“Ele
(o cristão) é como uma árvore plantada junto a corrente de águas, que no devido
tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será
bem sucedido” (Salmo 1:3)
O
primeiro versículo deste salmo começa afirmando: “Bem-aventurado”. A palavra na
língua original está no plural. O homem agraciado com a benção de Deus tem
muitas bem-aventuranças, cada uma agindo simultaneamente em sua vida, “porque
as misericórdias do Senhor não têm fim, renovam-se cada manhã” (Lm. 3:22-23).
Qual a razão da nossa bem-aventurança? O Apóstolo responde: “Aquele que começou
boa obra em nós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fl. 1:6).
1. O Processo desta Obra. Usando a figura de uma “árvore plantada junto
a corrente de águas”, o salmista está descrevendo o processo da nossa
regeneração. É uma obra exclusiva e soberana da parte do Espírito Santo na vida
da pessoa que crê em Cristo. A promessa é esta: “Dar-vos-ei coração novo e
porei dentro de vós espírito novo: Tirarei de vós o coração de pedra e vos
darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis
nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” (Ez. 36:26-27).
Depois de renovar a totalidade da nossa natureza, moral e espiritual, o Senhor
ratifica esta obra, dando-nos o seu Espírito Santo que nos capacita para andar
em novidade de vida.
2. O Propósito desta Obra. O fim desta “árvore plantada” é que “no
devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha”. O Espírito Santo que
habita na vida daquele que crê em Jesus Cristo é o Autor deste fruto que adorna
a vida do cristão. “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl.
5:22-23). A boa qualidade deste fruto é garantida por causa do vigor da Fonte,
por isso a sua “folhagem não murcha”. Cristo nos designou para que demos fruto
e que este fruto permaneça (Jo. 15:16).
3. O Progresso desta Obra. O Espírito Santo dá progresso a esta obra, no
sentido de que “tudo quanto o cristão faz será bem sucedido.” Cristo nos deu
esta chave: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e, eu,
nele, esse dá muito fruto: porque sem mim nada podeis fazer” (Jo. 15:5). A
nossa frutificação depende da nossa permanência, da nossa comunhão espiritual
com Jesus Cristo. E, permanecendo nele podemos orar: “Seja sobre nós a graça do
Senhor nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a
obra das nossas mãos” (Sl. 90:17).
Que
cada um de nós possamos demonstrar que Deus de fato tem começado uma boa obra
em nossa vida. Devemos ser visíveis, “como uma árvore plantada junto a corrente
de águas”.
Rev. Ivan G. G. Ross
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