Vasos de Honra

domingo, 13 de maio de 2012

A JUSTIÇA DE DEUS


 “Pois tu, Senhor, és o Altíssimo sobre toda a terra; tu és sobremodo elevado acima de todos os deuses” (Sl. 97:9)

O Salmo 97 era cantado nos dias de festa em Jerusalém. O povo cantava o seu reconhecimento da soberania de Deus, “O Senhor de toda terra”..

Devemos tentar descobrir o sentimento espiritual que o povo sentia ao subir para Jerusalém. Nesta cidade habitava o Senhor (no sentido mais concentrado e tangível), portanto, a chegada neste lugar implicava um encontro pessoal com o “Grande Rei”.

Parte deste sentimento espiritual era o reconhecimento da justiça de Deus, “Os céus anunciam a sua justiça, e todos os povos vêem a sua glória” (V6). Este é o atributo que expressa a maneira de Deus em julgar o procedimento das pessoas. Ele é imparcial. Ele dá a cada um o que lhe é devido, de acordo com a lei. Quando o Egito estava sendo julgado, Faraó chegou a confessar: “ Esta vez pequei; o Senhor é justo, porém eu e o meu povo somos ímpios” Ex. 9:27. Neste sentido, entendemos o registro em Salmo 48:10. “Como o teu nome, ó Deus, assim o teu louvor se estende até aos confins da terra: a tua destra está cheia de justiça.”

O Salmo 97  descreve o Rei e o Reino.

Este Rei e o seu domínio promovem alegria entre os povos, pois a “Justiça e Juízo são a base do seu trono.” O seu reinado é caracterizado por atos de justiça que são exatos e iguais em sua distribuição. Em todos os atos do governo de Deus, todas as suas decisões e todas as suas colocações são manifestações de justiça e de santidade.

Muitas vezes o governo de Deus é cercado por “nuvens e escuridão.” Seus propósitos não são facilmente compreendidos ou percebidos; existe sempre algo de mistério nos caminhos de Deus. Podemos pensar nas providências de Deus que têm duas expressões contraditórias. Jesus Cristo é a providência de Deus para a salvação de pecadores, contudo, para alguns, Ele é “pedra de tropeço e rocha de escândalo” O Apostolo Paulo confessou “Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus” 1 Co. 1:18. 

Podemos pensar nos espinhos que são enviados para nos esbofetear, contudo, apesar do desconforto destas providências, podemos experimentar maiores medidas da suficiência da graça de Deus, (2 Co. 12:7-10). Apesar do que sentimos na carne por causa destas providências misteriosas, o que nos sustenta é a confiança na justiça e na sabedoria de  Deus . “Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, benigno em todas as suas obras” (Sl. 145:17). O versículo 3 é uma verdade que todos os zombadores de Deus devem ouvir: “Adiante dele vai um fogo que lhe consome os inimigos em redor”. No momento, parece tão fácil levantar-se contra o Senhor, porém, Ele virá julgar a terra; julgará o mundo com justiça, (Sl. 96:13).

 No reino de Deus não há lugar para dualismo. A unicidade da justiça de Deus necessita de condenação e de eliminação de tudo o que é falso. No dia da vinda do Senhor, serão confundidos todos os que servem imagens de escultura; serão confundidos porque uma mera imagem de escultura, algo fabricado pelas mãos humanas, não pode salvar, nem servir de refúgio no dia da manifestação da justiça de Deus. Nada, a não ser a verdadeira religião é capaz de derrubar as fortalezas da idolatria e da superstição de prestar culto às imagens. O culto a Deus através de imagens é sempre idolatria (Dt 4:12,15,16). Temível é a culpa de todos que corrompem o culto a Deus pela introdução de auxílios humanos. Devemos cultivar uma santa dependência do Espírito Santo para nos auxiliar em todas as nossas necessidades, (Ef. 3:14-19).

O Salmo começou com a exortação geral: “Regozije-se a terra, alegrem-se as muitas ilhas;” e termina com uma exortação especifica: “Alegrai-vos no Senhor, ó justos, e daí louvores ao seu santo nome.”  Piedade e alegria  sempre andam de mãos dadas. Amor a Deus e a aversão ao mal, também se acham sempre juntos. 

A manifestação da justiça de Deus é sempre motivo de intensa alegria. Vindicamos o verdadeiro e imaculado culto a Deus. “Pois tu, Senhor, és o Altíssimo sobre toda a terra; tu és sobremodo elevado acima de todos os deuses.”


Rev. Ivan G. G. Ross

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