Vasos de Honra

sábado, 30 de junho de 2012

Cristo o único salvador



Leitura Bíblica: João 6:25-29

Introdução:  O sexto capítulo do Evangelho Segundo João, registra as atividades de Jesus e de seus discípulos durante dois dias de seu ministério. No primeiro dia, vemos Jesus ensinando a Palavra de Deus a uma numerosa multidão, Jo. 5:19-47. Ao anoitecer, Jesus, percebendo a necessidade física de seus ouvintes, deu-lhes um sinal inconfundível da sua Messiandade: a multiplicação de cinco pães de cevada e dois peixinhos que, milagrosamente, alimentaram quase cinco mil pessoas famintas. O milagre foi muito singular, porque, além de oferecer a todos quanto queriam “foram recolhidos doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada que sobraram” Vs. 11-12. O povo ficou tão convencido da Messiandade de Jesus que queriam “arrebatá-lo para o proclamarem rei.” Mas por não ter ainda chegado a sua hora, Ele “retirou-se novamente, sozinho, para o monte,” enquanto os discípulos navegaram, rumo a Cafarnaum, Vs. 15-17

No Segundo dia, a mesma multidão chegou a Cafarnaum, à procura de Jeus e o encontrou na Sinagoga, ensinando a Palavra de Deus, V.59. Surpreendidos, perguntaram: “Mestre, quando chegaste aqui?” A resposta que Ele lhes deus é o assunto da nossa mensagem.

1. A Necessidade de Prioridades, V 27a. Em vez de responder a pergunta à respeito de seu paradeiro, Jesus passou a falar sobre a necessidade de ter prioridades espirituais na vida. Qual foi o motivo principal desta multidão para procurar a presença de Jesus? Ele mesmo responde: “Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais (as credenciais da sua Messiandade), mas porque comeste dos pães e vos fartaste” v. 26 Qual foi o erro desta multidão?

a) Uma interpretação equivocada do propósito redentor do Messias. Eles acreditaram que o messias iria conduzir a nação para uma prosperidade material. Não tinham nenhum interesse nos valores espirituais que o Messias introduziria. Receber uma fartura de pão gratuitamente, para eles, era muito mais importante e desejável. Em vez de trabalhar para o seu sustento, como a Bíblia ordem, queriam um Messias que promoveria uma prosperidade material, sem qualquer esforço pessoal. Este tipo de mentalidade persiste, inclusive em nossos dias. Em vez de perguntar: “O que devo fazer para que seja salvo?” At. 16:30. A indagação de muitos é: O que posso ganhar de Cristo a fim de aumentar o meu bem-estar neste mundo? Um Messias que veio para resolver o problema do pecado e do estado espiritual  do homem não é mais desejado. No dia do juízo final, a condenação de muitos será justificada com estas palavras: vós me procuraste, não porque vistes sinais da minha missão, mas porque comestes dos pães e vos fartaste. Vim para buscar e salvar pecadores, mas não quisestes receber. Então, qual é o dever inadiável de cada  pessoa? É este:

b) A necessidade de ter as suas prioridades espirituais acertadas conforme as normas estabelecidas nas Escrituras Sagradas. Cristo ensinou: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas cousas (as necessidades materiais) vos serão acrescentadas” Mt. 6:33. Como é que podemos realizar esta busca espiritual? Cristo deu a orientação: “trabalhai (no sentido de esforçar-se, Lc. 13:24), não pela comida (bens materiais) que perece, mas pelo que subsiste para a vida eterna.” A prioridade que deve sobrepujar todos os nossos interesses é ter paz com Deus e desfrutar das bem-aventuranças da vida eterna. Deus pôs a “eternidade no coração do homem,” e, por causa deste testemunho inapagável, sabemos que a vida continua, mesmo depois da morte, Ec. 3:11. “Tais homens são, por isso, indesculpáveis,” se negligenciarem as prioridades espirituais, Rm. 1:20.  

2. A Necessidade de Princípios, V.27b. Todas as pessoas têm seus princípios, pelos quais procuram viver bem no meio da sociedade. A mesma verdade existe na área espiritual. Não podemos viver de qualquer jeito; temos que seguir os princípios que o próprio Deus prescreveu para o nosso bem. O nosso texto nos oferece dois princípios que devem ser observados com todo cuidado.

a) O primeiro princípio. De quem podemos receber a vida eterna? O texto estabelece: “A vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará”. Devemos sentir a exclusividade de Jesus Cristo para salvar pecadores e conceder-lhes a vida eterna. O Ap. Pedro tinha esta convicção: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” At. 4:12.

A história da nossa redenção começou quando Deus prometeu enviar o seu próprio Filho para ser o Redentor de seu povo. “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito” Jo. 3:16 “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel” Is 7:14. O nome “Jesus” descreve a missão do Emanuel: “Ele salvará o seu povo dos pecados deles” Mt. 1:21-23. Os séculos passaram, e, finalmente, chegou o prometido Advento. “Vindo a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” Gl 4:4-5. O que Deus prometeu, Ele cumpriu! Por causa da fidelidade de Deus em enviar seu próprio Filho a fim de buscar e salvar pecadores, podemos acreditar que Jesus Cristo é o único que foi enviado e autorizado para dar a vida eterna para aqueles que nele crêem. Não existe nenhuma outra opção.       

b) O Segundo princípio: Por que Cristo é o único que pode nos dar a vida eterna? O nosso texto explica: “Porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo”. Por ter nascido como qualquer outra pessoa e reconhecido em figura humana, era necessário que as suas origens fosse anunciadas publicamente. E este pronunciamento aconteceu por ocasião do seu batismo, quando Ele foi ungido visivelmente pelo Espírito Santo e quando a voz dos céus disse: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” Mt. 3:13-17. À luz deste acontecimento, o Ap. João declarou “Pois o enviado por Deus fala as palavras dele, porque Deus não dá o Espírito por medida. O pai ama ao Filho, e todas as cousas têm confiado às suas mãos. Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia , se mantém rebelde contra o Filho (não aceitando-o como o único Salvador) não verá vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” Jo. 3:34-36. É de suma importância que observemos estes dois princípios, pois, seguindo-os alcançaremos a vida eterna. 

3. A Necessidade de Primazias, Vs. 28-29.  O discurso de Jesus foi interrompido pela pergunta: “Que faremos para realizar as obras de Deus?” Apesar de uma espiritualidade aparente, estas pessoas acreditavam que era necessário praticar as obras da lei a fim de merecer a salvação. Mas o Apóstolo Paulo era sempre taxativo ao condenar este engano: “ Sabendo, contudo, que o homem não é justificado (salvo) por obras da lei,... pois, por obras da lei, ninguém será justificado (salvo)” Gl. 2:16.

Em seguida, Jesus lhes deu esta orientação: Se vocês querem uma espiritualidade que agrada a Deus, eis a resposta: “A obra de Deus é esta: que creais naquele que por ele foi enviado.” Em vez de fugir da primazia de Cristo, temos que crer que Ele é o prometido Messias. Mas, o que realmente significa “crer em Jesus Cristo?” Eis o resumo: “Que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” 1 Co. 15:3-4. Portanto, crer em Cristo significa que entendemos, aceitamos e descansamos sobre estas três verdade essenciais à salvação da nossa vida:

a) Cremos na morte substitutiva de Jesus Cristo. “Ele morreu pelos nossos pecados”.A Escritura ensina: “Mas ele (Cristo) foi transpassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; ... O Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos” Is. 53:5-6.

b) Cremos no sepultamento de Jesus Cristo. Quando Ele foi sepultado, o nosso pecado, que estava sobre Ele, foi também sepultado e entregue ao esquecimento. A Escritura ensina: Disse o Senhor: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos ter pecados não me lembro” Is. 43:25. O Senhor “lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar” Mq. 7:19.

c) Cremos na ressurreição de Jesus Cristo. A Escritura registra a promessa que Cristo recebeu: “Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção” Sl. 16:10; At. 2:31-32. Cristo “foi entregue por causadas nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação” Rm. 4:25. Estas são as três primazias de evangelho e a base de uma fé salvadora. “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei” Rm. 3:39.   

Conclusão: Vamos acreditar na centralidade de Jesus Cristo nos propósitos de Deus para salvar pecadores. Deus não cogitou nenhum outro meio pelo que podemos ser salvos. A única participação que Deus requer de nós é que creiamos em seu Filho, Jesus Cristo. “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado.”

Rev  Ivan G. G. Ross
Itajubá, 30 de Junho de 2012

sábado, 23 de junho de 2012

Como tomar posse da salvação




Leitura Bíbliaca: Atos 2:37-41

Introdução: É necessário que entendamos algo sobre o contexto destes versículos, e, para isto, faremos algumas perguntas:

a) Quais são as pessoas que ouviram esta mensagem? São os judeus e os prosélitos que vieram a Jerusalém a fim de assistir a Festa de Pentecostes. Entendemos que, basicamente, elas foram as mesmas pessoas que freqüentaram a Festa da Páscoa, portanto, são as mesmas que presenciaram e ajudaram na crucificação e morte de Jesus Cristo, por isso, o Apóstolo podia fazer esta acusação: “Vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos.”

b) Qual foi o assunto principal desta mensagem que elas ouviram? Foi uma exposição das profecias messiânicas do Antigo Testamento. O apóstolo demonstrou que o conhecido “ Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais ... sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o mataste, crucificando-o por mãos de iníquos.” Mas este não foi o fim da história. O Apóstolo acrescenta jubilosamente, “ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse Ele retido por ela.” O próprio Jesus, já ressuscitado, fez os discípulos se lembrarem do seu ensino: “Importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (Lc. 24:44).

c) E qual foi o apelo que o Apóstolo fez? “Esteja absolutamente certo, pois, toda a casa de Israel de que este Jesus que vós crucificaste, Deus o fez Senhor e Cristo.” Não pode haver dúvidas quanto à Pessoa, Obra e Designação de Jesus Cristo.

d) Qual foi o efeito desta mensagem sobre a consciência destes ouvintes? Cada pessoa sentiu, pessoalmente, a sua culpa pela crucificação e morte de Jesus Cristo, o imaculado Filho de Deus. E, com corações compungidos pela culpa e pelo terror do Juízo Vindouro, perguntaram: “O que faremos, irmãos?”  A nossa mensagem é a exposição da resposta que o Apóstolo lhes deu. São os quatro passos básicos que devem ser tomados, a fim de se tomar posse da salvação. “Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar. Com muitas outras palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.”   

1. A Norma do Arrependimento. “Arrependei-vos.” A melhor definição do arrependimento se encontra no Breve Catecismo da nossa Igreja: “Arrependimento para a vida é uma graça salvadora, pelo qual o pecador, tendo um verdadeiro sentimento de seu pecado e percepção da misericórdia de Deus em Cristo, se enche de tristeza e de horror pelos seus pecados, abandonando-os e volta-se para Deus, inteiramente resolvido e presta-lhe nova obediência” (Resp. 87). Uma das atividades principais do Espírito Santo é convencer o pecador da sua culpabilidade; ele tem transgredido a Santa Lei de Deus. Assim, mediante o poder do Espírito Santo, o pecador clamará ao Senhor: “pois eu conheço minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos” (Sl. 51:3-4). Quando alguém reconhece a sua culpabilidade, ele sentirá a necessidade de confessá-la. É uma determinação e uma parte inseparável do arrependimento. “ Disse, confessarei ao Senhor as minhas transgressões” (Sl. 32:5). Está implícito no ato da confissão o abandono do pecado, porque ele tornou-se nocivo e repugnante, e a volta para Deus, inteiramente resolvido e prestar-lhe nova obediência. A nossa oração é: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro em mim um espírito inabalável” (Sl. 51:10).

2. A Norma do Batismo. “E cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo.” Não é do nosso interesse discutir o modo de administrar o batismo neste momento; antes, queremos saber a razão desse conselho. Desde o Antigo Testamento, Batismo, ou, “diversas ablusões’ (Hb. 9:10), foram ritos de “purificação” (Jo. 3:25). Antes de começar qualquer serviço espiritual, o candidato teve que ser “lavado” (Ex 40:31-32). Portanto, o Apóstolo está exortando o povo acerca da necessidade de ser “purificado” antes de poder servir a Deus aceitavelmente; seus pecados têm que ser perdoados. Esta purificação é recebida somente através de uma identificação, uma união vital com Jesus Cristo. Os salvos no céu estão lá porque “lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro” Jesus Cristo, (Ap. 7:14). Devemos sentir a força das palavras do Apóstolo. Ele está acentuando a unicidade de Jesus Cristo, aquele que foi crucificado por mãos de iníquos, como o único que pode conceder aos pecadores a necessária purificação. “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At. 4:12). Não devemos nos preocupar indevidamente com ritos externos, antes, devemos fundamentar a nossa esperança espiritual em Jesus Cristo, o Autor e Consumador da nossa salvação, (1 Co. 10:12).

3. A Norma do Perdão. “Para remissão dos vossos pecados.” Antes de ser perdoado, o Salmista confessou: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a mão do Senhor pesava dia e noite sobre mim (esta foi a obra do Espírito Santo convencendo-o de seu pecado) e o meu vigor se tornou em sequidão de estio.” Ele sentiu alívio somente depois de confessar o seu pecado e quando soube que o Senhor o tinha perdoado, (Sl. 32:3-5). Os ouvintes da mensagem do Ap. Pedro sentiram o mesmo desespero, pois seus corações ficaram compungidos pelo peso da sua culpa, sabendo que eles mesmo foram responsáveis pela crucificação e morte de Jesus Cristo. A pergunta do Salmista  é também a nossa: “Se observares, Senhor, iniqüidades, quem, Senhor subsistirá?” (Sl. 130,3). A conclusão do Profeta foi: “A alma que pecar, essa morrerá” (Ez. 18:4). Diante da lei de Deus, o pecador está perdido. Contudo, no recôndito da consciência  de cada pessoa, existe a esperança de receber misericórdia  da parte do Senhor, por isso o Salmista podia exclamar confiadamente: “Contigo, porém, está o perdão, para que te temam ... pois , no Senhor, há misericórdia; nele, copiosa redenção” (Sl. 130:4,7). Esta foi a esperança que levou os ouvintes do Apóstolo a perguntar: “Que faremos, irmãos?” Queremos que vocês tragam ao nosso coração o que nos pode dar esperança, (Lm. 3:21). E eles não ficaram decepcionados, porque o Senhor estava conduzindo-os à salvação. O Apóstolo lhes deu esta direção: Crê no Senhor Jesus Cristo, e receberá o perdão de todos os seus pecados , pois para este fim, Ele submeteu-se à morte, tomando para si o castigo de seu povo, (Is.53:5). Em Cristo, as nossas transgressões são afastadas de nós; são apagadas e lançadas na pronfundeza de esquecimento divino, (Sl. 103:12, Is. 43:12). Sim, feliz aquele cuja iniqüidade é perdoada, (Rm. 4:7).     

4. A Norma do Espírito Santo. “E recebereis o dom do Espírito Santo.” “Tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Ef. 1:13-14). Todos aqueles que crêem salvadoramente em Jesus Cristo, recebem o dom do Espírito Santo como o selo e a garantia de que são recebidos por Deus; de que seus pecados são perdoados; e de que têm a salvação. O Espírito Santo é o penhor, ou, podemos dizer, Ele é a primícia de todas as bênçãos celestiais. “Nisto conhecemos que permanecemos nele (em Deus), e Ele em nós: em que nos deu do seu Espírito Santo” (1 Jo. 4:13). Por causa deste dom, podemos confessar: “O Próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm. 8:16).

O dom do Espírito Santo, que habita na vida daqueles que crêem em Jesus Cristo , tem diversas finalidades. No momento, temos que nos limitar a um aspecto só, a saber, a nossa santificação, “sem a qual ninguém verá o Senhor”( Hb. 12:14). Fomos escolhidos, em Cristo, “antes da fundação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis perante ele” (Ef. 1:4). O padrão que Deus estabeleceu para todas as pessoas do mundo inteiro é este: “Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pe. 1:16). A humanidade não pode ser diferente do seu Criador. O Espírito Santo foi concedido a fim de nos dar o poder para andar segundo os juízos de Deus e os observar, (Ez. 36:27). Pelo Espírito, mortificamos os efeitos negativos do corpo, (Rm. 8:13), e, pelo mesmo Espírito, reproduzimos o seu fruto em nosso procedimento diário, a saber: “Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”, (Gl. 5:22-23). A nossa santificação é sempre atribuída à obra do Espírito Santo, (2 Ts. 2:13). Portanto, se vivemos no Espírito, se Ele realmente habita em nossa vida, andemos também no Espírito, (Gl. 5:25).

Conclusão: Se nós precisamos chegar a um determinado lugar, ou  alcançar um objetivo específico, temos que seguir o caminho certo, sem qualquer desvio. Se desprezamos as normas, jamais chegaremos ao destino. O mesmo princípio é verdadeiro na busca da salvação. Começamos reconhecendo a nossa culpabilidade diante da Santa Lei de Deus; temos que nos arrepender do nosso pecado, confessando-o e o abandonando. Temos que crer em Jesus Cristo como o nosso único Salvador, entregando nossa vida aos cuidados dele, a fim de recebermos o perdão dos nossos pecados. Veja como a Confissão de Fé descreve este princípio: “Os principais atos de fé salvadora são: aceitar e receber a Cristo e descansar só nele para a justificação, santificação e vida eterna, isto em virtude do pacto da Graça” (Cap. 14:2) Com estes passos tomados, receberemos o dom do Espírito Santo como a garantia da nossa salvação e o Santificador da nossa vida. Sim, tomemos posse da vida eterna pela fé em Jesus Cristo.

Rev. Ivan G. G. Ross
Itajubá, 12 de Maio de 2012      

sábado, 9 de junho de 2012

Perigos Espirituais



Leitura: Hebreus 12:14-17


"Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem. E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou."



Introdução: Entre uma lista de dezoito pecados, é a desafeição que faz os nossos dias difíceis (1 Tm. 3:1-5). A desafeição é aquela animosidade contra o irmão/irmã na fé. Veja como a carta aos Hebreus descreve o perigo deste pecado.

1. O Perigo da Presunção Vs. 15a. Presumir é supor que Deus não toma conhecimento da desafeição que atua na vida de alguns membros das nossas Igrejas. Eis o desafio: “Atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso”, não cumprindo a lei do amor. O Salmista orava: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração.” O presunçoso não aceita a necessidade deste auto-exame. Cuidado com a presunção, “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” Gl. 6:7

2. O Perigo da Premeditação Vs. 15b. “Nem haja alguma raiz de amargura” em vosso coração. Esta raiz de amargura é algo premeditado por causa da sua permanência na vida do desafeiçoado. Na Igreja, temos pessoas de temperamentos diferentes; contudo, cada uma tem que ser amada. Quando esta raiz de amargura brota, ela perturba a harmonia na Igreja. Ai da pessoa que manifesta este mal. Cuidado com a premeditação. “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” Gl. 6:7

3. O Perigo da Precipitação Vs. 16-17. O que é que provoca atitudes precipitadas? Por que Esaú vendeu o seu direito de primogenitura? Por que membros da Igreja agem tão precipitadamente contra o seu irmão/irmã na fé? A resposta é esta: existe uma raiz de amargura no seu coração. No caso de Esaú, ele odiava o seu irmão.  Essa raiz de amargura, essa atitude precipitada, já existia em seu coração muito antes da venda do direito de primogenitura.O que podemos concluir disso? A pessoa que tem uma raiz de amargura contra o seu irmão/irmã tem outros pecados escondidos em seu coração. Cuidado com a precipitação. “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” Gl. 6:7

Para meditar: A Carta aos Hebreus fala de mais um perigo espiritual: “Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia da tentação no deserto, onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas obras por quarenta anos. Por isso me indignei contra essa geração e disse: Estes sempre erram no coração; eles também não conheceram os meus caminhos. Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado” Hb. 3:7-13.

Rev. Ivan G. G. Ross
08 de Junho de 2012

sábado, 2 de junho de 2012

A Benção



Depois de cada culto na Igreja, o pastor normalmente impetra a benção de Deus usando estas palavras: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus (Pai), e a comunhão do Espírito Santo esteja com todos vós” 2 Co.13:13. O que é que estamos fazendo ao recebermos esta benção? Destacamos apenas duas possibilidades:

Estamos confessando a nossa crença no único Deus vivo e verdadeiro que se manifestou em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Cada pessoa da Trindade tem as suas atribuições especificas. O Pai planejou e fez conhecidas as obras da criação, bem como a redenção de pecadores “Dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz” Cl 1:12. O Filho executou as obras planejadas pelo Pai. “Pois, nele (Jesus Cristo), foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, ... tudo foi criado por meio dele e para ele”Cl 1:16. Em Cristo “temos a redenção, a remissão dos pecados” Cl 1:14. O Espírito Santo aplica as obras de Cristo à vida do seu povo. “Tendo nele (Jesus Cristo) crido, foste selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança” Ef. 1:13-14.

Estamos revelando a nossa necessidade das bênçãos espirituais que emanam das atribuições especificas de cada pessoa da santíssima Trindade.

1. “A graça do Senhor Jesus Cristo” Desejamos experimentar as bênçãos salvíficas que Cristo adquiriu por nós quando Ele deu a sua vida em resgate por muitos, tais como a santificação, adoção de filhos, a redenção, a remissão dos pecados, e o dom do Espírito Santo. Cada uma destas bênçãos (e muitas outras), são conferidas, gratuitamente, a seu povo, Ef. 1:3-14. Cristo disse: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” Jo. 10:11.

2. “E o amor de Deus” Desejamos experimentar este amor em nossas vidas, porque “Deus é amor” 1 Jo. 4:8. “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito” para ser o salvador de seu povo. Experimentamos a realidade deste amor quando Deus o derrama em nosso coração pelo Espírito Santo, Rm 8:5.

3. “E a comunhão do Espírito Santo” Desejamos experimentar o ministério do Espírito Santo em nossa vida. Os propósitos do Pai, bem como a obra redentora de Jesus Cristo, se tornam conhecidos e experimentados mediante a intervenção do Espírito Santo em nossa vida, porque Ele é o penhor da nossa salvação. “Nisso conhecemos que permanecemos nele (em Deus), e ele, em nós : em que nos deu o seu Espírito” 1 Jo. 4:13.

4. “Sejam com todos vós” A razão desta impetração é que todo os ouvintes das Escrituras Sagradas possam experimentar todas as bênçãos espirituais do Deus único e verdadeiro, cujo nome é: Pai, Filho e Espírito Santo. Somos batizados em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo Mt. 28:19 “Subsiste para sempre o seu nome e prospere enquanto resplandecer o sol; nele (neste nome) sejam abençoados todos os homens, e as nações lhe chamam bem aventurado” Salmo 72:17      


Rev. Ivan G. G. Ross 
 29 de Maio de 2012