Vasos de Honra

sábado, 29 de dezembro de 2012

Evangelismo Pessoal


Leitura: João 1:40-51



“[André] ... Achou primeiro ao seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias ...”  (Jo. 1:41)

Esta leitura registra a chamada dos primeiros quatro discípulos. É instrutivo observar o método empregado na evangelização, assim como a prova de uma adesão a Cristo: ser uma testemunha.

1. A Primeira Mentalidade (João 1:40-42). Os primeiros dois discípulos foram frutos do testemunho de João Batista. Eles receberam uma boa instrução quanto à pessoa e obra de Jesus Cristo. Assim, com corações repletos de alegria, saíram a proclamar: Achamos o Messias, vinde e vede.

2. A Primeira Menção (João 1:43-44). Normalmente, a evangelização é realizada na base de pessoa a pessoa. Aqui, pela primeira vez, é Jesus que fala. A ordem é concisa: Segue-me. Ele mesmo afirmou: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” Filipe é um exemplo.

3. A Primeira Mensagem (João 1:45-51). O resultado do encontro com Cristo é sempre o mesmo. André achou seu irmão e Filipe encontrou Natanael. A mensagem é sempre a mesma: achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei ... Jesus.

Praticamos esta mesma espontaneidade?

Oração: Senhor, que Tu me dês aquela espontaneidade para sempre aproveitar as oportunidades de um evangelismo pessoal. Em nome de Jesus. Amém.


Rev. Ivan G. G. Ross

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O NATAL





O Natal é o pleno cumprimento de João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito.” Ao chegar ao mundo, Jesus foi comissionado com vários títulos, nomes que descrevem a sua missão e o seu relacionamento com Deus o Pai. Mencionamos apenas três:

O primeiro é: “E lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt. 1:21). O nome “Jesus” significa Salvador. Quando Jesus nasceu, foi anunciado aos pastores: “Hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc. 2:11). Jesus nasceu encarregado de realizar uma missão específica. Ele veio para “salvar o seu povo dos pecados deles.” Salvação inclui três passos distintos: redenção, libertação do povo da pena da morte; perdão de  todos os seus pecados; e a promessa da vida eterna. Jesus não salva, indiscriminadamente, todas as pessoas; Ele veio para “salvar o seu povo”, isto é, os que nele crêem.

O segundo é: “E ele será chamado de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mt. 1:23). Cristo veio para revelar a verdadeira natureza de Deus, o Pai (Jo. 1:18). Jesus, sendo “o resplendor da glória e a expressão exata de seu Ser” (Hb. 1:3) podia dizer a Filipe: “Há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (Jo. 11:9). De fato, Cristo é Deus conosco. Neste contexto, Ele disse “ Eu, eu sou o Senhor,  e fora de mim não há salvador” (Is. 43:11).

O terceiro é: “E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt. 3:17). Embora não seja um nome próprio, a designação indica a união inseparável entre o Pai e o Filho. Cristo declarou: “Eu e o Pai somos um” (Jo. 11:30). Ele é o Filho amado porque realizou tudo o que era necessário para que pecadores pudessem ser redimidos, perdoados e feitos herdeiros da vida eterna.

Que este Natal seja uma celebração de ação de graças por tudo o que Cristo é e faz.  Cantemos com os anjos: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na Terra entre os homens, a quem Ele quer bem” (Lc. 2:14).


Rev. Ivan G. G. Ross   

sábado, 15 de dezembro de 2012

2012 - O MUNDO VAI ACABAR?




Leitura: Bíblica: 2 Tessalonicenses 2:1-6

Introdução: A pergunta que paira sobre a mente de muitos é esta: O mundo vai acabar? Respondemos: Sim, com certeza haverá uma “Consumação do Século” (Mt 13:49), mas, somente depois de certos acontecimentos proféticos, então, virá o fim, (Mt 24:14). Há uma segunda pergunta de igual urgência: Quando é que o mundo vai chegar ao seu fim? Não sabemos! Devemos dar ouvidos à resposta terminante que o Senhor Jesus Cristo nos dá: “Mas a respeito daquele dia e a hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai” (Mt. 24:36). Uma árvore pode alcançar muitos anos de sobrevivência, porém, inevitavelmente, vai experimentar um processo de envelhecimento até que seja consumada pela morte definitiva. E o mundo que conhecemos não escapará do mesmo destino.

A “Consumação do Século” está sempre associada ao “ Dia do Senhor”, ou seja, à Segunda Vinda de Jesus Cristo. Os homens sempre tiveram uma preocupação em relação aos acontecimentos que acompanham o fim do mundo. Por isso os discípulos fizeram uma tríplice pergunta a Jesus (Mt. 24:3): a) “Quando sucederão estas cousas?” ( a destruição de Jerusalém, que aconteceu no ano 70 DC.) b) “E qual será o sinal da tua vinda?” c) “e da consumação do século?” Estas três perguntas foram respondidas magistralmente em Mt. 24 e 25; Mc 13:1-28, Lc 21:5-28. A destruição de Jerusalém seria precedida por certos sinais específicos (Mt. 24:1526; Lc. 21:20-24); e, semelhantemente, a Vinda de Cristo e a Consumação do Século serão também precedidas por sinais pré-estabelecidos (Mt. 24:3-14, Lc 21:7-19). Não haverá como não identificar estes sinais proféticos: “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do  Filho do homem” (Mt. 24:27).

Entre outras razões, Cristo voltará para “julgar vivos e mortos, pela sua manifestação”(2 Tm. 4:1). O aspecto de um Juízo Final é muito enfatizado na Bíblia: Deus “estabeleceu um Dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão (Jesus Cristo) que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (At. 17:31). No mundo existem muitos crimes que passam, aparentemente, impunes; por isso o Dia do Juízo final  é  uma verdade repleta de consolo para os retos de coração. A Bíblia ensina: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Co 5:10).

Qual será o estado do mundo imediatamente antes da vinda de Cristo? Podemos dizer, de modo geral, que tudo estará funcionando normalmente. Todos estarão vivendo sem qualquer preocupação ou preparo espiritual, como nos dias de Noé, antes do dilúvio. “Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé  entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também na vinda do Filho do homem.” (Mt. 24: 38-39). Por causa da certeza da Consumação do Século, Cristo fez este apelo: ‘Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt. 25:13).

Deixamos essa parte oferecendo uma palavra de orientação. Não devemos ficar amedrontados com as chamadas “revelações” (profecias) que se ouvem em nossos dias, nem com o uso de palavras chamativas que falam sobre o fim do mundo em 2012. A nossa única regra de orientação espiritual é a Bíblia. Ela não usa frases como: “ a iminente vinda de Cristo” e nem que “Jesus em breve voltará”. Não devemos tentar marcar um tempo cronológico para a vinda de Cristo, porque não sabemos se ela acontecerá em nossos dias ou se ela ainda está longe. Ninguém tem autoridade para especular sobre os propósitos de Deus que Ele ainda não revelou. O que a Bíblia enfatiza é a necessidade de estarmos preparados para um encontro com o Senhor, que “julgará vivos e mortos”. O aspecto de “repentinidade” não significa “iminência”. Repentinidade denota o ato de ser surpreendido, porque não houve nenhum aviso sobre a visitação. Por isso, Cristo explicou: “Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai também vós apercebidos, porque a hora em que não cuidais, o Filho do homem (Cristo) virá” (Mt 24:43-44). Novamente, a ênfase recai sobre a necessidade de estarmos preparados para um encontro com o Senhor, porque a hora da sua vinda é totalmente desconhecida. Como podemos aplicar essa orientação à nossa vida?   

1. Precisamos Praticar a Perseverança. A Consumação do Século e a Segunda Vinda de Cristo são partes essenciais da doutrina cristã; portanto, devemos estudar e acreditar nas seqüências envolvidas neste assunto, porque a palavra de Cristo é a nossa segurança. Devemos estudar os capítulos 24 e 25 de Mateus e os textos paralelos em Marcos e Lucas. Uma vez firmados neste ensino, temos que perseverar nele, isto é, continuando a seguí-lo sem vacilar, mesmo que haja opiniões contrárias. O Ap. Paulo escreveu: “Nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito (uma voz profética que foi ouvida), quer por palavra (alguém afirmando que ouviu a palavra que ele cita dos próprios lábios do Apóstolo), quer por epístola (um documento falso), como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. Ninguém, de nenhum modo vos engane, porque isto não acontecerá” sem que primeiro venha certos sinais estabelecidos nas Escrituras Sagradas ( 2 Ts. 2:2-3). O falso mestre usa toda sorte de artimanha a fim de estabelecer a sua própria interpretação. Cristo nos deu muitas advertências sobre estes enganadores que proferem fantasias sobre os acontecimentos finais. Por causa destas invenções, temos que praticar perseverança no ensino inconfundível das Escrituras Sagradas, “olhando firmemente para o autor e consumador da nossa fé, Jesus Cristo” (Hb. 12:2).

2. Precisamos Praticar a Percepção.  Já temos feito referência a “certos sinais” que precederão a segunda vinda de Cristo. São dois: “Ninguém de nenhum modo vos engane, porque isto (o Dia do Senhor) não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição” (2 Ts.2:3). Temos que praticar a percepção a fim de reconhecer a aproximação deste dois sinais. a) Uma “apostasia” geral tomará conta da Igreja de Cristo. b) A “revelação do homem da iniqüidade, o filho da perdição”. Qual é a atuação dessas duas figuras nos tempos que precederão a Segunda Vinda de Cristo?      

a) A apostasia. Este mal acontecerá dentro da Igreja visível. Apostasia significa o afastamento das doutrinas fundamentais da fé cristã; uma rebelião contra o senhorio de Jesus Cristo. Portanto, a fim de perceber a aproximação deste mal, temos que conhecer quais são as doutrinas das Escrituras que dirigem a vida da Igreja Cristã. A falta deste conhecimento insensibilizará o discernimento do que está acontecendo. Por causa da multiplicação de divisões na Igreja dos nossos dias e a implantação de novas denominações, sentimos que a profetizada apostasia está se aproximando. A causa destas divisões é basicamente uma rebelião contra o senhorio de Cristo sobre a sua Igreja, porque o homem está querendo estabelecer a sua própria vontade em seus atos espirituais. A história de Israel e o seu afastamento de Deus é um exemplo deste mal (1 Rs 12:25-33; 14:1-20).

b) O homem da iniqüidade. É um homem, e não uma instituição, que liderará esta apostasia. Quais são as características deste personagem? Ele “se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (1Ts. 2:4). Ele perverterá toda moralidade e espiritualidade das Escrituras Sagradas. Novamente, sentimos que esta perversão de princípios santos já está começando a se manifestar em nossa sociedade. Sim, precisamos praticar, urgentemente, a percepção. “Quando vier o Filho do homem (Cristo), achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18:8).

3. Precisamos Praticar a Perspicácia. Por causa da certeza destes acontecimentos vindouros precisamos praticar uma perspicácia para que o Dia do Senhor não nos apanhe despreparados. Mas esta urgência não é somente por causa da Segunda Vinda de Cristo, mas também por causa da inevitabilidade da nossa morte física. Pela morte, entramos em nosso lugar na eternidade, onde existem apenas dois destinos: o céu, ou o inferno. O Credo Apostólico nos ensina a confessar: “Creio em Jesus Cristo (...) crucificado, morto e sepultado; desceu ao Hades (ao estado dos mortos); ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao céu; está assentado à mão direita de Deus Pai Todo-Poderoso, de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos”. Assim vivemos na expectativa da Segunda Vinda de Jesus Cristo, a qual, naquela ocasião, iniciará a Consumação do Século. Que estejamos preparados para este encontro com o Senhor.

Rev. Ivan G. G. Ross
17 de Julho de 2012    

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

ATITUDES COMUNS DURANTE O NATAL




Leitura Bíblia: Mateus 2:1-12

Introdução: O Natal se aproxima! Todo mundo, de certa forma, tem uma noção básica dos eventos relacionados com o nascimento de Jesus Cristo. Afinal, a celebração anual do Natal mantém estes rudimentos vivos em nossa memória. Mas, vamos oferecer-lhes esclarecimentos maiores sobre dois pontos que não costumam receber muito destaque.

Quanto ao nascimento virginal de Cristo, ele aconteceria mediante a instrumentalidade de uma mulher virgem. “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um Filho, e Ele será chamando pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mt. 1:23). Assim, na plenitude do tempo, “o anjo Gabriel, enviado da parte de Deus,” comunicou à virgem Maria: “Eis que conceberás e darás à luz um Filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus.” Mas, quando Maria recebeu esta notícia, ela logo perguntou: “Como será isto, pois não tenho relações com homem algum?” Maria era virgem, exatamente como a profecia dissera. “Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lc.1:26-38). Esta doutrina se chama: “O Nascimento Virginal de Jesus Cristo”, e é uma verdade essencial para se compreender melhor o plano para salvar pecadores, porque destaca a intervenção de Deus na providência de um Salvador.

Quanto ao lugar humilde onde Jesus nasceu: A Bíblia ensina que Jesus “se esvaziou (deixou seus direitos celestiais de lado), assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou” (Fl. 2:7-8). O primeiro ato desta humilhação foi nascer de mulher, não num hospital bem equipado, antes, por um ato voluntário, sujeitou-se a ser deitado em manjedoura, (Lc. 2:12). Um das razões desta humilhação foi  demonstrar a sua acessibilidade. Ele é “manso e humilde de coração”. E, com amor, Cristo nos convida: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados (por uma consciência desorientada por pecados não perdoados) e eu vos aliviarei,”  (dando-lhes pleno perdão), (Mt. 11:28).

A nossa leitura nos mostra quais as atitudes de três grupos de personagens diante da notícia do nascimento de Jesus Cristo.

1. A Atitude de Herodes e, com ele, toda Jerusalém. São os inimigos de Cristo. Ficamos impressionados com o impacto da religião do Antigo Testamento sobre tantas pessoas, não apenas entre os judeus, mas, também, entre os gentios do Oriente. De modo geral, todo mundo aguardava a prometida intervenção na história humana, que seria o envio do Salvador, “que é Cristo, o Senhor” (Lc. 2:11). Simeão era um homem justo e piedoso, que esperava a vinda de Cristo, o qual seria “a Consolação de Israel” (Lc. 2:25). Foi o Nosso Senhor que disse: “Eu, eu sou aquele que vos consola” (Is. 51:12).

Entre as pessoas que acreditavam na prometida vinda de Cristo, encontra-se também o rei Herodes. Ao lermos o texto, não há como negar a sua convicção. Talvez os motivos dele fosse duvidosos, contudo, ele acreditou na notícia do nascimento de Jesus Cristo, e agiu de acordo. Mas em vez de alegrar-se  com esta boa nova, “alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém.” Todos ficaram  possuídos de grande medo das conseqüências desta intervenção divina. Qual foi a atitude que nasceu no coração de todos? Cristo tem que ser rejeitado e assassinado. Parece que estamos ouvindo o clamor do povo: “Não queremos que este reine sobre nós” (Lc. 19:14). Sentimos a contradição que o pecado provoca. Apesar da crença generalizada sobre a vinda de Cristo e os benefícios que Ele traria, o povo, de modo geral, não quis recebê-lo, porque não queria o seu senhorio. Cristo “veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo. 1:11). Assim, a partir da notícia de seu nascimento, Cristo passou a ser uma pessoa perseguida. “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado e dele não fizemos caso” (Is. 53:3). Ò profundeza da perversão humana!

Embora o advento de Cristo seja comemorado todos os anos nos países cristãos, a atitude do rei Herodes continua em nossos dias: a mensagem e a própria existência de Cristo devem ser eliminadas da face da terra. Contudo, sabemos que a Pessoa de Cristo não pode ser atingida, por isso, a oposição se dirige, incansavelmente, contra os seus seguidores, provocando todo tipo de perseguição, tais como: os divertimentos, as recreações e as atividades sociais não deixam o povo pensar nos valores espirituais; pressões anti-cristãs  encorajam a negligência dos padrões bíblicos, e o resultado é uma licenciosidade e a prática de todo tipo de perversão moral. E qual é o efeito desta perseguição sutil? A mortificação da consciência do povo que passa a considerar que tudo é normal, inclusive os desvios morais mais gritantes. Cristo adverte: “E por se multiplicar a iniqüidade, o amor (a Cristo) se esfriará de quase todos” (Mt. 24:12).Qual é a resposta para nós, que queremos permanecer fiéis a Cristo? A Bíblia nos aconselha: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef. 6:11-12). 

2. A Atitude dos Principais Sacerdotes e Escribas do Povo. São os espectadores de Cristo. Novamente, ficamos impressionados com o conhecimento bíblico desses líderes religiosos. Quando Herodes lhes perguntou sobre o lugar onde Cristo deveria nascer, eles, sem qualquer indecisão, logo responderam: Em “Belém, terra de Judá, sairá o Guia que há de apascentar o meu povo, Israel.” Sim, estes espectadores também aguardavam a vinda do prometido Messias. Mas, o que nos assusta é que, apesar deste conhecimento das Escrituras, eles não se levantaram para conhecer pessoalmente o Cristo quando receberam a notícia do seu nascimento. Um conhecimento que não produz a devida ação não tem nenhum valor. Num certo sentido, estes religiosos viviam perto do reino de Deus, gostavam de estudar a Bíblia e de falar sobre as suas verdades, porém, à semelhança das virgens néscias, eles não se prepararam para o Dia Final, (Mt. 25:1-13).

Infelizmente, a atitude desses espectadores continua em nossos dias. Tantas pessoas se enganam pensando que algum conhecimento de Deus é o suficiente para garantir um sossego espiritual. Sejamos advertidos, apesar do valor de um conhecimento bíblico, este não é suficiente, é necessário que tenhamos um encontro pessoal com Cristo, crendo nele para a salvação eterna da nossa vida. A Bíblia é clara quando enfatiza: “O Pai ama ao Filho, e todas as cousas tem confiado às suas mãos. Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho (recusando um encontro pessoal com Ele) não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo. 3:35-36). Somos exortados: “ Lançai de vós todas as vossas transgressões (inclusive a auto-confiança) e criai em vós, coração novo e espírito novo; pois, por que morreríeis ó casa de Israel? Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor teu Deus” (Ez. 18:31-32).

3. A Atitude dos Magos do Oriente. São os seguidores de Cristo. Mais uma vez, ficamos impressionados por causa da soberania de Deus que faz o evangelho produzir resultados nos lugares mais distantes dos centros onde existe a religião bíblica. Deus planejou a salvação eterna desses magos e, para comunicar-lhes o seu intento, providenciou uma estrela especial, que, quando interpretada  pelo Espírito Santo, anunciou-lhes o nascimento do esperado Salvador, Jesus Cristo. Ora, o conhecimento que é devidamente recebido sempre produz uma ação. Assim, estes homens foram tomados pela necessidade de conhecer, pessoalmente, o recém-nascido Salvador. Por isso, demonstraram a sua fé, deram inicio à viagem necessária para encontrarem-se com Ele. Não ficaram amedrontados pelos perigos desta missão.

O que acontece neste encontro espiritual? Os magos, quando viram o Menino, logo reconheceram a sua Divindade, e, sem qualquer vacilação prostraram-se  diante dele, e O adoraram. Esta disposição deve ser a nossa também. O culto verdadeiro nunca é um ato isolado, é sempre acompanhado por algo mais. Os magos  trouxeram ouro, incenso e mirra e depositaram tudo diante de seu Senhor e Salvador. E nós, que cremos e que temos recebido tantos benefícios do Senhor, inclusive o perdão de todos os nossos pecados e a esperança da vida eterna, como podemos demonstrar a nossa gratidão? Entregamos a nossa própria vida a Ele, confessando: “Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb. 10:9). Agora, doravante, queremos viver em plena obediência àquele que nos amou, e a si mesmo se entregou por nós, dando a sua própria vida como o preço necessário para a nossa salvação.

Conclusão: Qual será a sua atitude durante as festividades deste Natal? Não seja inimigo de Cristo e nem uma pessoa descomprometida. Seja um reconhecido seguidor de Jesus Cristo, demonstrando a sua fé mediante uma vida santa e irrepreensível. Que o Natal traga para você  um verdadeiro encontro salvador com  Jesus Cristo.

Rev. Ivan G. G. Ross             

sábado, 1 de dezembro de 2012

O Cordeiro de Deus




Leitura: João 1:29-39

“... Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo. 1:29)

Nesta leitura observamos a primeira transferência de ouvintes do Evangelho: de João Batista para Jesus Cristo. João trabalhou para este fim; não para receber seguidores da sua própria pessoa, mas, sim, para que Cristo pudesse receber um povo espiritualmente preparado para segui-Lo. O pensamento dominante de João foi: “Convém que Cristo cresça  e que eu diminua.”

1. Cristo é Apresentado (vs 29-31). Depois de Seu batismo, Jesus ausentou-se por um tempo. Aqui Ele reaparece, pronto para ser apresentado às primeiras pessoas. E João Batista, fiel ao seu ministério, O apresenta como o Cordeiro de Deus; aquele que daria a vida em resgate por muitos.

2. Cristo é  Apreendido (vs 32-34). A descida do Espírito Santo o atesta como o Salvador. João Batista apreendeu bem a missão do Mestre. É Ele quem batiza com o Espírito Santo. É Ele quem recebe pecadores como membros de Seu Corpo.

3. Cristo é Apreciado (vs 35-39). A declaração “Eis o Cordeiro de Deus” foi um convite para segui-lo.  Eles estão hesitantes a principio, mas outro convite os encoraja: “Vinde e vede”. Este primeiro encontro foi tão apreciado que os dois discípulos de João Batista ficaram com Jesus.  

Oração: Damos-te graças, Senhor, porque Tu nos deste um Salvador. Ajuda-nos a sermos fiéis a Ele em nosso testemunho cristão. Pedimos em nome de Cristo Jesus. Amém.