Há duas coisas indispensáveis na vida do cristão: Um conhecimento esclarecido de seu dever; e a prática consciente deste dever. Pode existir conhecimento sem praticá-lo, porém, não pode existir a prática de alguma coisa sem o conhecimento dela.
E Deus, como o nosso Criador, foi servido em dar-nos o conhecimento da sua vontade através dos dez mandamentos, a fim de orientar o nosso comportamento espiritual e moral.
Vamos considerar as circunstâncias nas quais estas leis foram dadas:
1. A sua promulgação.
O povo teve de passar dois dias em preparo espiritual, em santificação, a fim de ouvir a voz de Deus. É necessário preparar os nossos corações a fim de ouvir convenientemente a palavra de Deus
2. A sua unicidade.
Os dez mandamentos são tão importantes que Deus mesmo os entregou publicamente. Não houve nenhuma outra ocasião quando Deus revelou a sua vontade desta maneira. E quando estas leis foram escritas sobre tábuas de pedra, foi a obra do dedo de Deus. Podemos perceber que Deus deu uma honra especial a estas leis.
3. As suas fontes.
As suas fontes são o amor de Deus, um amor remidor. “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Ex. 20:2). Às vezes as manifestações divinas são temíveis, como nesta ocasião, mas é o amor de Deus que sobrepuja todas as circunstâncias. A cena da crucificação de Cristo foi terrível, porém, Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito.
4. A sua continuidade.
Os dez mandamentos não são um plano de salvação, são uma revelação da vontade santa de Deus, e continuam assim em pleno vigor. E, para estabelecer a sua continuidade, Deus os escreveu sobre os corações de todos os que são nascidos de novo.
Os primeiros cinco mandamentos são as nossas obrigações diante de Deus e cada um é qualificado com a frase: “O Senhor teu Deus”, a qual não aparece nos últimos cinco. Os nossos pais não os nossos próximos, eles têm uma posição especial. Para a criança, os pais representam a autoridade divina. O filho que desobedece a seus pais está pecando contra Deus, recusando a autoridade em sua vida.
O Apóstolo Paulo disse que a lei é espiritual, abrangendo não somente os atos exteriores, mas também as atitudes escondidas em nossos íntimos. A lei revela o erro do nosso comportamento. O pecado tirou de nós o nosso senso de santidade, por isso, pela lei, o Espírito Santo nos convence do pecado.
A lei nunca é passiva, ela abençoa os obedientes com promessas valiosas, mas pronuncia castigo aos desobedientes. Há muito mais do que dez pecados, porém, todos são incluídos nestes dez.
Rev. Ivan G. G. Ross
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