“Tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau” (Ef. 6:13).
O que significa esse “dia mau”? Alguns dizem que é a vida inteira do cristão. Jacó, já à beira da morte, lamentou: “Poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida” (Gn. 47:9). Cristo advertiu os discípulos: “No mundo passais por aflições” ( Jo. 16:33). Mas este sofrimento generalizado é a porção de qualquer pessoa, afinal, todos nós somos herdeiros das conseqüências do pecado.
Contudo, no texto citado, o Apóstolo Paulo está indicando algo bem mais específico. É um dia que se distingue de todos os demais. Ele traz uma novidade, algo que os outros dias não apresentam, males como: desastres naturais (uma enchente destruindo a propriedade); desastres materiais (a casa sendo assaltada); desastres físicos (uma doença terminal); desastre final (a chegada do último inimigo, a morte vem para ceifar mais uma vida). Seja qual for a natureza específica desse momento, ele poderá ser suavizado com o devido preparo: “Tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir (permanecer inabaláveis) no dia mau”(Ef. 6:13). Deus já providenciou os recursos necessários para que sejamos mais que vencedores no “dia mau”.
Vamos observar algumas características da visitação desse “dia especial”.
1. O “dia mau” é Inescrupuloso.
O “dia mau” não tem pena da sua vítima. Seja qual for a natureza desse mal, ele vem para desorientar e machucar, não leva em conta os sentimentos de ninguém.
O dia, em si, não é pecado, ou seja, a pessoa que recebe esta visitação não se torna culpada de pecado. O pecado é sempre a transgressão da lei de Deus (1Jo.3:4). O dia mau é algo que vem sobre nós involuntariamente e sem a nossa participação.
Também devemos lembrar que esse dia mau, normalmente, não vem por causa de um pecado específico que estamos abrigando em nossa vida. Entendemos que, para o cristão, o dia mau vem com a soberana permissão de Deus, e é por isso que Ele está presente conosco nestas aflições: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo” (Sl. 23:4).
Muitas vezes, esse “dia mau” é permitido para provocar uma manifestação da sinceridade da nossa fé. Nós vamos permanecer fiéis no meio da tribulação e glorificaremos a Deus, ou negaremos a fé a fim de nos livrarmos da aflição? Lembremo-nos de Jó.
Esse dia mau é permitido para nos fazer lembrar que este mundo é assim mesmo e, portanto, impróprio para a construção de esperanças permanentes. Abraão, sentindo a sua vulnerabilidade, “aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hb.11:10). De forma semelhante, sentindo a nossa insegurança, devemos buscar refúgio sob as assas do Deus poderoso, o Deus que envia o seu auxílio (Rt. 2:12; Sl.57:3).
2. O “dia mau” é Inevitável.
Uma outra característica a ser abordada é que o “dia mau” é inevitável, isto é, há de chegar, independente do nosso estado espiritual. Em Eclesiastes capítulo 8, versículo 8, está escrito: “Não há nenhum homem que tenha domínio sobre o vento para o reter; nem tão pouco tem ele poder sobre o dia da morte; nem há tréguas nesta peleja”. A morte é um temido exemplo de “dia mau”. Com o nosso nascimento, ela já foi anunciada: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, depois disto, o juízo” (Hb.9:27). Devemos ter consciência da imutabilidade das determinações de Deus, porque Ele mesmo já se pronunciou: “Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei” (Is. 46:11). Quando a ordem da morte é emitida, não há como resistir, temos de ir.
3. O “dia mau” é Inescusável.
O “dia mau” é também inescusável, isto é, não há desculpas para justificar a nossa falta de preparo. Já fomos advertidos: haverá dias maus para cada pessoa, “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau” (Ef. 6:13). Podemos meditar sobre esta necessidade em termos de dever e prudência:
O nosso próprio dever. A Bíblia ensina: “A sabedoria do prudente é entender o seu próprio caminho” (Pv. 14:8). Sabemos que dias maus nos aguardam, portanto, devemos estar preparados. A boa providência de Deus nos oferece inúmeras oportunidades para ficarmos prevenidos contra estas visitações negativas, e oportunidades são dadas a fim de serem aproveitadas. O Apóstolo Paulo exclamou: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?” (Hb. 2:3).
À luz da prudência. Eis a voz das Escrituras: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim, como sábios, redimindo o tempo, porque os dias são maus” (Ef.5:15-16). Este preparo para o “dia mau” é uma questão de prioridade. Devemos sentir uma urgência na exortação do Apóstolo Paulo: “Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação” (2Co. 6:2). É muito difícil e até impossível se vestir em pleno dia mau; achando-se nu, permanecerá nu e desabrigado. Não sabemos a hora da chegada desta aflição, porém, sabemos que ela há de chegar. Portanto, devemos ser prudentes e nos preparar para aquele dia. O choro de remorso por causa de oportunidades desperdiçadas não traz nenhum auxílio e nem consolo: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau” (Ef.6:13).
A própria experiência pessoal deve nos ensinar que estamos expostos a todo tipo de mal. Contudo, apesar das duras evidências da realidade desse dia temível, percebemos que poucos se preparam. Evidentemente, é mais cômodo adiar qualquer decisão, ou esconder-se atrás de formas de mentiras, tais como: este dia não existe, é só para nos amedrontar; talvez este dia possa chegar, mas é reservado somente para os idosos, eu ainda sou muito jovem, não vou me preocupar com estes assunto por enquanto; este dia mau é o castigo de Deus para pecadores, mas eu sou crente, protegido contra tais adversidades, por isso não preciso me incomodar com tais coisas negativas.
O que devemos fazer para estarmos devidamente preparados? É necessário desembaraçar-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, e firmarmos todas as nossas esperanças em Jesus Cristo, porque Ele é a armadura de Deus (Hb.12:1-2). O dia mau vem como ladrão de noite: “Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm a dor de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão” (1Ts.5:2-3). “Mas revesti-vos do Senhor Jesus, e nada disponhais para a carne, no tocante às suas concupiscências” (Rm.13:14).
ótima mensagem,gostei muito,Jesus continue te usando
ResponderExcluirGostei muito.Procurei algo a respeito por que estou passando por esses dias.É cruel e doloroso,mas como Jó disse: eu sei que o meu redentor vive e que por fim logo se levantará sobre a terra" Depois de consumida a minha pele ainda em minha carne verei a Deus.O choro a dor a seca é muito ruim,mas Deus já me respondeu, ele não deixa nenhum dos seus servos sem resposta quando o buscamos de todo nosso coração.Eu amo esse Deus e espero passar nessa prova, amém!
ResponderExcluirObrigado ;)
ResponderExcluir(show de bola meu cumpadekkkkkkkkkk é brincadeira )um comentário fantástico sobre o assunto aprendi muito com esse comentário Deus te abençoe imensamente meu irmão.
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