Leitura
Bíblica: Mt. 28: 2-4, 11-15
Introdução:
Diante de uma multidão de ouvintes, Cristo declarou: “ Eu sou a ressurreição e
a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá” (Jo. 11:25). Ele demonstrou a
veracidade dessa afirmação quando, diante do túmulo de um morto, ordenou:
“Lázaro, vem para fora! Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos
ligados com ataduras e o rosto envolto por um lenço. Então lhes ordenou Jesus:
Desatai-o e deixai-o ir” (Jo. 11:43-44). Ninguém duvidava do poder de Jesus
para ressuscitar os mortos, nem os seus inimigos mais ferrenhos. Mas Ele
assustou a todos quando profetizou que seria crucificado e ressuscitado no
terceiro dia, (Mt. 16:21). Seus inimigos nunca se esqueceram dessa palavra. Por
isso, quando Jesus foi assassinado e sepultado, os principais sacerdotes e os
fariseus, “dirigindo-se a Pilatos, disseram-lhe: Senhor, lembramo-nos de que
aquele embusteiro, enquanto vivia, disse: depois de três dias ressuscitarei.
Ordena, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia,
para não suceder que, vindo os discípulos, o roubam e depois digam ao povo:
Ressuscitou dos mortos, e será o último embuste pior do que o primeiro” (Mt.
27:62-66).
Podemos
perguntar: Por que os incrédulos ficaram tão preocupados com a possível
ressurreição de Cristo? Porque, no fundo da sua consciência, eles acreditavam
no poder de Cristo e na profecia da sua ressurreição. Seus muitos milagres não
deixavam espaço para dúvidas. Assim, através de recursos humanos, fizeram tudo
para impossibilitar a ressurreição. Mas, quem é que pode coibir o poder de Deus
quando Ele está agindo? Ele mesmo declarou: “Ainda antes que houvesse dia, eu
era; e nenhum há que possa livrar alguém das minhas mãos; agindo eu, quem o
impedirá?” (Is. 43:13).
Agora,
vamos nos colocar diante do sepulcro onde o Senhor Jesus jazia.
Vemos
uma escolta de soldados, possivelmente uns dezesseis homens para manter uma
vigilância ininterrupta até ao terceiro dia, cada um pronto para impedir
qualquer novidade (At. 12:4).
Finalmente
chegou o Dia temido, o terceiro dia, o dia da prometida ressurreição de Jesus
Cristo. “Ao despontar o sol” (Mc. 16:2), subitamente, “eis que houve grande
terremoto, porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e
assentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste, alva
como a neve” (Mt. 28:2-3).
Qual
foi a reação daqueles soldados valentes? “E os guardas tremeram espavoridos e
ficaram como se estivessem mortos” (Mt. 28:4). Quando o poder de Deus se
manifesta, não há ninguém que possa se suster, todos caem diante dele (Is.
18:5-6). Aqueles soldados foram testemunhas oculares da ressurreição de Jesus
Cristo. Que oportunidade de desfrutar das bênçãos da ressurreição e proclamar,
destemidamente, a verdade que tinham acabado de testemunhar!
Portanto,
qual foi a mensagem inicial daqueles soldados? Na presença dos principais
sacerdotes, contaram tudo o que sucedera: o terremoto, a descida do anjo, e como
ele rompeu o selo e afastou a pedra. Nada esconderam. Notemos que nenhum dos
sacerdotes contestou a veracidade do relato. Na sua consciência, eles sabiam
que, de fato, Jesus ressuscitara dentre os mortos, exatamente como os soldados
relataram. Qual foi a reação daqueles religiosos?
Nesse
ponto, devemos inserir uma advertência séria das Escrituras Sagradas: “Tendes
cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de
incredulidade que vos afaste do Deus vivo” (Hb. 3-12). A incredulidade sempre
leva a sua vítima a um comportamento rebelde e perverso. Diante de evidências
tão convincentes, os sacerdotes receberam uma oportunidade ímpar para se
arrepender da sua hipocrisia e fazer as suas pazes com Deus. Mas a
incredulidade os afastou do Deus vivo e da esperança de uma verdadeira comunhão
com Deus. Em vez de receberem a verdade, eles a perverteram e subornaram os
soldados, dando-lhes “grande soma de dinheiro” (Mt. 28:12) para que espalhassem
uma mentira. A Bíblia proíbe o recebimento desse tipo de dinheiro, “porque o
suborno cega até o perspicaz e perverte as palavras do justo” (Ex. 23:8). Com o
dinheiro nas mãos, os soldados ficaram cegos e, mesmo agindo contra a verdade,
espalharam uma mentira do tipo mais ridículo: “Vieram de noite os discípulos de
Jesus e o roubaram enquanto dormíamos” (Mt.28:13). Quantas pessoas já perderam
a esperança da vida eterna porque acreditaram na mentira, em uma mensagem
pervertida pela presença do suborno!
Mas,
vamos continuar olhando para o túmulo. O que mais estamos vendo? Duas ou três
mulheres estão se aproximando do sepulcro. Ao verem a pedra removida e o anjo
do Senhor assentado sobre ela, “ficaram surpreendidas e atemorizadas” (Mc.
16:5). “Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que
buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha
dito. Vinde ver onde ele jazia. Ide, pois, depressa e dizei aos seus discípulos
que ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galiléia; ali o
vereis. É como vos digo!” (Mt. 28:5-7). Qual foi o efeito da ressurreição de Jesus
Cristo sobre a vida daquelas mulheres? Foram “tomadas de medo e grande alegria,
correram a anunciá-lo aos discípulos” (Mt. 28:8). E, todos os que creram no
Senhor ressurreto, foram tomados de grande júbilo, adorando e louvando a Deus
(Lc. 24:52-53).
Terminamos
comentando sobre a reação de diversas testemunhas da ressurreição de Jesus
Cristo. Os soldados ficaram carentes de qualquer benefício, porque o suborno
cegou as suas consciências e os afastou do Deus vivo. É como a Bíblia registra:
“Para os perversos (e subornados), diz o meu Deus, não há paz” (Is. 57:21).
Agora,
veja as mulheres e, sucessivamente, até os nossos dias, a alegria e o consolo
que inunda a vida daqueles que crêem na ressurreição corporal de Jesus Cristo.
É como Ele mesmo disse: “Porque eu vivo, vós também vivereis” (Jo. 14:19). A
nossa esperança se baseia sobre o Cristo ressurreto e vivo para todo sempre.
Vamos imitar o anseio do Ap. Paulo: “Para o conhecer, e o poder da sua
ressurreição e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua
morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos” (Fl.
3:10-11)
Páscoa, 20 de Abril de
2014
Rev. Ivan G. G. Ross.
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