“Bem-aventurado os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” Mateus 5:7.
A partir da quinta bem-aventurança até à sétima, discernimos uma ligeira mudança na ênfase. A humildade, o arrependimento, a mansidão e a fome espiritual são características constantes em todos os cidadãos do reino dos céus. Mas as três bem-aventuranças que se seguem enriquecem a descrição daqueles que são verdadeiramente saciados com a justiça de Cristo, pois estão ansiosos para praticar essa justiça em sua própria vida.
1. O Encorajamento da Bem-aventurança. Há uma alegria indizível que invade o coração quando percebemos que a nossa vida está se conformando mais e mais à imagem daquele que nos amou e a si mesmo se entregou por nós. Cristo nos convida: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (Jo. 7:37-38). E, dessa abundância, temos os recursos para imitar a Cristo. Em que sentido? Como ele nos amou, assim amemos uns aos outros.
2. A Manifestação da Bem-aventurança. O misericordioso é aquele que abre o seu coração quando vê alguém num estado de miséria. O exemplo máximo dessa disposição é o próprio Senhor Jesus Cristo. Quantas vezes Ele ficou “profundamente compadecido” diante da miséria humana e logo cuidou do necessitado, (Mc. 1:40-42). O bom Samaritano nos mostra como devemos agir nessa situação. Quando ele viu o rapaz semimorto “compadeceu-se dele. E, chegando-se pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhe óleo e vinho; e, colocando-o sobre seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele”. E ainda pagou as despesas de hospedagem! O cuidado do Samaritano foi total, (Lc. 10:33-35).
3. O Cumprimento da Bem-aventurança. Devemos sempre lembrar que somos pecadores, carecendo da glória de Deus e totalmente dependentes da sua misericórdia. O Salmista orava: “Não te lembres dos meus pecados da mocidade, nem das minhas transgressões. Lembra-te de mim, segundo a sua misericórdia, por causa da sua bondade, ó Senhor” (Sl 25:7). E, semelhantemente, convém lembrar da lei da semeadura. Se semearmos atos de misericórdia, ceifaremos atos de misericórdia.
Conclusão: Quer ou não quer, estamos sempre plantando algo através do nosso estilo de vida. Que a colheita que, com certeza haveremos de ceifar, seja para o consolo em nossos anos de declínio.
Rev. Ivan G. G. Ross
Nenhum comentário:
Postar um comentário