bíblia nos ensina que Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis Ef. 1:4. O grande propósito de Cristo foi tomar um pecador e operar nele de tal forma que ele abandone a sua iniqüidade e se torne totalmente obediente à prática da vontade de Deus. Portanto, a nossa santidade é um aspecto deste fruto que deve ser achado em nossa vida.

A Bíblia também nos ensina que fomos predestinados para sermos conformes à imagem de Cristo, Rm 8:29. E, para isto, temos que nos revestir de todas as virtudes que caracterizam o povo de Deus. Algumas destas são: fé, uma confiança arraigada e alicerçada no amor de Cristo para conosco, Ef. 3:17; virtude; conhecimento, que inclui a compreensão e a prática da vontade de Deus, Cl. 1:9; domínio próprio; perseverança, que revela a nossa decisão para executar a vontade de Deus; piedade; fraternidade; amor, que é o cumprimento da lei, Rm 3:10. Estes distintivos da vida cristã habitando em nós, além de confirmar a nossa vocação e eleição, fazem que a nossa entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo seja amplamente  suprida 2 Pe. 1:5-11.

Cremos que o Espírito Santo habita na vida de todos os que crêem, biblicamente, em Jesus Cristo. “E nisto conhecemos que ele (Cristo) permanece em nós, pelo Espírito que nos deu” 1 Jo. 3:24. “Mas o fruto do Espírito (a evidência de que Ele está atuando em nossa vida) é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade,bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (que possa nos condenar), Gl 5:22-23.

O propósito de Cristo é que nosso “fruto permaneça.” Na natureza, uma tempestade pode destruir o fruto de uma árvore e, na vida cristã, as tempestades da tentação podem sacudir o nosso fruto, porém, jamais o destruirão por completo. Por quê? Porque “aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Jesus Cristo” Fl. 1:6. “Em todas estas cousas, somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou” Rm. 8:37. Assim, o nosso fruto, a nossa identidade como pessoas vestidas de Jesus Cristo, há de permanecer.

Conclusão: Cristo terminou a palavra sobre a sua iniciativa para nos chamar e nos salvar dando-nos este encorajamento: “tudo quando pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda”. O que é que devemos pedir ao sentirmos a nossa vulnerabilidade diante das tempestades que procuram assolar o fruto que está se manifestando em nossa vida? Devemos pedir um constância em nosso procedimento, uma fé inabalável em Jesus Cristo, para que nosso fruto permaneça. “Pois naquilo que ele mesmo (Cristo) sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” Hb. 2:18. Que cada um de nós possamos cumprir todos os propósitos de Cristo quando Ele tomou a iniciativa para nos chamar e nos salvar.

Itajubá, 24 de Fevereiro de 2012.
Rev. Ivan G. G. Ross  

sábado, 3 de março de 2012

REINA O SENHOR




Dizei entre as nações: Reina o Senhor. Ele firmou o mundo para que não se abale, e julga os povos com equidade” (Sl. 96:10).


O Salmo 96  é o terceiro Salmo do grupo (93,95-100) cantado nos dias de festa. Cada Salmo do grupo enfatiza a verdade central: “Reina o Senhor”.Ele é o grande Soberano que reina e sobre-reina em todas as áreas do mundo inteiro.

A essência deste Salmo encontra-se no cântico de Davi em I Crônicas 16. Tal cântico foi entoado enquanto a arca de Deus estava sendo transportada para o Templo em Jerusalém. Foi de grande alegria, uma alegria que deve sempre caracterizar todo o povo de Deus. E nestas festas, foi comemorado a dádiva de uma pátria onde poderiam viver em paz e desfrutar das bênçãos constantes do Deus das boas providências. 

O Salmo é Messiânico, isto é, as partes proféticas falam de Cristo e do ministério de sua Igreja, especialmente entre as nações gentílicas.

Podemos observar a abrangência desse Salmo: o povo de Deus, os ídolos, as nações e o universo.

O Senhor e o seu povo.  Devemos oferecer “ao Senhor um novo cântico.  O homem natural canta para descrever seus sentimentos carnais; o homem regenerado canta para descrever seus sentimentos espirituais. É novo porque somente o redimido pode cantar das bênçãos do perdão e da esperança da vida eterna. O fato de que as misericórdias do Senhor renovam-se cada manhã, necessita de novos cânticos.

Este novo cântico deve ser o cântico de “todas as terras”. Subentende-se uma obra prévia de evangelização. Os povos que não conheciam a Deus e nem as suas misericórdias, agora O conhecem, e são exortados a ajuntarem-se com todos os redimidos e a romperem em novo cântico.

Através do cântico, devemos bendizer o nome do Senhor. O conteúdo do cântico deve ser bíblico e teológico, que exalta os atributos de Deus, especialmente aqueles que descrevem a sua condescendência em buscar e salvar pecadores.

Este novo cântico nunca se encontra sozinho, ele é sempre acompanhado pela proclamação das maravilhas que efetuam a salvação. Novamente, esta proclamação tem de acontecer fora das quatro paredes e “entre as nações.”  Evangelização continua sendo uma parte da prática de Deus.

O Senhor e os deuses. Devemos nos lembrar do contexto em que Israel vivia: cercado por nações idólatras. Mas Israel não era idólatra, era um povo redimido, um povo que cantava os Salmos de redenção.
Apesar dos ídolos serem exaltados pelo homem natural, são coisas de nada e que não fazem nada; por outro lado, “Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, temível mais que todos os deuses” Há uma comparação entre o Senhor, que opera maravilhas, e os ídolos que não fazem nada. O ídolo é tão parado e inútil, que depende do homem para mover-se.

A quem me comparareis para que eu lhe seja igual? E que coisa semelhante confrontareis comigo? Os que gastam o ouro da bolsa e pesam a prata nas balanças assalariam o ourives para que faça um deus e diante deste se prostram e se inclinam. Sobre os ombros o tomam, levam-no e o põem no seu lugar, e ai ele fica; do seu lugar não se move, recorrem a ele, mas nenhuma resposta ele dá e a ninguém livra da sua tribulação. Lembrai-vos disto e tende ânimo; tamai-o a sério, ó prevaricadores.” (Is. 46:5-8)
        
Observemos a importância do culto público (o povo subiu para Jerusalém para juntos prestar culto). O Deus que cultuamos é cercado por glória e majestade e dentro de seu santuário existe uma força e uma formosura. Ficamos revigorados, na totalidade do nosso ser, através do verdadeiro culto. A idolatria enfraquece e desmoraliza os seus adeptos.

O Senhor e as Nações. A unidade de todos os povos é destacada pela expressão: “família dos povos.” Neste sentido, entendemos a palavra  do Apóstolo Paulo: “Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto” (Gl. 3:28). Porém, a plena expressão desta unidade acontece somente “em Cristo Jesus,” por isso, as exortações: “Anunciai entre as nações.”  Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc. 16:15).

Há uma tríplice ordem no Salmo, Tributai, tributai, tributai. O que estas nações reunidas em culto têm de tributar ao Senhor?  Glória e força... a glória devida ao seu nome. O pensamento é que todos nós temos recebido tudo o que somos das abundâncias da providência de Deus. O Apóstolo Paulo fez um bom comentário do sentido desta verdade: “ Pois que é que te faz sobresair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?” (1 Co. 4:7). Tributar ao Senhor a glória devida ao seu nome é confessar que Ele é o Autor e Doador de tudo o que possuímos: saúde, trabalho, esperança espirituais e todas as demais bênçãos.

Além de reconhecer que o Senhor é o Autor e Doador de todas as coisas que temos (nisto reconhecemos a soberania da providência de Deus), há duas coisas que devemos fazer para manifestar o nosso reconhecimento:

A primeira é “Trazei oferendas, e entrai nos seus átrios”. Na linguagem levítica, estas oferendas eram sacrifícios pacíficos, sacrifícios que não envolviam derramamento de sangue. Não há necessidade de mais sangue, porque o sangue purificador já foi derramado. O povo já é redimido e salvo. No Novo Testamento este sangue purificador é o sangue de Jesus Cristo.

As oferendas que trazemos são: orações, ações de graça, atos de caridade, coração quebrantado e uma consagração total de nós mesmos a seu serviço.

Antes de trazer estas oferendas ao Senhor, convém lembrar da condição que Jesus Cristo estabeleceu em Mt 5:23-24.
Se pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.”

Oferendas são aceitas na condição de amor ao próximo, um amor que não guarda as amarguras.

A segunda ação que devemos fazer para manifestar nosso reconhecimento é  “Adorai ao Senhor na beleza da sua santidade; tremei diante dele todas as terras.” O versículo refere-se ao culto que prestamos a Deus. “ Na beleza da sua Santidade.” Significa de acordo com a sua vontade revelada. A repetida advertência é esta: “Vê, pois, que tudo faças segundo o modelo que te foi mostrado no monte” (Ex. 25:40).

“Tremei diante dele,”significa ter medo de desobedecer a Deus quanto ao tipo de culto que lhe prestamos. Convém lembrar que não podemos ser levianos no culto, “porque o nosso Deus é fogo consumidor” (Hb. 12: 29).

O Senhor e o Universo. Embora o português não revele, podemos traduzir a retórica que há nos versículos  11e 12, do Salmo 96.

Permita que os céus alegrem-se;
Permita que a terra exulte;
Permita que o mar e a sua plenitude ruja;
Permita que o campo e tudo o que nele há folgue;
Permita que todas as árvores do campo regozijem-se.

Por que esta liberdade de expressão? Porque o universo inteiro está na  presença do Senhor em grande expectativa. No momento presente “toda a criação a um só tempo geme e suporta angústias até agora” (Rm 8:22). Porém, em breve, haverá um brado de mudança. Porque o Senhor vem, vem para julgar a terra; julgará o mundo com justiça, e os povos, consoantes a sua fidelidade.

Podemos aguardar este dia com toda a certeza.  Porque o Senhor reina. Aos nossos olhos, parece que o mundo se abalou. Mas nada disto aconteceu. O Senhor em sua soberania reina para que o mundo não se abale. Esta é a nossa confiança e o motivo da nossa gratidão. 

Quando dizemos que Deus é soberano, as severamos o seu direito de governar o universo, criado para a sua própria glória, exatamente como lhe aprouver.